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12/01/2006
-
09h11
SILVIO NAVARRO
ADRIANO CEOLIN
da Folha de S.Paulo
Uma articulação do presidente do PP, deputado Pedro Corrêa (PP-PE), para retardar em alguns dias o desfecho do seu processo no Conselho de Ética alterou a provável ordem de votação dos casos e conseguiu tirá-lo do primeiro lugar na fila para enfrentar o plenário da Câmara.
Conforme o calendário do conselho, o processo de Corrêa seria o primeiro dos 11 em andamento a ser concluído neste ano. Pelo cronograma, ontem seria ouvida a última testemunha de defesa arrolada pelo pepista, o líder interino do PP na Casa, Mário Negromonte (BA).
No entanto o depoimento de Negromonte acabou adiado pela terceira vez. Em ofício encaminhado por um assessor, ele afirmou estar com uma virose. Ao iniciar a sessão de ontem, o presidente do conselho, Ricardo Izar (PTB-SP), afirmou que o comunicado chegou às 9h58, ou seja, dois minutos antes do horário marcado para o início da sessão.
Com a mudança, o processo do deputado Roberto Brant (PFL-MG) passou a ser o primeiro da fila para ser submetido ao julgamento do plenário. Os deputados ameaçados de perder o mandato temem que o primeiro do ano a enfrentar o plenário seja cassado, como provável efeito da repercussão negativa da absolvição de Romeu Queiroz (PTB-MG), o último deputado a ser julgado.
A Folha apurou que a articulação do PP para adiar o desfecho do caso de Corrêa também foi uma resposta a ação de alguns membros do conselho, que manobravam para votar o caso de Brant em um momento considerado mais favorável à absolvição.
Segundo o relator do processo de Pedro Corrêa, Carlos Sampaio (PSDB-SP), Negromonte argumentou, no comunicado, ter "fatos relevantes" a informar. Para evitar eventuais recursos de cerceamento de defesa, o relator agendou nova data para o depoimento, na segunda-feira. "Se ele não comparecer, declaro encerrada a instrução do processo", disse.
Negromonte viajou ontem e disse, por meio de sua assessoria, que o PP "não quer nenhum privilégio, mas quer que seja cumprida a ordem dos relatórios que já estão prontos". Corrêa não foi localizado.
O pefelista Roberto Brant deve agora ser notificado oficialmente da conclusão do parecer. Em seguida, será marcada data para leitura e votação, provavelmente na semana que vem.
Outro processo deverá ser encerrado hoje, do deputado Wanderval Santos (PL-SP), redigido por Chico Alencar (PSOL-RJ). O próximo será o de Professor Luizinho (PT-SP).
Ontem, Izar se reuniu com o presidente da CPI dos Correios, Delcídio Amaral (PT-MS). "É importante uma análise dos documentos da CPI. Até amanhã [hoje], todos os documentos estarão à disposição no Conselho", disse.
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Leia a cobertura completa sobre a crise em Brasília
Manobra do PP altera ordem de julgamentos na Câmara
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ADRIANO CEOLIN
da Folha de S.Paulo
Uma articulação do presidente do PP, deputado Pedro Corrêa (PP-PE), para retardar em alguns dias o desfecho do seu processo no Conselho de Ética alterou a provável ordem de votação dos casos e conseguiu tirá-lo do primeiro lugar na fila para enfrentar o plenário da Câmara.
Conforme o calendário do conselho, o processo de Corrêa seria o primeiro dos 11 em andamento a ser concluído neste ano. Pelo cronograma, ontem seria ouvida a última testemunha de defesa arrolada pelo pepista, o líder interino do PP na Casa, Mário Negromonte (BA).
No entanto o depoimento de Negromonte acabou adiado pela terceira vez. Em ofício encaminhado por um assessor, ele afirmou estar com uma virose. Ao iniciar a sessão de ontem, o presidente do conselho, Ricardo Izar (PTB-SP), afirmou que o comunicado chegou às 9h58, ou seja, dois minutos antes do horário marcado para o início da sessão.
Com a mudança, o processo do deputado Roberto Brant (PFL-MG) passou a ser o primeiro da fila para ser submetido ao julgamento do plenário. Os deputados ameaçados de perder o mandato temem que o primeiro do ano a enfrentar o plenário seja cassado, como provável efeito da repercussão negativa da absolvição de Romeu Queiroz (PTB-MG), o último deputado a ser julgado.
A Folha apurou que a articulação do PP para adiar o desfecho do caso de Corrêa também foi uma resposta a ação de alguns membros do conselho, que manobravam para votar o caso de Brant em um momento considerado mais favorável à absolvição.
Segundo o relator do processo de Pedro Corrêa, Carlos Sampaio (PSDB-SP), Negromonte argumentou, no comunicado, ter "fatos relevantes" a informar. Para evitar eventuais recursos de cerceamento de defesa, o relator agendou nova data para o depoimento, na segunda-feira. "Se ele não comparecer, declaro encerrada a instrução do processo", disse.
Negromonte viajou ontem e disse, por meio de sua assessoria, que o PP "não quer nenhum privilégio, mas quer que seja cumprida a ordem dos relatórios que já estão prontos". Corrêa não foi localizado.
O pefelista Roberto Brant deve agora ser notificado oficialmente da conclusão do parecer. Em seguida, será marcada data para leitura e votação, provavelmente na semana que vem.
Outro processo deverá ser encerrado hoje, do deputado Wanderval Santos (PL-SP), redigido por Chico Alencar (PSOL-RJ). O próximo será o de Professor Luizinho (PT-SP).
Ontem, Izar se reuniu com o presidente da CPI dos Correios, Delcídio Amaral (PT-MS). "É importante uma análise dos documentos da CPI. Até amanhã [hoje], todos os documentos estarão à disposição no Conselho", disse.
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