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08/02/2006 - 18h19

Relator considera exagerado depoimento de Soraya Garcia

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FELIPE RECONDO
da Folha Online, em Brasília

O relator da CPI dos Bingos, senador Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN), avaliou como "um pouco exagerado" o depoimento de Soraya Garcia, ex-assessora financeira da campanha do PT à prefeitura de Londrina.

"Foi um depoimento muito firme, a despeito de ela não ter trazido tantas provas. Ela se mostrou muito segura, mas só a segurança dela não é suficiente", afirmou. "Tem alguma coisa que possa ser exagero, um arroubo dela. Pareceu algo um pouco apaixonado", acrescentou Garibaldi.

No entendimento do relator, Garcia, que teve uma crise de choro durante o depoimento, não teria "perdoado" o PT por problemas durante a campanha e estaria, possivelmente, numa luta pessoal contra a legenda.

Apesar disso, o relator disse que, na tentativa de confirmar as declarações de Soraya Garcia, os integrantes da CPI pedirão a remessa de documentos em posse da Polícia Federal e pedirão a quebra de sigilos.

Divergências

O presidente da CPI, Efraim Moraes (PFL-PI), disse não haver, por exemplo, provas contra o ministro do Planejamento. Os petistas da comissão, em especial o senador Tião Viana (AC), descaracterizaram o depoimento de Soraya Garcia.

O presidente estadual do PT, André Vargas, disse que o depoimento está repleto de mentiras. "O que há são calúnias e uma pessoa que está a serviço da luta política contra o PT no estado", afirmou.

Ao contrário, o líder do PFL no Senado, José Agripino (PFL-RN), disse que o depoimento de Garcia é verossímil. "Quem tem a crise de choro que ela teve não pode estar falando com insinceridade. Eu acredito em cada palavra que ela disse", afirmou.

Denúncias

Soraya Garcia acusou o ministro Paulo Bernardo, o ex-deputado José Dirceu e o chefe de gabinete do presidente Lula, Gilberto Carvalho, de participarem do esquema de arrecadação de recursos de caixa dois para a campanha de Londrina. Pelo depoimento dela, a campanha teria custado R$ 6,5 milhões, dos quais R$ 5,2 milhões seriam irregulares.

O ministro do Planejamento, que já processa Soraya Garcia, distribuiria recursos em espécie da campanha em sacos ou envelopes. Carvalho seria responsável por garantir doações regulares de recursos por parte de grandes empresas. Dirceu seria também atuante na arrecadação de dinheiro.

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