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02/11/2005 - 20h57

Romeu Queiroz passa em teste médico e aguarda processo na Câmara

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PAULO PEIXOTO
da Agência Folha, em Belo Horizonte

O deputado Romeu Queiroz (PTB-MG), 56, que todo ano se submete a um check-up médico, foi "aprovado" hoje nos testes que realizou em Belo Horizonte. "São exames de rotina, estou muito bem", disse ele, que se diz também "muito tranqüilo" para enfrentar amanhã a votação no Conselho de Ética da Câmara, cujo relatório pede a sua cassação.

O deputado mineiro é acusado de ter recebido R$ 453 mil do esquema de Marcos Valério de Souza, via SMPB, uma das agências em que o empresário era sócio.

O relatório do caso de Queiroz, feito pelo deputado Josias Quintal (PSB-RJ), foi o terceiro apresentado com voto a favor de perda de mandato desde o início da crise do "mensalão". O primeiro foi o do deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ), cassado pelo plenário da Câmara em 14 de setembro. O segundo é o ex-ministro da Casa Civil do governo Lula, o deputado José Dirceu (PT-SP).

Ao contrário do destino de Jefferson, Queiroz espera ter o mesmo destino de Sandro Mabel (PL-GO), absolvido ontem por falta de provas. A diferença é que o relator do caso Mabel pediu a absolvição no relatório.

"Estou muito tranqüilo, não me apropriei do dinheiro", disse Queiroz no início da tarde de hoje, já em casa. "Já fiz o meu depoimento e agora é aguardar. O dinheiro doado pelo PT foi todo ele passado para o PTB. O Emerson Palmieri [tesoureiro informal do PTB] já declarou isso".

Do total recebido por Queiroz, R$ 350 mil seriam um repasse do PT para o PTB. O restante, R$ 103 mil, também saiu da conta da SMPB, mas a fonte dessa vez seria uma doação da siderúrgica Usiminas que não foi declarada à Justiça Eleitoral.

Segundo o deputado, a doação da Usiminas teria sido distribuída para campanhas eleitorais de vereadores em Minas Gerais. Desde que vieram à tona as alegadas doações da Usiminas com a quebra do sigilo bancário de Valério e suas empresas, a siderúrgica se calou. Não comenta o assunto.

O deputado Roberto Brant (PFL-MG) também alega ter recebido recursos da Usiminas via SMPB. Por isso, ele também enfrenta um processo na Câmara. É o único da oposição citado entre os 19 envolvidos desde o início das apurações do "mensalão".

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