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03/01/2006
-
20h05
THIAGO REIS
da Agência Folha
A Funai (Fundação Nacional do Índio) começa a refazer nesta quarta-feira os documentos de 430 índios, em Antônio João (322 km a sudoeste de Campo Grande), que tiveram os documentos originais queimados durante desocupação das terras Nhanderu Marangatu, no dia 15 de dezembro.
Os índios estão acampados à margem da rodovia MS-384. Mais cinco servidores da Funai devem chegar para auxiliar o trabalho. Já há no local cinco funcionários do órgão.
Para o coordenador regional da Funai em Mato Grosso do Sul, Odenir Oliveira, a documentação é essencial para que os indígenas possam receber os seus direitos sociais, como a aposentadoria e o auxílio-maternidade.
De acordo com Oliveira, os fazendeiros aproveitaram a ação da Polícia Federal, que cumpria uma ordem judicial de despejo, para queimar os papéis e expulsar os índios. "Tínhamos um acordo com o advogado dos fazendeiros para que não acontecesse isso. Os índios confiaram. Infelizmente ele foi descumprido."
A tensão em Antônio João está relacionada à posse de terras. Os índios reivindicam uma área de 9.300 hectares que compreende três fazendas, perto da divisa do Brasil com o Paraguai.
Em março do ano passado, o presidente Lula homologou a área como terra indígena Nhanderu Marangatu. Insatisfeitos, os fazendeiros recorreram à Justiça. A Polícia Federal, atendendo a uma decisão do STF, despejou os guaranis-caiuás das terras no dia 15 do mês passado.
Na véspera do Natal, o índio Dorvalino Rocha foi assassinado. A PF de Ponta Porã indiciou João Carlos Gimenez Brites, segurança de uma empresa particular. Ele admitiu ter feito os disparos, mas alegou legítima defesa.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre índios
Funai refaz documentos de índios
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da Agência Folha
A Funai (Fundação Nacional do Índio) começa a refazer nesta quarta-feira os documentos de 430 índios, em Antônio João (322 km a sudoeste de Campo Grande), que tiveram os documentos originais queimados durante desocupação das terras Nhanderu Marangatu, no dia 15 de dezembro.
Os índios estão acampados à margem da rodovia MS-384. Mais cinco servidores da Funai devem chegar para auxiliar o trabalho. Já há no local cinco funcionários do órgão.
Para o coordenador regional da Funai em Mato Grosso do Sul, Odenir Oliveira, a documentação é essencial para que os indígenas possam receber os seus direitos sociais, como a aposentadoria e o auxílio-maternidade.
De acordo com Oliveira, os fazendeiros aproveitaram a ação da Polícia Federal, que cumpria uma ordem judicial de despejo, para queimar os papéis e expulsar os índios. "Tínhamos um acordo com o advogado dos fazendeiros para que não acontecesse isso. Os índios confiaram. Infelizmente ele foi descumprido."
A tensão em Antônio João está relacionada à posse de terras. Os índios reivindicam uma área de 9.300 hectares que compreende três fazendas, perto da divisa do Brasil com o Paraguai.
Em março do ano passado, o presidente Lula homologou a área como terra indígena Nhanderu Marangatu. Insatisfeitos, os fazendeiros recorreram à Justiça. A Polícia Federal, atendendo a uma decisão do STF, despejou os guaranis-caiuás das terras no dia 15 do mês passado.
Na véspera do Natal, o índio Dorvalino Rocha foi assassinado. A PF de Ponta Porã indiciou João Carlos Gimenez Brites, segurança de uma empresa particular. Ele admitiu ter feito os disparos, mas alegou legítima defesa.
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