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09/11/2005 - 12h21

Anderson Adauto afirma que usou caixa 2 em todas as campanhas que disputou

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FELIPE RECONDO
da Folha Online, em Brasília

O ex-ministro dos Transportes Anderson Adauto (PL), hoje prefeito de Uberaba (MG), admitiu nesta quarta-feira ter feito caixa 2 em todas as campanhas que disputou, inclusive em outras duas campanhas da qual participou como coordenador.

Adauto assumiu a pasta dos Transportes no início do governo Lula e permanceu até março de 2004.

Antes de entrar para seu depoimento à CPI do Mensalão, ele confirmou ter recebido R$ 410 mil do "valerioduto" por intermédio do ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares.

Ele disse que o dinheiro foi usado para pagar dívidas de campanha de 2002 não registradas no TSE (Tribunal Superior Eleitoral). "Em todas eleições você fica com dívida para trás. Isso é natural. Eu fechei a campanha de 2002 como fechei as outras oito campanhas que disputei", afirmou. "Não quero me eximir da responsabilidade, mas é cinismo quem disser que não é assim [a prática de caixa 2 em campanha]. É claro que isso é irresponsabilidade, mas eu estou pagando por isso."

Ele afirmou que, ao término da campanha de 2002, ocasião em que se candidatou a deputado federal, procurou Delúbio e pediu ajuda para saldar as dívidas. O ex-tesoureiro teria dito que precisava auxiliar financeiramente outas pessoas e pediu um prazo para que os recursos fossem repassados. Segundo Adauto, os recursos não foram repassados de uma vez.

Segundo Marcos Valério, o ex-ministro foi beneficiário de pelo menos R$ 1 milhão. Como Adauto somente confirma R$ 410 mil, o ex-ministro afirmou que essas divergências serão resolvidas na Justiça.

Em julho, Adauto já havia confirmado que Delúbio o ajudou a pagar uma dívida de campanha com dinheiro sacado no Banco Rural.

Na ocasião, o ex-ministro afirmou que a "ajuda" de Delúbio Soares foi feita à época em que ocupava o Ministério dos Transportes. "Foi em 2003", disse.O saque foi feito por José Luiz Alves, secretário de governo da Prefeitura de Uberaba.

"Não vejo nenhuma irregularidade em ser ajudado para pagar dívidas de campanha", afirmou Adauto à época.

À CPI do Mensalão, Alves declarou que foi o próprio Adauto que o mandou ir ao Banco Rural receber dinheiro das contas de Marcos Valério. Alves disse à comissão que esteve na agência do Banco Rural, em Brasília, cinco vezes.

Com Folha de S.Paulo

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