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20/01/2006
-
13h54
JANAINA LAGE
da Folha Online, em Queimados (RJ)
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta sexta-feira, durante a assinatura do convênio do Ministério da Saúde para a retomada da construção do Hospital Geral de Queimados, na Baixada Fluminense, que será alvo de críticas porque 2006 é "ano de colheita".
"Vamos fazer muito mais porque este é um ano de uma colheita muito grande. É por isso que, de vez em quando, vocês vão ver algumas pessoas dizendo: 'esse ato de Queimados é campanha eleitoral. A inauguração de uma estrada é campanha eleitoral'. Se eu não fizesse, era campanha eleitoral para eles", disse.
Em clima claramente eleitoral, Lula recebeu o apoio de 11 prefeitos da Baixada Fluminense. Segundo Lula, a verba do governo federal corresponde a 54% da arrecadação do Estado do Rio de Janeiro.
Lula disse que se identificava com o povo da Baixada Fluminense. "A minha cara não é a cara da zona sul [do Rio], não é a cara da Avenida Paulista, a minha cara é a cara do povo sofrido deste país que clama por justiça. Mais do que a cara, o sangue que corre nessas veias é o sangue de um retirante nordestino que não esquece o sofrimento desse povo e que lamenta todo dia não poder ter feito muito mais", disse.
O presidente também afirmou ainda que os críticos de sua participação em eventos públicos como o de hoje são os mesmos que deixaram o esqueleto da construção do Hospital Geral abandonado há 20 anos. "A mesma gente que deixou esse esqueleto abandonado não gosta que estejamos aqui", disse ele.
Antes do discurso do presidente, o clima em Queimados era de campanha eleitoral. Lula desceu do helicóptero ao som de "Lula lá", jingle usado durante em eleição anterior. O prefeito de Queimados, Carlos Rogério dos Santos (PL), afirmou que pela primeira vez na história um presidente atendeu um prefeito quatro vezes no ano. "Tenho certeza que muitas elites não querem que o senhor volte. Eu faço um apelo: não ceda", disse ele.
O público teve reação semelhante e interrompeu o discurso do presidente com gritos de "Ão, ão, ão, queremos reeleição". O prefeito de Nova Iguaçu, Lindberg Farias, afirmou que o último presidente a passar em Queimados por Ernesto Geisel há 32 anos. Ele aproveitou a oportunidade para reiterar pedidos para que a nova refinaria petroquímica da Petrobras fique em Itaguaí, na Baixada, e pediu também a criação de um plano de saneamento e pavimentação das ruas da Baixada.
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Presidente Lula afirma que 2006 será "ano de colheita"
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta sexta-feira, durante a assinatura do convênio do Ministério da Saúde para a retomada da construção do Hospital Geral de Queimados, na Baixada Fluminense, que será alvo de críticas porque 2006 é "ano de colheita".
"Vamos fazer muito mais porque este é um ano de uma colheita muito grande. É por isso que, de vez em quando, vocês vão ver algumas pessoas dizendo: 'esse ato de Queimados é campanha eleitoral. A inauguração de uma estrada é campanha eleitoral'. Se eu não fizesse, era campanha eleitoral para eles", disse.
Em clima claramente eleitoral, Lula recebeu o apoio de 11 prefeitos da Baixada Fluminense. Segundo Lula, a verba do governo federal corresponde a 54% da arrecadação do Estado do Rio de Janeiro.
Lula disse que se identificava com o povo da Baixada Fluminense. "A minha cara não é a cara da zona sul [do Rio], não é a cara da Avenida Paulista, a minha cara é a cara do povo sofrido deste país que clama por justiça. Mais do que a cara, o sangue que corre nessas veias é o sangue de um retirante nordestino que não esquece o sofrimento desse povo e que lamenta todo dia não poder ter feito muito mais", disse.
O presidente também afirmou ainda que os críticos de sua participação em eventos públicos como o de hoje são os mesmos que deixaram o esqueleto da construção do Hospital Geral abandonado há 20 anos. "A mesma gente que deixou esse esqueleto abandonado não gosta que estejamos aqui", disse ele.
Antes do discurso do presidente, o clima em Queimados era de campanha eleitoral. Lula desceu do helicóptero ao som de "Lula lá", jingle usado durante em eleição anterior. O prefeito de Queimados, Carlos Rogério dos Santos (PL), afirmou que pela primeira vez na história um presidente atendeu um prefeito quatro vezes no ano. "Tenho certeza que muitas elites não querem que o senhor volte. Eu faço um apelo: não ceda", disse ele.
O público teve reação semelhante e interrompeu o discurso do presidente com gritos de "Ão, ão, ão, queremos reeleição". O prefeito de Nova Iguaçu, Lindberg Farias, afirmou que o último presidente a passar em Queimados por Ernesto Geisel há 32 anos. Ele aproveitou a oportunidade para reiterar pedidos para que a nova refinaria petroquímica da Petrobras fique em Itaguaí, na Baixada, e pediu também a criação de um plano de saneamento e pavimentação das ruas da Baixada.
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