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01/02/2006
-
09h41
da Folha Online
O Conselho de Ética da Câmara retoma na manhã desta quarta-feira a votação do relatório de Carlos Sampaio (PSDB-SP), que pede a cassação do mandato do presidente do PP, Pedro Corrêa (PE), por quebra de decoro parlamentar.
Os deputados começaram a discutir e votar o relatório ontem, mas a sessão foi suspensa por causa do início da ordem do dia no plenário da Câmara.
Durante a discussão do parecer, somente os deputados do PP Benedito de Lira (AL) e Sandes Júnior (GO) se manifestaram contra o pedido de cassação. Os demais parlamentares defenderam o parecer do relator.
Corrêa foi acusado de receber recursos do caixa dois do PT por intermédio do empresário Marcos Valério Fernandes de Souza.
O deputado Chico Alencar (PSOL-RJ) afirmou que o caso sintetiza todo o escândalo do "mensalão". Segundo ele, só o fato de os recursos não terem sido contabilizados pelo PP representa uma confissão de culpa.
"O acordo é espúrio, porque não tem nenhuma motivação a não ser manter o apoio do PP à base do governo. Se o dinheiro fosse legal, porque não teria sido contabilizado?", questionou.
Futuro
Corrêa informou que só vai se pronunciar sobre o assunto depois que o processo for concluído. Sobre permanecer na presidência do PP, o deputado disse: "o meu futuro a Deus Pertence".
O deputado é acusado de ter recebido R$ 700 mil do esquema do "valerioduto". Em depoimento ao Conselho de Ética, Corrêa disse que os saques no Banco Rural foram feitos pelo chefe-de-gabinete da liderança do PP, João Cláudio Genu.
Segundo Corrêa, o dinheiro foi usado para pagar parte dos honorários do advogado Paulo Goyaz, que defendeu o deputado Ronivon Santiago (PP-AC) em 36 processos judiciais movidos pelo PT do Acre.
Para o relator do processo de cassação, a conduta de Corrêa "atingiu o conjunto dos parlamentares, pois o presidente do PP teria se utilizado do fato de o partido pertencer à base governista para autorizar a solicitação de recursos ao Partido dos Trabalhadores".
Corrêa é o terceiro presidente de partido da base aliada do governo que pode perder o mandato. Pode ser o segundo a ser cassado pelos seus pares por quebra de decoro parlamentar. Antes dele, o ex-presidente do PTB Roberto Jefferson sofreu o processo de expurgo. Já o presidente do PL, Valdemar da Costa Neto, renunciou para evitar perder o direito de ser eleito este ano.
Na semana passada, o Conselho aprovou os relatórios que pedem a cassação dos deputados Roberto Brant (PFL-MG) e Professor Luizinho (PT-SP).
Com Agência Câmara
Especial
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Conselho de Ética retoma hoje votação de processo contra Pedro Corrêa
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O Conselho de Ética da Câmara retoma na manhã desta quarta-feira a votação do relatório de Carlos Sampaio (PSDB-SP), que pede a cassação do mandato do presidente do PP, Pedro Corrêa (PE), por quebra de decoro parlamentar.
Os deputados começaram a discutir e votar o relatório ontem, mas a sessão foi suspensa por causa do início da ordem do dia no plenário da Câmara.
Durante a discussão do parecer, somente os deputados do PP Benedito de Lira (AL) e Sandes Júnior (GO) se manifestaram contra o pedido de cassação. Os demais parlamentares defenderam o parecer do relator.
Corrêa foi acusado de receber recursos do caixa dois do PT por intermédio do empresário Marcos Valério Fernandes de Souza.
O deputado Chico Alencar (PSOL-RJ) afirmou que o caso sintetiza todo o escândalo do "mensalão". Segundo ele, só o fato de os recursos não terem sido contabilizados pelo PP representa uma confissão de culpa.
"O acordo é espúrio, porque não tem nenhuma motivação a não ser manter o apoio do PP à base do governo. Se o dinheiro fosse legal, porque não teria sido contabilizado?", questionou.
Futuro
Corrêa informou que só vai se pronunciar sobre o assunto depois que o processo for concluído. Sobre permanecer na presidência do PP, o deputado disse: "o meu futuro a Deus Pertence".
O deputado é acusado de ter recebido R$ 700 mil do esquema do "valerioduto". Em depoimento ao Conselho de Ética, Corrêa disse que os saques no Banco Rural foram feitos pelo chefe-de-gabinete da liderança do PP, João Cláudio Genu.
Segundo Corrêa, o dinheiro foi usado para pagar parte dos honorários do advogado Paulo Goyaz, que defendeu o deputado Ronivon Santiago (PP-AC) em 36 processos judiciais movidos pelo PT do Acre.
Para o relator do processo de cassação, a conduta de Corrêa "atingiu o conjunto dos parlamentares, pois o presidente do PP teria se utilizado do fato de o partido pertencer à base governista para autorizar a solicitação de recursos ao Partido dos Trabalhadores".
Corrêa é o terceiro presidente de partido da base aliada do governo que pode perder o mandato. Pode ser o segundo a ser cassado pelos seus pares por quebra de decoro parlamentar. Antes dele, o ex-presidente do PTB Roberto Jefferson sofreu o processo de expurgo. Já o presidente do PL, Valdemar da Costa Neto, renunciou para evitar perder o direito de ser eleito este ano.
Na semana passada, o Conselho aprovou os relatórios que pedem a cassação dos deputados Roberto Brant (PFL-MG) e Professor Luizinho (PT-SP).
Com Agência Câmara
Especial
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