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06/11/2005
-
17h42
da Folha Online
Após uma rápida visita ao Brasil --onde ficou menos de 24 horas-- o presidente americano, George W. Bush embarcou no Aeroporto Internacional de Brasília na tarde deste domingo, com destino ao Panamá.
Antes de deixar o país, Bush se reuniu com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva na Granja do Torto (Brasília) durante duas horas e meia. Ao final do encontro, ambos trocaram elogios e defenderam avanços nas negociações da OMC (Organização Mundial do Comércio).
Na chegada ao local, o líder norte-americano enfrentou protestos, e os carros de sua comitiva entraram pela porta dos fundos.
A afinidade entre Lula e Bush, definida como uma "relação franca" pelo presidente norte-americano, fez com que a reunião ampliada, com a participação de ministros e autoridades dos dois governos, fosse cancelada.
No encontro, os dois presidentes acertaram trabalhar em cooperação em novos campos estratégicos. "Vamos iniciar uma cooperação de alto nível em ciência e tecnologia, em áreas como biodiversidade e agricultura", informou Lula. Na saúde, as parcerias seriam nas produções de remédios contra malária, tuberculose, Aids e ameaças como a pandemia da gripe aviária.
Discurso
Após a reunião, Bush fez um discurso para ministros, empresários e jornalistas no hotel Blue Tree Park, o de ficou hospedado, em Brasília.
Na palestra, Bush elogiou o Brasil, dizendo que o país é "a maior democracia da América Latina e exerce sua liderança em todo o mundo".
"Dentro do próprio país, o Brasil também é um exemplo para o continente, já que mostra que a justiça social leva à integração da comunidade e à fé de que a liberdade deve nos guiar", acrescentou o líder americano.
Bush disse ainda que os EUA são um "parceiro" do Brasil, e que querem "trazer esperança para todos os cidadãos brasileiros". "As escolhas que fizermos agora definirão a América que deixaremos para nosso filhos e netos. Para isso, os EUA são um parceiro, pois queremos que o Brasil seja um país onde os cidadãos sejam respeitados", afirmou.
Alca
Durante o discurso, Bush ainda defendeu a democracia e a Alca (Acordo de Livre Comércio das Américas). "Queremos aliviar a dívida dos países mais pobres, já que nosso objetivo é promover oportunidades para todos as pessoas nas Américas, quer seja nos EUA ou no Brasil. Isso só pode acontecer com um amplo acordo comercial", afirmou.
"Os EUA concordam com as críticas do presidente Lula aos subsídios agrícolas que os países em desenvolvimento pagam, que solapam o comércio livre e justo. Por isso, fizemos uma proposta ousada para a Rodada Doha [da Organização Mundial do Comércio], para que os subsídios diminuam e, a longo prazo, acabem."
O presidente americano falou também de segurança e combate à criminalidade. "A segurança pessoal e pública para todos os cidadãos devem ser garantidas. Por isso, criminosos e 'barões da droga' não podem ser mais poderosos que o próprio governo, pois, desse modo, não pode haver democracia nem liberdade", disse Bush.
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Após rápida visita, Bush embarca em Brasília com destino ao Panamá
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Após uma rápida visita ao Brasil --onde ficou menos de 24 horas-- o presidente americano, George W. Bush embarcou no Aeroporto Internacional de Brasília na tarde deste domingo, com destino ao Panamá.
Antes de deixar o país, Bush se reuniu com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva na Granja do Torto (Brasília) durante duas horas e meia. Ao final do encontro, ambos trocaram elogios e defenderam avanços nas negociações da OMC (Organização Mundial do Comércio).
AP |
O presidente dos EUA, George W. Bush, deixa o Brasil |
A afinidade entre Lula e Bush, definida como uma "relação franca" pelo presidente norte-americano, fez com que a reunião ampliada, com a participação de ministros e autoridades dos dois governos, fosse cancelada.
No encontro, os dois presidentes acertaram trabalhar em cooperação em novos campos estratégicos. "Vamos iniciar uma cooperação de alto nível em ciência e tecnologia, em áreas como biodiversidade e agricultura", informou Lula. Na saúde, as parcerias seriam nas produções de remédios contra malária, tuberculose, Aids e ameaças como a pandemia da gripe aviária.
Discurso
Após a reunião, Bush fez um discurso para ministros, empresários e jornalistas no hotel Blue Tree Park, o de ficou hospedado, em Brasília.
Na palestra, Bush elogiou o Brasil, dizendo que o país é "a maior democracia da América Latina e exerce sua liderança em todo o mundo".
"Dentro do próprio país, o Brasil também é um exemplo para o continente, já que mostra que a justiça social leva à integração da comunidade e à fé de que a liberdade deve nos guiar", acrescentou o líder americano.
Bush disse ainda que os EUA são um "parceiro" do Brasil, e que querem "trazer esperança para todos os cidadãos brasileiros". "As escolhas que fizermos agora definirão a América que deixaremos para nosso filhos e netos. Para isso, os EUA são um parceiro, pois queremos que o Brasil seja um país onde os cidadãos sejam respeitados", afirmou.
Alca
Durante o discurso, Bush ainda defendeu a democracia e a Alca (Acordo de Livre Comércio das Américas). "Queremos aliviar a dívida dos países mais pobres, já que nosso objetivo é promover oportunidades para todos as pessoas nas Américas, quer seja nos EUA ou no Brasil. Isso só pode acontecer com um amplo acordo comercial", afirmou.
"Os EUA concordam com as críticas do presidente Lula aos subsídios agrícolas que os países em desenvolvimento pagam, que solapam o comércio livre e justo. Por isso, fizemos uma proposta ousada para a Rodada Doha [da Organização Mundial do Comércio], para que os subsídios diminuam e, a longo prazo, acabem."
O presidente americano falou também de segurança e combate à criminalidade. "A segurança pessoal e pública para todos os cidadãos devem ser garantidas. Por isso, criminosos e 'barões da droga' não podem ser mais poderosos que o próprio governo, pois, desse modo, não pode haver democracia nem liberdade", disse Bush.
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