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02/11/2005
-
09h21
FÁBIO AMATO
da Agência Folha, em Campos do Jordão
O ex-prefeito de São Paulo Paulo Maluf (PP) disse ontem, em Campos do Jordão (167 km de São Paulo), ser vítima de perseguição política. Maluf comparou a suposta perseguição que o atinge à sofrida por figuras históricas da política nacional, como os ex-presidentes Juscelino Kubitschek (1956-1960) e Getúlio Vargas (1930-1945 e 1951-1954) e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Maluf disse ainda que se sente "ferido" pela prisão de seu filho, o empresário Flávio Maluf, que para ele foi uma "injustiça". O ex-prefeito disse, entretanto, que o seu caso é o único em que o filho foi preso em razão da perseguição política sofrida pelo pai.
"Eu digo que o que cometeram com o meu filho Flávio foi a injustiça mais flagrante na história política do Brasil. Perseguiram muitos políticos: [o ex-presidente] Washington Luís foi desterrado; Getúlio, se não se suicidasse, teria sido preso. Juscelino foi preso, [o ex-presidente] Jânio Quadros foi preso, Adhemar [de Barros, ex-governador de São Paulo] foi preso, e o Lula também foi preso. Agora, nunca vi prender filho de político", afirmou o ex-prefeito.
A declaração foi dada por Maluf durante um passeio de cerca de 40 minutos que ele realizou no início da tarde de ontem na região da praça do Capivari, principal ponto turístico de Campos do Jordão.
O ex-prefeito estava acompanhado de dois seguranças e do amigo José Papa Júnior, ex-presidente do PFL paulista.
A aparência do ex-prefeito era melhor do que a de quando ele deixou, na companhia do filho, a superintendência da Polícia Federal, em São Paulo, no dia 20.
Acusados de crimes contra o sistema financeiro, lavagem de dinheiro, corrupção passiva e formação de quadrilha, Paulo e Flávio Maluf ficaram presos durante 40 dias e foram libertados depois que o STF (Supremo Tribunal Federal) concedeu habeas corpus.
Pastel e cerveja
Ontem, Maluf estava com a barba feita e os cabelos aparentemente tingidos. Ele mostrou bom humor diante de turistas e conhecidos que o abordaram durante o passeio. Cumprimentou dezenas de pessoas e posou para fotos.
Na lanchonete Pastelão Bertioga, comeu um pastel de carne com ovo e tomou uma cerveja, de acordo com funcionários. Não houve nenhum tipo de manifestação ou hostilidade contra ele.
Quando um dos turistas, que tirou uma foto dele com o celular, lhe perguntou se ele já havia se recuperado do período de prisão, respondeu apenas "estamos indo, estamos indo", demonstrando certo constrangimento.
Em seguida, Maluf cumprimentou um grupo de taxistas. Por último, deu R$ 10 de gorjeta a um flanelinha e saiu dirigindo um Corvette (esportivo importado) preto. Atrás, os seguranças o seguiam em um Santana azul.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre Paulo Maluf
Maluf passeia, bebe cerveja e diz estar ferido
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da Agência Folha, em Campos do Jordão
O ex-prefeito de São Paulo Paulo Maluf (PP) disse ontem, em Campos do Jordão (167 km de São Paulo), ser vítima de perseguição política. Maluf comparou a suposta perseguição que o atinge à sofrida por figuras históricas da política nacional, como os ex-presidentes Juscelino Kubitschek (1956-1960) e Getúlio Vargas (1930-1945 e 1951-1954) e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Maluf disse ainda que se sente "ferido" pela prisão de seu filho, o empresário Flávio Maluf, que para ele foi uma "injustiça". O ex-prefeito disse, entretanto, que o seu caso é o único em que o filho foi preso em razão da perseguição política sofrida pelo pai.
"Eu digo que o que cometeram com o meu filho Flávio foi a injustiça mais flagrante na história política do Brasil. Perseguiram muitos políticos: [o ex-presidente] Washington Luís foi desterrado; Getúlio, se não se suicidasse, teria sido preso. Juscelino foi preso, [o ex-presidente] Jânio Quadros foi preso, Adhemar [de Barros, ex-governador de São Paulo] foi preso, e o Lula também foi preso. Agora, nunca vi prender filho de político", afirmou o ex-prefeito.
A declaração foi dada por Maluf durante um passeio de cerca de 40 minutos que ele realizou no início da tarde de ontem na região da praça do Capivari, principal ponto turístico de Campos do Jordão.
O ex-prefeito estava acompanhado de dois seguranças e do amigo José Papa Júnior, ex-presidente do PFL paulista.
A aparência do ex-prefeito era melhor do que a de quando ele deixou, na companhia do filho, a superintendência da Polícia Federal, em São Paulo, no dia 20.
Acusados de crimes contra o sistema financeiro, lavagem de dinheiro, corrupção passiva e formação de quadrilha, Paulo e Flávio Maluf ficaram presos durante 40 dias e foram libertados depois que o STF (Supremo Tribunal Federal) concedeu habeas corpus.
Pastel e cerveja
Ontem, Maluf estava com a barba feita e os cabelos aparentemente tingidos. Ele mostrou bom humor diante de turistas e conhecidos que o abordaram durante o passeio. Cumprimentou dezenas de pessoas e posou para fotos.
Na lanchonete Pastelão Bertioga, comeu um pastel de carne com ovo e tomou uma cerveja, de acordo com funcionários. Não houve nenhum tipo de manifestação ou hostilidade contra ele.
Quando um dos turistas, que tirou uma foto dele com o celular, lhe perguntou se ele já havia se recuperado do período de prisão, respondeu apenas "estamos indo, estamos indo", demonstrando certo constrangimento.
Em seguida, Maluf cumprimentou um grupo de taxistas. Por último, deu R$ 10 de gorjeta a um flanelinha e saiu dirigindo um Corvette (esportivo importado) preto. Atrás, os seguranças o seguiam em um Santana azul.
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