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16/02/2006
-
09h11
CATIA SEABRA
FABIO SCHIVARTCHE
da Folha de S.Paulo
Temendo que o prefeito José Serra seja encurralado hoje pela cúpula do partido, a tropa serrista decidiu inverter o jogo e cobrar do PSDB condições para que ele venha a concorrer à Presidência.
Hoje, o comando do PSDB se reúne em São Paulo para um seminário sobre política econômica, e a expectativa é de que Serra seja pressionado a se manifestar.
Defensor assumido da candidatura Serra, o novo líder do PSDB na Câmara, Jutahy Júnior (BA), disse ontem estar convencido de que o prefeito será candidato, desde que atendendo a "um chamamento do partido e do país".
"O partido é que tem de dizer [se ele é candidato ou não]. Sou amigo do Serra. Acha que vou dizer "vá" com o partido dividido? Só se eu for doido", disse Jutahy, após anunciar, publicamente, sua disposição de defender a candidatura Serra nas instâncias partidárias "como o mais forte".
Ontem, ele pregou a unidade do PSDB, depois de ser sido eleito líder com um placar apertado, de 30 a 23: "Ele será candidato se for um chamamento partidário e do país (...). Só dá para ir a uma luta dessa magnitude se for com o partido unido. Se o partido achar que deve ser ele, que crie condições. Tenho certeza de que, criadas as condições, ele não fugirá da luta".
A persistência do governador Geraldo Alckmin (SP) --que ontem viajou a Joinville (SC) em campanha--, é apontada como um dos obstáculos à candidatura de Serra. Contrariado com a pressão partidária, Serra já avisou a tucanos que não pretende tomar uma decisão antes do Carnaval.
Ontem, o prefeito buscou polarizar com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao dizer que ele tem de parar de "filosofar inutilmente" e combater a impunidade.
"Errar é humano, mas a impunidade é desumana. O que o presidente da República tem de fazer é atuar para punir os culpados", disse Serra. Ele se referia à afirmação de Lula, que disse que os que cometeram erros não podem ser execrados pois "errar é humano".
Pesquisa
Responsável pela coordenação de uma pesquisa qualitativa encomendada pelo PSDB, o consultor Antônio Lavareda almoçou com o comando do partido e fez uma palestra para PFL. Nela, criticou a decisão da oposição de questionar a pesquisa CNT/Sensus, que mostra Lula à frente de Serra nos dois turnos. Ele estima que o presidente irá crescer ainda mais, o que, segundo ele, deve se confirmar nas próximas pesquisas.
Outra coisa incorreta, segundo Lavareda, foi a oposição ter dado espaço para a discussão da Lista de Furnas, que teria desviado o foco das CPIs contra a oposição.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre as eleições 2006
Serristas reagem e cobram gesto do PSDB
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FABIO SCHIVARTCHE
da Folha de S.Paulo
Temendo que o prefeito José Serra seja encurralado hoje pela cúpula do partido, a tropa serrista decidiu inverter o jogo e cobrar do PSDB condições para que ele venha a concorrer à Presidência.
Hoje, o comando do PSDB se reúne em São Paulo para um seminário sobre política econômica, e a expectativa é de que Serra seja pressionado a se manifestar.
Defensor assumido da candidatura Serra, o novo líder do PSDB na Câmara, Jutahy Júnior (BA), disse ontem estar convencido de que o prefeito será candidato, desde que atendendo a "um chamamento do partido e do país".
"O partido é que tem de dizer [se ele é candidato ou não]. Sou amigo do Serra. Acha que vou dizer "vá" com o partido dividido? Só se eu for doido", disse Jutahy, após anunciar, publicamente, sua disposição de defender a candidatura Serra nas instâncias partidárias "como o mais forte".
Ontem, ele pregou a unidade do PSDB, depois de ser sido eleito líder com um placar apertado, de 30 a 23: "Ele será candidato se for um chamamento partidário e do país (...). Só dá para ir a uma luta dessa magnitude se for com o partido unido. Se o partido achar que deve ser ele, que crie condições. Tenho certeza de que, criadas as condições, ele não fugirá da luta".
A persistência do governador Geraldo Alckmin (SP) --que ontem viajou a Joinville (SC) em campanha--, é apontada como um dos obstáculos à candidatura de Serra. Contrariado com a pressão partidária, Serra já avisou a tucanos que não pretende tomar uma decisão antes do Carnaval.
Ontem, o prefeito buscou polarizar com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao dizer que ele tem de parar de "filosofar inutilmente" e combater a impunidade.
"Errar é humano, mas a impunidade é desumana. O que o presidente da República tem de fazer é atuar para punir os culpados", disse Serra. Ele se referia à afirmação de Lula, que disse que os que cometeram erros não podem ser execrados pois "errar é humano".
Pesquisa
Responsável pela coordenação de uma pesquisa qualitativa encomendada pelo PSDB, o consultor Antônio Lavareda almoçou com o comando do partido e fez uma palestra para PFL. Nela, criticou a decisão da oposição de questionar a pesquisa CNT/Sensus, que mostra Lula à frente de Serra nos dois turnos. Ele estima que o presidente irá crescer ainda mais, o que, segundo ele, deve se confirmar nas próximas pesquisas.
Outra coisa incorreta, segundo Lavareda, foi a oposição ter dado espaço para a discussão da Lista de Furnas, que teria desviado o foco das CPIs contra a oposição.
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