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30/10/2005
-
04h29
da Folha Online
O governo cubano negou neste sábado ter enviado US$ 3 milhões para a campanha presidencial de Luiz Inácio Lula da Silva, segundo denúncia da revista "Veja" publicada nesta semana.
Em nota divulgada em Havana, o governo cubano chama a reportagem de caluniosa e afirma que jamais interferiu em assuntos internosdo Brasil. "O governo cubano responsabiliza essa manobra de propaganda aos agressivos planos do imperialismo contra Cuba e Lula."
Segundo a nota, as acusações "foram feitas próximas à chegada do presidente norte-americano George W. Bush ao Brasil. O objetivo é desviar a atenção dos problemas cada vez maiores pelos quais ele está passando, acossado por investigações de corrupção a importantes líderes de seu próprio partido e em seu círculo mais estreito de colaboradores".
A denúncia também foi negada pelo embaixador de Cuba no Brasil, Pedro Núñez Mosquera. Para ele, "os que orquestram essa campanha de mentiras contra Cuba e o governo brasileiro buscam afetar as relações bilaterais entre os dois países, caracterizadas pelo diálogo fraternal, o respeito mútuo, e a não interferência em assuntos internos de nossas nações".
"Veja"
Na edição desta semana, a revista "Veja" afirma que a campanha do presidente Lula recebeu US$ 3 milhões vindos de Cuba, entre agosto e setembro de 2002. Ao chegar em Brasília, o dinheiro ficou sob os cuidados de Sérgio Cervantes, representante da Embaixada de Cuba no Brasil.
De Brasília, o dinheiro seria levado para Campinas por Vladimir Poleto, ex-assessor do ministro da Fazenda, Antonio Palocci, na prefeitura de Ribeirão Preto, acondicionado em três caixas de bebida.
Em Campinas, o dinheiro seria apanhado no Aeroporto de Viracopos por Ralf Barquete (que morreu de câncer em 2004), também ex-assessor de Palocci em Ribeirão. De lá, Barquete levaria o dinheiro para o comitê de Lula na Vila Mariana, em São Paulo, para o então tesoureiro Delúbio Soares.
A reportagem conta com o depoimento do advogado Rogério Buratti, ex-assessor do ministro da Fazenda, que confirma a versão.
Ele disse que foi consultado por Barquete, a pedido de Palocci, sobre como fazer para trazer US$ 3 milhões de Cuba.
Buratti, então, teria sugerido trazer o dinheiro através de doleiros. O advogado, segundo a revista, não teve mais contato com o assunto, mas ficou sabendo que o dinheiro veio.
Poleto teria confessado à revista que ele mesmo transportou o dinheiro de Brasília para Campinas, mas que, na ocasião, não sabia que levava dinheiro.
Segundo a reportagem, ele achava que era bebida e só ficou sabendo depois, por Barquete, que levava dinheiro.
Com agências internacionais
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O governo cubano negou neste sábado ter enviado US$ 3 milhões para a campanha presidencial de Luiz Inácio Lula da Silva, segundo denúncia da revista "Veja" publicada nesta semana.
Em nota divulgada em Havana, o governo cubano chama a reportagem de caluniosa e afirma que jamais interferiu em assuntos internosdo Brasil. "O governo cubano responsabiliza essa manobra de propaganda aos agressivos planos do imperialismo contra Cuba e Lula."
Segundo a nota, as acusações "foram feitas próximas à chegada do presidente norte-americano George W. Bush ao Brasil. O objetivo é desviar a atenção dos problemas cada vez maiores pelos quais ele está passando, acossado por investigações de corrupção a importantes líderes de seu próprio partido e em seu círculo mais estreito de colaboradores".
A denúncia também foi negada pelo embaixador de Cuba no Brasil, Pedro Núñez Mosquera. Para ele, "os que orquestram essa campanha de mentiras contra Cuba e o governo brasileiro buscam afetar as relações bilaterais entre os dois países, caracterizadas pelo diálogo fraternal, o respeito mútuo, e a não interferência em assuntos internos de nossas nações".
"Veja"
Na edição desta semana, a revista "Veja" afirma que a campanha do presidente Lula recebeu US$ 3 milhões vindos de Cuba, entre agosto e setembro de 2002. Ao chegar em Brasília, o dinheiro ficou sob os cuidados de Sérgio Cervantes, representante da Embaixada de Cuba no Brasil.
De Brasília, o dinheiro seria levado para Campinas por Vladimir Poleto, ex-assessor do ministro da Fazenda, Antonio Palocci, na prefeitura de Ribeirão Preto, acondicionado em três caixas de bebida.
Em Campinas, o dinheiro seria apanhado no Aeroporto de Viracopos por Ralf Barquete (que morreu de câncer em 2004), também ex-assessor de Palocci em Ribeirão. De lá, Barquete levaria o dinheiro para o comitê de Lula na Vila Mariana, em São Paulo, para o então tesoureiro Delúbio Soares.
A reportagem conta com o depoimento do advogado Rogério Buratti, ex-assessor do ministro da Fazenda, que confirma a versão.
Ele disse que foi consultado por Barquete, a pedido de Palocci, sobre como fazer para trazer US$ 3 milhões de Cuba.
Buratti, então, teria sugerido trazer o dinheiro através de doleiros. O advogado, segundo a revista, não teve mais contato com o assunto, mas ficou sabendo que o dinheiro veio.
Poleto teria confessado à revista que ele mesmo transportou o dinheiro de Brasília para Campinas, mas que, na ocasião, não sabia que levava dinheiro.
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Com agências internacionais
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