Publicidade
Publicidade
01/12/2005
-
00h15
da Folha Online
José Dirceu chegou a ser considerado o ministro mais influente do governo Lula, mas seu prestígio foi abalado com o caso Waldomiro Diniz, em fevereiro de 2004.
Um dos principais homens de confiança de Dirceu, Waldomiro Diniz foi exonerado do cargo de subchefe de Assuntos Parlamentares da Presidência da República após denúncias de que negociava com bicheiros o favorecimento em concorrências, em troca de propinas e contribuições para campanhas eleitorais.
Desde então foi perdendo cada vez mais espaço e prestígio no governo para o ministro Antonio Palocci.
Dirceu nasceu em Passa Quatro (MG), no dia 16 março de 1946. Advogado, formou-se pela PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica) em 1983 e fez pós-graduação em Economia na mesma instituição.
Foi deputado estadual de 1987 a 1991 (PT-SP), deputado federal de 1991 a 1995 (PT-SP), deputado federal de 1999 a 2003 (PT-SP) e reeleito deputado federal em 2003.
Dirceu chegou em São Paulo em 1961. Quatro anos depois, iniciou o curso de Direito na PUC-SP. Presidiu a UEE (União Estadual dos Estudantes), da qual é hoje presidente de honra. Líder do movimento estudantil durante a ditadura militar, foi preso em 1968, em Ibiúna (SP), durante o 30º Congresso da UNE. Teve a nacionalidade cassada e foi banido do país.
No exílio, trabalhou e estudou em Cuba. Em 1975, voltou ao Brasil e viveu clandestinamente no interior do Paraná --Cruzeiro do Oeste-- até 1979, tendo feito cirurgia plástica e adotado nova identidade. Retornou a São Paulo, beneficiado pela Lei da Anistia.
Foi um dos fundadores do PT e elegeu-se deputado estadual em 1986. Em 1990, foi eleito deputado federal por São Paulo, tendo sido autor, ao lado do senador Eduardo Suplicy (PT-SP), do requerimento que criou a CPI que investigou o esquema PC Farias e que resultou no impeachment do ex-presidente Fernando Collor de Mello.
Em 1994 foi candidato ao governo de São Paulo. Ficou em terceiro lugar, obtendo mais de 2 milhões de votos. Em 1995, assumiu a presidência do PT com a missão de suceder Lula, tendo sido reeleito em 1997, em 1999 e em 2001.
Em 1998, voltou à Câmara dos Deputados. Em 2002, José Dirceu foi reeleito deputado federal com a expressiva votação de 556.563 votos, tendo sido o segundo deputado mais votado do país.
No mesmo ano, foi o coordenador da campanha de Luiz Inácio Lula da Silva à presidência da República e, após a vitória, assumiu o posto de coordenador político da equipe de transição, com a responsabilidade de coordenar as articulações com partidos políticos.
No mês de dezembro licenciou-se da presidência do PT. No dia 1º de janeiro de 2003, Dirceu foi nomeado pelo presidente Lula ministro-chefe da Casa Civil.
Leia mais
Câmara aprova cassação do mandato de José Dirceu
Para petista, Câmara errou; oposição diz que resultado condena corrupção
Especial
Leia o que já foi publicado sobre José Dirceu
Leia a cobertura completa sobre a crise em Brasília
Prestígio de Dirceu diminuiu com o caso Waldomiro
Publicidade
José Dirceu chegou a ser considerado o ministro mais influente do governo Lula, mas seu prestígio foi abalado com o caso Waldomiro Diniz, em fevereiro de 2004.
Um dos principais homens de confiança de Dirceu, Waldomiro Diniz foi exonerado do cargo de subchefe de Assuntos Parlamentares da Presidência da República após denúncias de que negociava com bicheiros o favorecimento em concorrências, em troca de propinas e contribuições para campanhas eleitorais.
Folha Imagem |
Homem de confiança de Lula, José Dirceu deixa o governo |
Dirceu nasceu em Passa Quatro (MG), no dia 16 março de 1946. Advogado, formou-se pela PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica) em 1983 e fez pós-graduação em Economia na mesma instituição.
Foi deputado estadual de 1987 a 1991 (PT-SP), deputado federal de 1991 a 1995 (PT-SP), deputado federal de 1999 a 2003 (PT-SP) e reeleito deputado federal em 2003.
Dirceu chegou em São Paulo em 1961. Quatro anos depois, iniciou o curso de Direito na PUC-SP. Presidiu a UEE (União Estadual dos Estudantes), da qual é hoje presidente de honra. Líder do movimento estudantil durante a ditadura militar, foi preso em 1968, em Ibiúna (SP), durante o 30º Congresso da UNE. Teve a nacionalidade cassada e foi banido do país.
No exílio, trabalhou e estudou em Cuba. Em 1975, voltou ao Brasil e viveu clandestinamente no interior do Paraná --Cruzeiro do Oeste-- até 1979, tendo feito cirurgia plástica e adotado nova identidade. Retornou a São Paulo, beneficiado pela Lei da Anistia.
Foi um dos fundadores do PT e elegeu-se deputado estadual em 1986. Em 1990, foi eleito deputado federal por São Paulo, tendo sido autor, ao lado do senador Eduardo Suplicy (PT-SP), do requerimento que criou a CPI que investigou o esquema PC Farias e que resultou no impeachment do ex-presidente Fernando Collor de Mello.
Em 1994 foi candidato ao governo de São Paulo. Ficou em terceiro lugar, obtendo mais de 2 milhões de votos. Em 1995, assumiu a presidência do PT com a missão de suceder Lula, tendo sido reeleito em 1997, em 1999 e em 2001.
Em 1998, voltou à Câmara dos Deputados. Em 2002, José Dirceu foi reeleito deputado federal com a expressiva votação de 556.563 votos, tendo sido o segundo deputado mais votado do país.
No mesmo ano, foi o coordenador da campanha de Luiz Inácio Lula da Silva à presidência da República e, após a vitória, assumiu o posto de coordenador político da equipe de transição, com a responsabilidade de coordenar as articulações com partidos políticos.
No mês de dezembro licenciou-se da presidência do PT. No dia 1º de janeiro de 2003, Dirceu foi nomeado pelo presidente Lula ministro-chefe da Casa Civil.
Leia mais
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Nomeação de novo juiz do Supremo pode ter impacto sobre a Lava Jato
- Indicação de Alexandre de Moraes vai aprofundar racha dentro do PSDB
- Base no Senado exalta currículo de Moraes e elogia indicação
- Na USP, Moraes perdeu concursos e foi acusado de defender tortura
- Escolha de Moraes só possui semelhança com a de Nelson Jobim em 1997
+ Comentadas
- Manifestantes tentam impedir fala de Moro em palestra em Nova York
- Temer decide indicar Alexandre de Moraes para vaga de Teori no STF
+ EnviadasÍndice