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01/02/2006 - 15h40

CPI dos Bingos vai ao Supremo tentar reverter decisão de Jobim

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ROSE ANE SILVEIRA
da Folha Online, em Brasília

Os senadores Efraim Morais (PFL-PB) e Garibaldi Alves (PMDB-RN), presidente e relator da CPI dos Bingos, respectivamente, devem marcar ainda hoje uma audiência com o presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), ministro Nelson Jobim, para tratar da suspensão das quebras de sigilo requisitadas pela comissão.

A decisão de ir ao STF foi tomada pelo presidente da Comissão, senador Efraim Morais (PFL-PB), para atender solicitação do senador Magno Malta (PL-ES).

O senador Magno Malta (PL-ES), que é o autor do requerimento de criação da CPI dos Bingos, propôs a realização da audiência depois de o presidente do Supremo ter concedido a segunda liminar impedindo a quebra de sigilos telefônico, fiscal e bancário do empresário Roberto Kurzweil, que alugou dois automóveis --um Omega e um Passat-- para o PT durante a campanha eleitoral de 2002.

Kurzweil também foi apontado no depoimento de Rogério Buratti à CPI, como um empresário ligado ao ramo de jogos e sócio de uma fábrica de caça-níqueis. Buratti é advogado e foi assessor da prefeitura de Ribeirão Preto durante a gestão de Antonio Palocci. Em seu depoimento, Buratti afirmou que Kurzweil foi o arrecadador de R$ 1 milhão que segundo ele, os empresários das casas de bingo doaram para o PT em 2002.

Conexão cubana

Além do seu envolvimento com casas de jogos, a CPI também quer ouvir Kurzweil por ele ter sido citado como dono da locadora que disponibilizou o Omega preto blindado, para levar Ralf Barquete (também ex-assessor de Palocci, morto em 2004) e as caixas de bebidas que supostamente conteriam dólares provenientes de Cuba.

O dinheiro, que não foi declarado, serviria para ajudar na campanha petista de 2002. Kurzweil confirmou que alugou o carro e que cedeu os serviços de seu motorista, na época Éder Eustáquio Macedo, ao PT.

A intenção da CPI é levar todos estes dados para Jobim na forma de um dossiê para sustentar a necessidade da quebra dos sigilos de Kurzweil, conforme explicou Efraim Morais.

"O que me espanta é que neste caso o presidente do STF pediu as informações. No caso de Paulo Okamotto [presidente do Sebrae], nem informações foram pedidas. A quebra foi impedida pura e simplesmente", criticou Efraim.

A decisão do STF de impedir a quebra dos sigilos de Kurzweil e Okamotto provocou a indignação da maioria dos integrantes da CPI dos Bingos. "Eu fico pasmo. O senhor Okamotto perdeu as condições de exercer cargo público, já que não permite a quebra dos seus sigilos", afirmou o líder tucano no Senado, Arthur Virgílio (AM).

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