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29/10/2005
-
22h24
da Folha Online
O presidente nacional do PT, Ricardo Berzoini, criticou neste sábado, em São Paulo, a reportagem da revista "Veja" desta semana, que acusa o partido de receber US$ 3 milhões vindos de Cuba para a campanha eleitoral do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2002.
"A 'Veja' já disse que o PT recebeu dinheiro das Farc [Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia] e até agora não provou nada. A revista virou panfleto de segunda linha do PSDB e do PFL", disse Berzoini na abertura dos Encontros Setoriais Nacionais, no plenário da Câmara Municipal de São Paulo.
O presidente nacional do PT também desqualificou a linha editorial da revista e disse que a "publicação não tem autoridade para fazer esse tipo de denúncia enquanto não provar as acusações que tem feito contra o partido".
Berzoini também falou aos jornalistas sobre a proposta do PSDB e do PFL de criar a CPI do Caixa 2. Para ele, trata-se de uma manobra política para confundir a opinião pública. "Não somos contra investigações, mas não podemos deixar que as CPIs se transformem em manobras para paralisar o país".
"Veja"
Na edição desta semana, a revista "Veja" afirma que a campanha do presidente Lula recebeu US$ 3 milhões vindos de Cuba, entre agosto e setembro de 2002. Ao chegar em Brasília, o dinheiro ficou sob os cuidados de Sérgio Cervantes, representante da Embaixada de Cuba no Brasil.
De Brasília, o dinheiro seria levado para Campinas por Vladimir Poleto, ex-assessor do ministro da Fazenda, Antonio Palocci, na prefeitura de Ribeirão Preto, acondicionado em três caixas de bebida.
Em Campinas, o dinheiro seria apanhado no Aeroporto de Viracopos por Ralf Barquete (que morreu de câncer em 2004), também ex-assessor de Palocci em Ribeirão. De lá, Barquete levaria o dinheiro para o comitê de Lula na Vila Mariana, em São Paulo, para o então tesoureiro Delúbio Soares.
A reportagem conta com o depoimento do advogado Rogério Buratti, ex-assessor do ministro da Fazenda, que confirma a versão.
Ele disse que foi consultado por Barquete, a pedido de Palocci, sobre como fazer para trazer US$ 3 milhões de Cuba.
Buratti, então, teria sugerido trazer o dinheiro através de doleiros. O advogado, segundo a revista, não teve mais contato com o assunto, mas ficou sabendo que o dinheiro veio.
Poleto teria confessado à revista que ele mesmo transportou o dinheiro de Brasília para Campinas, mas que, na ocasião, não sabia que levava dinheiro.
Segundo a reportagem, ele achava que era bebida e só ficou sabendo depois, por Barquete, que levava dinheiro.
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"A 'Veja' já disse que o PT recebeu dinheiro das Farc [Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia] e até agora não provou nada. A revista virou panfleto de segunda linha do PSDB e do PFL", disse Berzoini na abertura dos Encontros Setoriais Nacionais, no plenário da Câmara Municipal de São Paulo.
O presidente nacional do PT também desqualificou a linha editorial da revista e disse que a "publicação não tem autoridade para fazer esse tipo de denúncia enquanto não provar as acusações que tem feito contra o partido".
Berzoini também falou aos jornalistas sobre a proposta do PSDB e do PFL de criar a CPI do Caixa 2. Para ele, trata-se de uma manobra política para confundir a opinião pública. "Não somos contra investigações, mas não podemos deixar que as CPIs se transformem em manobras para paralisar o país".
"Veja"
Na edição desta semana, a revista "Veja" afirma que a campanha do presidente Lula recebeu US$ 3 milhões vindos de Cuba, entre agosto e setembro de 2002. Ao chegar em Brasília, o dinheiro ficou sob os cuidados de Sérgio Cervantes, representante da Embaixada de Cuba no Brasil.
De Brasília, o dinheiro seria levado para Campinas por Vladimir Poleto, ex-assessor do ministro da Fazenda, Antonio Palocci, na prefeitura de Ribeirão Preto, acondicionado em três caixas de bebida.
Em Campinas, o dinheiro seria apanhado no Aeroporto de Viracopos por Ralf Barquete (que morreu de câncer em 2004), também ex-assessor de Palocci em Ribeirão. De lá, Barquete levaria o dinheiro para o comitê de Lula na Vila Mariana, em São Paulo, para o então tesoureiro Delúbio Soares.
A reportagem conta com o depoimento do advogado Rogério Buratti, ex-assessor do ministro da Fazenda, que confirma a versão.
Ele disse que foi consultado por Barquete, a pedido de Palocci, sobre como fazer para trazer US$ 3 milhões de Cuba.
Buratti, então, teria sugerido trazer o dinheiro através de doleiros. O advogado, segundo a revista, não teve mais contato com o assunto, mas ficou sabendo que o dinheiro veio.
Poleto teria confessado à revista que ele mesmo transportou o dinheiro de Brasília para Campinas, mas que, na ocasião, não sabia que levava dinheiro.
Segundo a reportagem, ele achava que era bebida e só ficou sabendo depois, por Barquete, que levava dinheiro.
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