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02/02/2006 - 13h25

CPI deve ouvir lobista, mas adia decisão sobre Duda e ex-diretor de Furnas

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FELIPE RECONDO
da Folha Online, em Brasília

Depois da confirmação pelo ex-deputado Roberto Jefferson da veracidade de parte da lista de contribuições de caixa dois de Furnas, o presidente da CPI dos Correios, Delcídio Amaral (PT-MS), afirmou que pedirá aos relatores da comissão que agendem o depoimento do lobista mineiro Nilton Monteiro.

O surgimento da lista e a confirmação por parte do ex-deputado Roberto Jefferson deixaram em suspenso a votação dos requerimentos de convocação do publicitário Duda Mendonça e de Dimas Toledo.

Delcídio afirmou que vai propor para o relator e os sub-relatores negociarem entre si uma data. A proposta, no entanto, pode ser recebida com resistência já que o nome de um dos sub-relatores conta da lista que está em poder da PF.

Monteiro é apontado como o responsável por entregar à Polícia Federal a lista, assinada pelo ex-diretor de Furnas Dimas Toledo com a relação de políticos que teriam recebido recursos não-contabilizados em 2002 por intermédio da estatal.

Em entrevista à Folha, o afirmou que enviou uma carta à CPI na qual pediu para ser ouvido sobre as acusações de caixa dois na campanha do PSDB mineiro em 1998, quando o então governador Eduardo Azeredo concorreu à reeleição.

Também disse que poderá falar sobre o suposto esquema de caixa dois na estatal de energia Furnas.

Na última sexta-feira, Delcídio havia indicado não ter a intenção de tomar o depoimento de Monteiro. Na ocasião, o senador afirmou que o lobista é "pessoa muito polêmica".

Até o momento, a Polícia Federal trata a relação como uma informação e busca dados que comprovem a credibilidade da lista. Os delegados buscam o documento origina, já que o entregue é apenas uma cópia, pretendem analisar o contrato das empresas fornecedoras apontadas como fonte de recursos com a estatal e podem ouvir depoimentos dos políticos listados.

Acordo

Oficialmente, não há consenso sobre os motivos para a postergação dos depoimentos de Duda e Toledo acordada entre governistas e oposição. Álvaro Dias (PSDB-PR) disse que não haveria quórum para deliberar assuntos polêmicos, como os dois requerimentos, o que não se confirmou na votação de requerimentos de quebras de sigilos. Ideli Salvatti (PT-SC) disse simplesmente que havia acerto para que temas polêmicos ficassem para depois.

O presidente da CPI disse que esperaria o retorno do relator da CPI, Osmar Serraglio (PMDB-PR), dos Estados Unidos para votar a convocação de Duda Mendonça. Serraglio viajou para buscar informações sigilosas das contas do publicitário. "Ele achou mais conveniente fazer a votação quando ele voltar", explicou o presidente.

O acerto, firmado a portas fechadas, determinou que os requerimentos que provocarão conflitos entre governo e oposição comporão a pauta da reunião da próxima semana. No rol de pedidos polêmicos está ainda a convocação do ex-assessor da Casa Civil Marcelo Sereno, apontado como influente nas decisões dos fundos de pensão.

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