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16/01/2006 - 12h11

CPI dos Bingos deverá indiciar assessor de Palocci

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da Folha de S.Paulo
da Folha Online

A CPI dos Bingos deverá pedir o indiciamento de Ademirson Ariovaldo da Silva, assessor do ministro Antonio Palocci Filho (Fazenda), no relatório do caso GTech a ser lido quarta-feira.

Segundo o relator da comissão, senador Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN), a existe a suspeita de tráfico de influência. Ademirson trocou vários telefonemas com o advogado Rogério Buratti, acusado de pedir propina à GTech na época da renovação do contrato da multinacional com a Caixa Econômica Federal. Buratti diz que a multinacional ofereceu R$ 16 milhões ao caixa dois do PT.

Vladimir Poleto --que trabalhou na Prefeitura de Ribeirão Preto (SP) quando Palocci era o prefeito da cidade-- também terá o indiciamento pedido, afirmou Garibaldi. Palocci, porém, vai ser isentado de responsabilidade no episódio. "Não há nada contra ele", disse o senador.

Principal dor de cabeça do governo, a CPI dos Bingos volta nesta semana com uma agenda dura para o PT e com o compromisso de se estender até 25 de abril, podendo mesmo ser prorrogada, segundo o presidente da comissão, senador Efraim Morais (PFL-PB).

Agenda

Para amanhã, está marcado depoimento do economista Paulo de Tarso Venceslau, ex-militante do PT --expulso do partido no início de 1998-- e ex-secretário de finanças da prefeitura de São José dos Campos. De acordo com assessoria da CPI, em 1997 ele denunciou ao então diretor nacional do PT, Luiz Inácio Lula da Silva, irregularidades envolvendo a Cpem (Consultoria Para Empresas e Municípios), que prestava serviços a diversas prefeituras do partido. Segundo Tarso, o esquema era operado pelo advogado Roberto Teixeira, amigo do presidente Lula.

Estão marcados para a próxima quinta-feira os depoimentos de Éder Eustáquio Macedo e dos procuradores de Campinas Ricardo José Gasques de Almeida Silvares e Fernando Pereira Vianna Neto. Na quebra do sigilo telefônico de Buratti, Poleto e Ralf Barquete, aparecem várias ligações para um telefone celular registrado em nome da representação do Ministério da Fazenda no Rio de Janeiro.

O aparelho era usado por Éder, admitido em 2003 em Brasília para trabalhar no gabinete do ministro no Rio. Éder foi citado em reportagem da revista "Veja" no dia 29 de outubro como sendo o motorista que teria transportado, em julho de 2002, três caixas supostamente com dólares provenientes de Cuba destinados à campanha do PT.

Ricardo José Gasques de Almeida Silvares e Fernando Pereira Vianna Neto são procuradores do Estado de São Paulo que trabalham no caso do assassinato do ex-prefeito de Campinas (SP), Antônio da Costa Santos, o Toninho do PT, morto em 10 de setembro de 2001.

Com Agência Brasil

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