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22/01/2006 - 09h23

Pesquisa do Ibope faz avaliação só de Garotinho

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da Folha de S.Paulo
da Folha de S.Paulo, no Rio de Janeiro

O secretário estadual de Governo do Rio Anthony Garotinho (PMDB) foi o único pré-candidato com direito a avaliação qualitativa em pesquisa do Ibope feita entre os dias 12 e 16 deste mês, encomendada pela revista "IstoÉ".

O Ibope perguntou, por exemplo, qual seria a principal ação que Garotinho poderia ter que faria o pesquisado "pensar em votar nele para presidente". Da lista de ações fornecida pelo instituto, venceu "mostrar que é a favor dos pobres" (28%), seguido de "mostrar que saberá combater a corrupção e a impunidade" (19%) e "mostrar que saberá enfrentar a criminalidade" (10%).

Para 9% das pessoas ouvidas, Garotinho, que é evangélico, não deve "misturar religião com política"; 12% disseram "nenhuma/nada que me fizesse votar nele" e 9% não souberam responder ou não opinaram.

O Ibope ouviu 2.002 eleitores em 143 municípios, com margem de erro de dois pontos percentuais. A pesquisa incluiu intenção de voto à Presidência (primeiro e segundo turnos), rejeição aos candidatos, avaliação do governo Lula, preferência e rejeição partidária e aprovação do projeto de transposição do rio São Francisco, além das perguntas sobre o ex-governador do Rio.

A revista "IstoÉ", que encomendou a pesquisa, divulgou apenas os resultados da intenção de voto para o primeiro turno --em todas as simulações, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva lidera as intenções de voto.

Série de pesquisas

A diretora-executiva do Ibope, Márcia Cavallari, afirmou ontem que as questões sobre Garotinho foram incluídas no questionário a pedido da Editora Três, que edita a revista e que pagou R$ 126 mil pela pesquisa.

Segundo ela, a editora fará uma série de pesquisas eleitorais sobre o perfil dos pré-candidatos. "Mas a editora não fechou um cronograma", disse.

Sobre Garotinho ter sido o primeiro avaliado, Cavallari afirmou que a decisão foi da editora, que pode ter tido "interesses jornalísticos".

Ainda segundo ela, o fato de os dados sobre Garotinho e as simulações de segundo turno não terem sido divulgados é "normal". "Uma pesquisa é muito mais completa do que aquilo que é divulgado", afirmou Cavallari.

A diretora-executiva do Ibope disse ainda que o questionário da pesquisa foi registrado no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) no dia 13 de janeiro.

A Folha não conseguiu localizar ontem responsáveis pela revista.

Segundo turno

Nos cenários com Garotinho na disputa, ele aparece em segundo ou terceiro lugares, atrás somente de Lula e José Serra (PSDB). Nesse caso, Garotinho tem 12% das intenções de voto, Serra, 31%, e Lula, 35%. Quando o candidato tucano é Geraldo Alckmin, Garotinho e o tucano ficam empatados tecnicamente --Lula tem 37%, Alckmin, 16%, e Garotinho, 15%.

No segundo turno, entre Garotinho e Serra, o tucano ganharia por 54% contra 26%. Entre Lula e Garotinho, o presidente ganharia por 49% a 30%.

Contra Alckmin, o segundo turno teria empate técnico, com 38% para Garotinho e 37% para o tucano.

Nos cenários sem Garotinho, Lula vence Alckmin por 48% a 35%. Contra Serra, o presidente fica com 42%, contra 45% do tucano (empate técnico).

O Ibope fez também pergunta estimulada sobre a opinião do entrevistado em relação ao ex-governador do Rio --o levantamento questionou se
Garotinho é ou não competente, se é honesto e se é corajoso, se tem ou não autoridade e experiência administrativa, se é preocupado ou não com a população mais pobre e se conhece ou não os problemas do país.

"Estranhíssimo"

Garotinho declarou ontem achar "estranhíssimo" o Ibope ter incluído perguntas a respeito dele na sua última pesquisa. "É muito estranho", disse ele, que afirmou ontem não ter lido a pesquisa.

Sobre os resultados, Garotinho disse que houve uma ligeira recuperação de Lula porque o governo desviou o foco para o Congresso Nacional. "Enquanto ficou se discutindo o salário dos deputados nas sessões extraordinárias, paga ou não paga, o governo encheu as televisões do Brasil de propaganda. Isso deu uma leve crescida", disse o ex-governador.

Em relação aos seus números e de seus adversários, Garotinho declarou que não houve alterações. "O José Serra não se alterou. O meu e do Geraldo Alckmim estão dentro da margem de erro, também não se alteraram.
Não houve surpresa", disse.

O presidente nacional do PMDB, deputado federal Michel Temer (SP), afirmou que o partido "ficou bem na pesquisa". "O Garotinho está com um bom índice. O Rigotto aparece com 3%", afirmou. As prévias do PMDB acontecem em 19 de março.

De acordo com o secretário-geral do PT, Raul Pont, o "ideal é que fossem feitas avaliações de todos os pré-candidatos e não só de Garotinho".

Especial
  • Leia o que já foi publicado sobre o Ibope
  • Leia o que já foi publicado sobre Anthony Garotinho
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