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24/01/2006 - 16h21

Palocci deve depor na quinta-feira na CPI dos Bingos

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ROSE ANE SILVEIRA
da Folha Online, em Brasília

O presidente da CPI dos Bingos, senador Efraim Morais (PFL-PB), afirmou nesta terça-feira que o ministro da Fazenda, Antonio Palocci, deve depor na comissão nesta quinta-feira. O horário não está marcado, mas o depoimento deve ser feito após as votações no plenário do Senado. A assessoria do ministério somente comunicou que iria referendar as informações da CPI.

"O ministro não se mostrou preocupado com horário ou com qualquer outro assunto. Mostrou apenas interesse em atender a CPI", disse Efraim.

Na CPI, o ministro deve prestar explicações sobre as de suspeitas de corrupção do tempo em que era prefeito de Ribeirão Preto (SP), nos anos 90. "O ministro vai falar sobre esses assuntos que estão todo dia [no noticiário]: Ribeirão Preto; seus assessores; dólares de Cuba, entre outros", afirmou o senador.

O depoimento de Palocci foi marcado por uma longa negociação entre políticos da oposição e da base aliada. Políticos da oposição já afirmaram que não devem colocar o ministro "contra a parede" durante o depoimento no qual ele falaria como convidado e não na condição de convocado, saída articulada pelo senador Tião Viana (PT-AC).

Ribeirão Preto, assessores e Cuba

O depoimento do ministro deve ser longo porque a pauta de assuntos é extensa e polêmica. Sobre Ribeirão Preto, os integrantes da CPI devem questionar o ministro sobre o suposto recebimento de propina da empreiteira Leão Leão quando ele era prefeito de Ribeirão Preto, uma acusação que partiu do ex-secretário de Governo da cidade, Rogério Buratti.

Assessores e ex-assessores devem ocupar boa parte da pauta da CPI. O relatório parcial da comissão pede o indiciamento de Ademirson Ariovaldo da Silva, assessor do ministro, sobre o qual existe a suspeita de tráfico de influência.

Ademirson trocou vários telefonemas com o advogado Rogério Buratti, acusado de pedir propina à GTech na época da renovação do contrato da multinacional com a Caixa Econômica Federal. Buratti diz que a multinacional ofereceu R$ 16 milhões ao caixa dois do PT.

O ministro também pode ser inquirido sobre o chamado caso Cuba: a suposta de US$ 3 milhões do governo cubano para a campanha do PT de 2002. O episódio, que não foi comprovado, teria envolvimento de ex-assessores do ministro.

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