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27/10/2005 - 12h21

Acareação na CPI do Mensalão já revela contradições entre valores

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FELIPE RECONDO
da Folha Online, em Brasília

A acareação entre alguns dos principais envolvidos no escândalo do mensalão já produziu pelo menos duas contradições. A primeira trata do volume total de recursos repassados ao PL. O empresário Marcos Valério Fernandes de Souza afirma que repassou a quantia de R$ 10,837 milhões por meio de 19 parcelas ao partido, entre fevereiro de 2003 e agosto de 2004. O ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares disse que autorizou o repasse de R$ 12 milhões, sendo uma parte especificamente para dois deputados da legenda.

O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, por sua vez, afirma que somente recebeu R$ 6,5 milhões.

A.Marques/FI
Valério e Delúbio durante acareação
Valério e Delúbio durante acareação
A segunda contradição se refere à participação da empresa Guaranhuns como intermediária dos repasses. O presidente do PL afirma se surpreendeu ao receber os cheques da Guaranhuns, e diz ter recebido R$ 1,2 milhão. Segundo ele, o uso da Guaranhuns seguiu orientação de Marcos Valério. A versão é confirmada por Delúbio, que ressalta não ter participado da operação. Marcos Valério, por sua vez, contestou Costa Neto e disse que a utilização da Guaranhuns atendeu a pedido do ex-tesoureiro do PL, Jacinto Lamas, a que teriam sido repassados R$ 6,037 milhões.

A acareação entre os envolvidos no escândalo do "mensalão" é uma iniciativa da CPI do Mensalão, que também convocou Emerson Palmieri, tesoureiro informal do PTB, João Cláudio Genu, assessor da liderança do PP, Manoel Severino dos Santos, que arrecadou recursos para a campanha do PT no Rio, e Simone Vasconcelos, diretora financeira da SMPB.

Essa é a primeira acareação em que não há confronto, seguindo orientação do relator da CPI, o deputado Ibrahim Abi-Ackel (PP-MG). Isso significa que não haverá debate direto entre os participantes da acareação. As perguntas são feitas pelos membros da comissão e as respostas são dirigidas aos parlamentares.

A acareação vai ser feita em duas partes. Ainda se espera a participação do ex-presidente da Casa da Moeda, Manoel Severino dos Santos, de Palmieri, Lamas e Genu.

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