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06/11/2005
-
18h01
PATRÍCIA ZIMMERMANN
da Folha Online, em Brasília
A descoberta de mais de 20 focos de febre aftosa no Brasil não impediu que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva oferecesse à comitiva do presidente norte-americano George W. Bush um churrasco na Granja do Torto.
Foram servidos cortes nobres como alcatra, picanha, costela desossada e cordeiro desossado recheado.
A carne, segundo informou o ministro do Desenvolvimento, Luiz Fernando Furlan, veio de uma região do Mato Grosso do Sul não afetada pela doença, e foi preparada por um grupo trazido de Campo Grande, capital do Estado que enfrenta séria crise no setor pecuário devido aos focos de aftosa.
Apesar de toda a inspeção e segurança envolvidas na visita de menos de 24 horas que o presidente norte-americano fez ao Brasil, Lula fez questão de explicar a Bush que os focos identificados de aftosa estão restritos a uma região específica do Mato Grosso do Sul.
Explicação e mapa
De acordo com o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, a explicação de Lula a Bush foi feita diante de um grande mapa do Brasil localizado na sala em que os dois presidentes se encontraram reservadamente.
A pedido de Bush, Lula também apontou no mapa a localização do Estado em que nasceu (Pernambuco), e também São Paulo, onde trabalhou e fez sua carreira política antes de chegar à presidência da República.
Bush também quis saber onde ficava a Amazônia, "pulmão do mundo", segundo comentou um dos assessores presentes, e o presidente brasileiro aproveitou para falar também do Pantanal e da sua biodiversidade.
Após o encontro de trabalho com Lula, o presidente dos EUA disse em pronunciamento de aproximadamente oito minutos que lamentava não poder viajar pelo Brasil e conhecer o resto das belezas do país, mas que aceitaria o convite de Lula para pescar depois que ambos deixassem a Presidência de seus países. Segundo Bush, hoje muita gente iria atrás dos dois.
O presidente norte-americano também demonstrou no discurso expectativa com o churrasco, alegando que o almoço o faria lembrar do Estado que considera sua casa, o Texas.
Irritação
O clima foi de descontração no encontro que os dois presidentes tiveram com a imprensa no início da tarde deste domingo. Eles foram acompanhados das primeiras damas Laura Bush e Marisa Letícia Lula da Silva até o local do pronunciamento.
Mas uma falha da equipe de cerimonial da Presidência deixou Lula irritado.
Depois de caminhar sob o sol da sede da Granja do Torto até um campo de futebol --onde foi montada uma tenda para a declaração dos presidentes à imprensa--, Lula reclamou da falta de água no local para ele e para Bush.
"Não é possível", irritou-se, enquanto esperava que repórteres, fotógrafos e cinegrafistas se acomodassem antes do início do discurso.
Minutos depois, um copo de água foi levado ao presidente Lula, enquanto ele já falava aos jornalistas. Ele então interrompeu seu pronunciamento para dizer que "Bush também precisava de água".
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Na Granja do Torto, Bush come churrasco e estuda mapa do Brasil
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da Folha Online, em Brasília
A descoberta de mais de 20 focos de febre aftosa no Brasil não impediu que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva oferecesse à comitiva do presidente norte-americano George W. Bush um churrasco na Granja do Torto.
Foram servidos cortes nobres como alcatra, picanha, costela desossada e cordeiro desossado recheado.
A carne, segundo informou o ministro do Desenvolvimento, Luiz Fernando Furlan, veio de uma região do Mato Grosso do Sul não afetada pela doença, e foi preparada por um grupo trazido de Campo Grande, capital do Estado que enfrenta séria crise no setor pecuário devido aos focos de aftosa.
Apesar de toda a inspeção e segurança envolvidas na visita de menos de 24 horas que o presidente norte-americano fez ao Brasil, Lula fez questão de explicar a Bush que os focos identificados de aftosa estão restritos a uma região específica do Mato Grosso do Sul.
Explicação e mapa
De acordo com o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, a explicação de Lula a Bush foi feita diante de um grande mapa do Brasil localizado na sala em que os dois presidentes se encontraram reservadamente.
A pedido de Bush, Lula também apontou no mapa a localização do Estado em que nasceu (Pernambuco), e também São Paulo, onde trabalhou e fez sua carreira política antes de chegar à presidência da República.
Bush também quis saber onde ficava a Amazônia, "pulmão do mundo", segundo comentou um dos assessores presentes, e o presidente brasileiro aproveitou para falar também do Pantanal e da sua biodiversidade.
Após o encontro de trabalho com Lula, o presidente dos EUA disse em pronunciamento de aproximadamente oito minutos que lamentava não poder viajar pelo Brasil e conhecer o resto das belezas do país, mas que aceitaria o convite de Lula para pescar depois que ambos deixassem a Presidência de seus países. Segundo Bush, hoje muita gente iria atrás dos dois.
O presidente norte-americano também demonstrou no discurso expectativa com o churrasco, alegando que o almoço o faria lembrar do Estado que considera sua casa, o Texas.
Irritação
O clima foi de descontração no encontro que os dois presidentes tiveram com a imprensa no início da tarde deste domingo. Eles foram acompanhados das primeiras damas Laura Bush e Marisa Letícia Lula da Silva até o local do pronunciamento.
Mas uma falha da equipe de cerimonial da Presidência deixou Lula irritado.
Depois de caminhar sob o sol da sede da Granja do Torto até um campo de futebol --onde foi montada uma tenda para a declaração dos presidentes à imprensa--, Lula reclamou da falta de água no local para ele e para Bush.
"Não é possível", irritou-se, enquanto esperava que repórteres, fotógrafos e cinegrafistas se acomodassem antes do início do discurso.
Minutos depois, um copo de água foi levado ao presidente Lula, enquanto ele já falava aos jornalistas. Ele então interrompeu seu pronunciamento para dizer que "Bush também precisava de água".
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