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10/11/2005
-
16h00
ROSE ANE SILVEIRA
da Folha Online, em Brasília
O advogado Rogério Buratti confirmou nesta quinta-feira, em depoimento à CPI dos Bingos, que foi consultado por Ralf Barquete, ex-assessor do ministro da Fazenda, Antonio Palocci, na Prefeitura de Ribeirão Preto, sobre como trazer US$ 3 milhões de Cuba.
Buratti confirmou ainda seu depoimento à revista "Veja" e, pressionado por petistas, manteve a versão de que a consulta foi feita em nome de Palocci. "Textualmente, eu fui consultado por Barquete dizendo ser a pedido do ministro."
Segundo a revista, o dinheiro foi utilizado na campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, entre agosto e setembro de 2002. Ao chegar em Brasília, o dinheiro teria ficado sob os cuidados de Sérgio Cervantes, representante da Embaixada de Cuba no Brasil.
A reportagem diz também que, de Brasília, o dinheiro foi levado para Campinas por Vladimir Poleto, também ex-assessor do ministro da Fazenda, acondicionado em três caixas de bebida. Em Campinas, o dinheiro seria apanhado no Aeroporto de Viracopos por Barquete (que morreu de câncer em 2004).
De lá, segundo a revista, foi levado para o comitê de Lula na Vila Mariana, em São Paulo, para o então tesoureiro Delúbio Soares.
Segundo o advogado, na época da consulta, ele informou a Barquete que existiam duas formas de trazer o dinheiro para o Brasil. "A primeira, via legal, pelo Banco Central. A segunda, paralela, via doleiros."
Buratti afirmou ainda que sua participação no episódio se encerrou na consulta. "Depois eu soube pelo Barquete que a questão tinha sido resolvida." Apesar de afirmar que a consulta foi feita em nome de Palocci, Buratti disse que "não tem convicção da participação do ministro na operacionalização".
O advogado confirmou sua amizade com Poleto e disse ter ficado sabendo da viagem com as caixas de bebida, mas que só soube dos detalhes e do valor transportado pela revista "Veja".
Buratti não soube informar se o dinheiro foi mesmo utilizado na campanha do presidente Lula.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre a CPI dos Bingos
Leia a cobertura completa sobre a crise em Brasília
Buratti diz que ex-assessor de Palocci pediu conselho sobre dinheiro de Cuba
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da Folha Online, em Brasília
O advogado Rogério Buratti confirmou nesta quinta-feira, em depoimento à CPI dos Bingos, que foi consultado por Ralf Barquete, ex-assessor do ministro da Fazenda, Antonio Palocci, na Prefeitura de Ribeirão Preto, sobre como trazer US$ 3 milhões de Cuba.
Buratti confirmou ainda seu depoimento à revista "Veja" e, pressionado por petistas, manteve a versão de que a consulta foi feita em nome de Palocci. "Textualmente, eu fui consultado por Barquete dizendo ser a pedido do ministro."
Segundo a revista, o dinheiro foi utilizado na campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, entre agosto e setembro de 2002. Ao chegar em Brasília, o dinheiro teria ficado sob os cuidados de Sérgio Cervantes, representante da Embaixada de Cuba no Brasil.
A reportagem diz também que, de Brasília, o dinheiro foi levado para Campinas por Vladimir Poleto, também ex-assessor do ministro da Fazenda, acondicionado em três caixas de bebida. Em Campinas, o dinheiro seria apanhado no Aeroporto de Viracopos por Barquete (que morreu de câncer em 2004).
De lá, segundo a revista, foi levado para o comitê de Lula na Vila Mariana, em São Paulo, para o então tesoureiro Delúbio Soares.
Segundo o advogado, na época da consulta, ele informou a Barquete que existiam duas formas de trazer o dinheiro para o Brasil. "A primeira, via legal, pelo Banco Central. A segunda, paralela, via doleiros."
Buratti afirmou ainda que sua participação no episódio se encerrou na consulta. "Depois eu soube pelo Barquete que a questão tinha sido resolvida." Apesar de afirmar que a consulta foi feita em nome de Palocci, Buratti disse que "não tem convicção da participação do ministro na operacionalização".
O advogado confirmou sua amizade com Poleto e disse ter ficado sabendo da viagem com as caixas de bebida, mas que só soube dos detalhes e do valor transportado pela revista "Veja".
Buratti não soube informar se o dinheiro foi mesmo utilizado na campanha do presidente Lula.
Especial
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