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06/12/2005
-
15h35
da Folha Online
A CPI dos Bingos foi instalada no final de junho de 2005 para investigar o primeiro escândalo de importância no governo Lula: a atuação do ex-assessor da Casa Civil Waldomiro Diniz, flagrado em vídeo negociando propina com um empresário do ramo de jogos.
O escândalo veio à tona em fevereiro de 2004. Mas a oposição só conseguiu instalar a CPI em junho de 2005, depois de driblar o governo, que tentava abafar o caso.
Apelidada de "CPI do Fim do Mundo", a CPI passou a investigar todo tipo de denúncia que surgiu contra o governo, como a suposta ligação entre o assassinato do prefeito Celso Daniel (PT) e o esquema de financiamento de campanhas; as possíveis irregularidades na Prefeitura de Ribeirão Preto durante a gestão de Antonio Palocci; a suposta doação de casas de bingo ou a remessa de dólares vindos de Cuba para a campanha de Lula, entre outros temas explosivos.
Em março de 2006, a CPI ouviu o caseiro Francenildo Costa, que desmentiu Palocci ao afirmar que o ex-ministro freqüentava uma mansão em Brasília usada por lobistas para fechar negócios suspeitos e promover festas com prostitutas. O local, conhecido como "República de Ribeirão Preto", foi alugado por ex-assessores de Palocci.
O depoimento de Francenildo acabou deflagrando outro escândalo, pois seu sigilo bancário foi violado ilegalmente logo após participar da CPI. A Polícia Federal suspeita que Palocci seja o mandante da quebra do sigilo.
Entre as principais reclamações dos integrantes da CPI estão as decisões concedidas pelo STF (Supremo Tribunal Federal), que impediram a quebra dos sigilos bancário, fiscal e telefônico de uma série de suspeitos. O presidente do Sebrae, Paulo Okamotto, foi um dos beneficiados pelas decisões do STF. A CPI suspeita que Okamotto tenha liderado um esquema de arrecadação de recursos entre prefeituras petistas para as campanhas eleitorais do partido.
A presidência é ocupada senador Efraim Morais (PFL-PB), ladeado pelo vice-presidente, o senador Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR). O relator é o senador Garibaldi Alves (PMDB-RN).
Parlamentares da base governista acusam a oposição de usar a CPI dos Bingos para tentar desgastar o presidente Lula. Exemplo disso seria a tentativa de envolver o chefe-de-gabinete de Lula, Gilberto Carvalho, com o suposto esquema de corrupção de Santo André.
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O escândalo veio à tona em fevereiro de 2004. Mas a oposição só conseguiu instalar a CPI em junho de 2005, depois de driblar o governo, que tentava abafar o caso.
Apelidada de "CPI do Fim do Mundo", a CPI passou a investigar todo tipo de denúncia que surgiu contra o governo, como a suposta ligação entre o assassinato do prefeito Celso Daniel (PT) e o esquema de financiamento de campanhas; as possíveis irregularidades na Prefeitura de Ribeirão Preto durante a gestão de Antonio Palocci; a suposta doação de casas de bingo ou a remessa de dólares vindos de Cuba para a campanha de Lula, entre outros temas explosivos.
Em março de 2006, a CPI ouviu o caseiro Francenildo Costa, que desmentiu Palocci ao afirmar que o ex-ministro freqüentava uma mansão em Brasília usada por lobistas para fechar negócios suspeitos e promover festas com prostitutas. O local, conhecido como "República de Ribeirão Preto", foi alugado por ex-assessores de Palocci.
O depoimento de Francenildo acabou deflagrando outro escândalo, pois seu sigilo bancário foi violado ilegalmente logo após participar da CPI. A Polícia Federal suspeita que Palocci seja o mandante da quebra do sigilo.
Entre as principais reclamações dos integrantes da CPI estão as decisões concedidas pelo STF (Supremo Tribunal Federal), que impediram a quebra dos sigilos bancário, fiscal e telefônico de uma série de suspeitos. O presidente do Sebrae, Paulo Okamotto, foi um dos beneficiados pelas decisões do STF. A CPI suspeita que Okamotto tenha liderado um esquema de arrecadação de recursos entre prefeituras petistas para as campanhas eleitorais do partido.
A presidência é ocupada senador Efraim Morais (PFL-PB), ladeado pelo vice-presidente, o senador Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR). O relator é o senador Garibaldi Alves (PMDB-RN).
Parlamentares da base governista acusam a oposição de usar a CPI dos Bingos para tentar desgastar o presidente Lula. Exemplo disso seria a tentativa de envolver o chefe-de-gabinete de Lula, Gilberto Carvalho, com o suposto esquema de corrupção de Santo André.
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