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27/10/2005 - 16h16

Veja quem são os deputados que irão responder a processo

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da Folha Online

Veja abaixo os 11 deputados que irão responder a processo por quebra de decoro no Conselho de Ética e, portanto, estão sob risco de cassação. Os 11 deputados --cinco do PT, quatro do PP, um do PFL e um do PL-- são acusados de envolvimento no esquema de financiamento de partidos aliados montado pela ex-direção do PT com o empresário Marcos Valério Fernandes de Souza.

A lista de deputados faz parte de um relatório parcial preparado em conjunto pelas CPIs dos Correios e do Mensalão, que apontava indícios de culpa em 18 parlamentares. Desse total, um já foi cassado (Roberto Jefferson), três já renunciaram (Carlos Rodrigues, Paulo Rocha e José Borba) e outros três já estão sob avaliação do Conselho de Ética (José Dirceu, Romeu Queiroz e Sandro Mabel).

O deputado Valdemar Costa Neto (PL-SP) também renunciou ao mandato, mas antes de ser citado em qualquer processo.

DEPUTADOS CITADOS PELAS CPIS
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João Magno
João Magno (PT-MG): Nos documentos do Banco do Brasil recebidos pela CPI, consta pagamento da SMPB no valor de R 50 mil para um de seus assessores. Nos documentos do Banco Rural, há quatro pagamentos da SMPB para pessoas próximas ao deputado, ele inclusive. Um assessor recebeu R 10 mil, um irmão do deputado obteve outros R 25,915 mil, e o próprio deputado recebeu outros dois pagamentos que totalizam R$ 41 mil. Magno admitiu que o dinheiro não contabilizado foi usado para pagar dívidas de sua campanha à Prefeitura de Ipatinga.
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João Paulo Cunha
João Paulo Cunha (PT-SP): Marcia Regina Cunha, mulher do ex-presidente da Câmara, sacou da agência do banco Rural em Brasília R 50 mil. Inicialmente, ele disse que a mulher havia ido à agência pagar uma conta de TV a cabo. Depois, ele mudou a versão e disse que o dinheiro foi usado para ajudar na campanha do PT em Osasco, no ano passado.
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José Janene
José Janene (PP-PR): Aparece como beneficiário de R 4,1 milhões que teriam sido sacados pelo assessor João Claudio Genu. Disse que o partido passava por problemas financeiros e que, com parte do dinheiro, o PP pagou um advogado que defenderia um integrante da bancada.
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José Mentor
José Mentor (PT-SP): Recebeu, por intermédio de seu escritório de advocacia, R 120 mil da 2S Participações, de Marcos Valério. Também em posse da CPI, há uma cópia de um cheque da 2S no valor de R 60 mil, também depositado na conta do escritório. É citado na agenda de Fernanda Karina Somaggio, ex-secretária de Valério. Segundo Fernanda, quando o deputado relatava a CPI do Banestado, Marcos Valério destruiu 25 pastas com documentos da SMPB depois de Mentor. O deputado, por sua vez, afirmou que seu escritório prestava serviços para um sócio da 2S.
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Josias Gomes
Josias Gomes (PT-BA): Foi pessoalmente ao Banco Rural de Brasília fazer dois saques de R 50 mil. Em sua defesa, alegou que usou o recurso para pagar dívidas de sua campanha de 2002.
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Pedro Corrêa
Pedro Corrêa (PP-PE): Embora não seja apontado como sacador, Corrêa foi responsabilizado por ser presidente da legenda. Ele admitiu que parte do dinheiro recebido por Janene pagaria advogados em 36 ações penais.
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Pedro Henry
Pedro Henry (PP-MT): Apontado pelo deputado Roberto Jefferson como um dos distribuidores do "mensalão". Também teria sido responsável por pressionar o PTB para participar do esquema. O deputado nega as acusações.
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Professor Luizinho
Professor Luizinho (PT-SP): Aparece como beneficiário de R 20 mil sacados da agência do Banco Rural em São Paulo por um assessor. Em sua defesa, ele alegou que o dinheiro foi usado para o caixa dois de campanhas de vereadores de São Paulo.
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Roberto Brant
Roberto Brant (PFL-MG): Na lista de saques da SMPB enviada à CPI, existe um de R 102 mil feito por Nestor Francisco de Oliveira, coordenador político da campanha de Brant à Prefeitura de Belo Horizonte em 2004. O assessor confirmou o saque como doação de campanha não contabilizada como uma doação da Usiminas.
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Vadão Gomes
Vadão Gomes (PP-SP): Foi citado pelo empresário Marcos Valério como beneficiário de dois repasses feitos em 2004 no total de R 3,7 milhões. Em sua defesa, o deputado afirmou que autorizou a quebra de seu sigilo bancário e apresentou extratos da conta de um frigorífico de sua propriedade, onde supostamente Valério teria depositado recursos. O deputado também negou que tenha feito negócios com o empresário. Disse ainda que nem ele nem seus assessores sacaram dinheiro no Banco Rural.
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Wanderval Santos
Wanderval Santos (PL-SP): Dados do Banco Rural apontam um assessor do deputado como beneficiário de um saque de R 150 mil. O deputado argumenta que mandou o motorista no Banco Rural a pedido do então deputado Carlos Rodrigues.


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