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01/12/2005
-
12h55
EPAMINONDAS NETO
da Folha Online
A liberação dos pedágios na madrugada, a instalação de uma universidade na Baixada Santista e uma política nacional para a hepatite fazem parte da lista de interesses e bandeiras políticas da deputada que vai assumir a vaga após a cassação do mandato de José Dirceu (PT-SP). Mariângela Duarte (PT-SP), uma professora universitária de Santos, praticamente exerceu o mandato pelo parlamentar petista, já que Dirceu foi para o Ministério da Casa Civil no início do governo Lula.
Ela, que foi a 65º candidata a deputada mais votado em São Paulo nas eleições de 2002 (Dirceu foi o 2º, após Enéas, do Prona), assumiu o mandato tão logo Dirceu foi para a Esplanada. Quando ele retornou à Câmara, ela se manteve na Casa, porque foi o deputado Carlos Zarattini (PT-SP) que se retirou. Pela sistemática da coligação de 2002, ela somente saiu da Casa com o retorno de Aldo Rebelo (PC do B-SP), em julho.
Seu retorno, no entanto, não acontece sem desconforto. "Ontem, eu não liguei a televisão em nenhum momento", diz ela, que considera Dirceu "um ícone do nosso partido [o PT]".
"A sua teimosia, a sua tenacidade, foi até um alento para a militância", afirmou. A deputada prefere não emitir julgamentos sobre o resultado da Câmara, que cassou hoje de madrugada por 293 a 192 votos o mandato de Dirceu, mas diz que a crise "avassaladora" de seu partido exacerbou o "julgamento político" da Casa.
A base eleitoral de Mariângela fica em Santos, onde se formou em Letras pela PUC (com pós-graduação), mesmo local onde lecionou por 25 anos.
Nascida em 1946, tem quatro filhos e cinco netos. Começou a carreira política no PMDB, mas seu primeiro cargo eletivo foi obtido já no PT, quando se elegeu vereadora em 1988, sendo reeleita nas eleições seguintes. Interrompe o mandato para disputar o cargo de deputada estadual, com sucesso em 1994, sendo reeleita em 1998. Tenta o nível federal, tornando-se suplente de Dirceu e assumindo em fevereiro de 2003.
Na Câmara, conseguiu aprovar dois projetos de lei. O primeiro, que institui uma política nacional para o prevenção da hepatite (que será apreciado no Senado na semana que vem); o segundo, que inclui a cultura indígena no currículo escolar. Tramitam ainda outros projetos que tratam da Previdência Social e da Universidade Federal de São Paulo.
Em seu mandato estadual, ela apresentou projeto para a liberação dos pedágios das 23h às 6h, proposta que inclusive foi incorporada pelo candidato Paulo Maluf em sua disputa pelo governo de São Paulo em 2002. Ainda na Assembléia Legislativa, conseguiu aprovar um projeto que autoriza a criação de uma Universidade Estadual Pública, em 2001.
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A liberação dos pedágios na madrugada, a instalação de uma universidade na Baixada Santista e uma política nacional para a hepatite fazem parte da lista de interesses e bandeiras políticas da deputada que vai assumir a vaga após a cassação do mandato de José Dirceu (PT-SP). Mariângela Duarte (PT-SP), uma professora universitária de Santos, praticamente exerceu o mandato pelo parlamentar petista, já que Dirceu foi para o Ministério da Casa Civil no início do governo Lula.
Ela, que foi a 65º candidata a deputada mais votado em São Paulo nas eleições de 2002 (Dirceu foi o 2º, após Enéas, do Prona), assumiu o mandato tão logo Dirceu foi para a Esplanada. Quando ele retornou à Câmara, ela se manteve na Casa, porque foi o deputado Carlos Zarattini (PT-SP) que se retirou. Pela sistemática da coligação de 2002, ela somente saiu da Casa com o retorno de Aldo Rebelo (PC do B-SP), em julho.
Divulgação |
A deputada Mariângela Duarte (PT-SP) |
"A sua teimosia, a sua tenacidade, foi até um alento para a militância", afirmou. A deputada prefere não emitir julgamentos sobre o resultado da Câmara, que cassou hoje de madrugada por 293 a 192 votos o mandato de Dirceu, mas diz que a crise "avassaladora" de seu partido exacerbou o "julgamento político" da Casa.
A base eleitoral de Mariângela fica em Santos, onde se formou em Letras pela PUC (com pós-graduação), mesmo local onde lecionou por 25 anos.
Nascida em 1946, tem quatro filhos e cinco netos. Começou a carreira política no PMDB, mas seu primeiro cargo eletivo foi obtido já no PT, quando se elegeu vereadora em 1988, sendo reeleita nas eleições seguintes. Interrompe o mandato para disputar o cargo de deputada estadual, com sucesso em 1994, sendo reeleita em 1998. Tenta o nível federal, tornando-se suplente de Dirceu e assumindo em fevereiro de 2003.
Na Câmara, conseguiu aprovar dois projetos de lei. O primeiro, que institui uma política nacional para o prevenção da hepatite (que será apreciado no Senado na semana que vem); o segundo, que inclui a cultura indígena no currículo escolar. Tramitam ainda outros projetos que tratam da Previdência Social e da Universidade Federal de São Paulo.
Em seu mandato estadual, ela apresentou projeto para a liberação dos pedágios das 23h às 6h, proposta que inclusive foi incorporada pelo candidato Paulo Maluf em sua disputa pelo governo de São Paulo em 2002. Ainda na Assembléia Legislativa, conseguiu aprovar um projeto que autoriza a criação de uma Universidade Estadual Pública, em 2001.
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