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16/02/2006
-
12h36
da Folha Online
O presidente da CPI dos Correios, senador Delcídio Amaral (PT-MS), informou na noite desta quarta-feira que a comissão irá aguardar o pronunciamento da Polícia Federal sobre a autenticidade da lista de Furnas --contendo nomes de políticos que teriam recebido recursos de caixa dois administrados pela estatal-- antes de prosseguir com as investigações sobre o assunto.
"Não podemos ficar tateando no escuro. Temos um prazo para concluir os trabalhos e nosso relatório não pode brigar com os fatos. Ele só poderá apresentar o que efetivamente estiver comprovado", afirmou o presidente da CPI.
O relator da comissão, deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR), que voltou a afirmar que Furnas não é assunto para a CPI dos Correios, foi ainda mais categórico. "Enquanto não tivermos algo mais avançado por parte da Polícia Federal, não vejo por que continuar."
Uma cópia da lista, que relaciona nomes de 156 políticos de 12 partidos da base do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) que teriam recebido recursos de caixa dois administrados por Furnas na campanha de 2002, foi entregue à PF pelo lobista mineiro Nilton Monteiro. A lista é assinada por Dimas Toledo, diretor da estatal no período de 1996 a 2005, que depôs ontem na comissão e negou qualquer participação na elaboração do documento.
Alguns parlamentares, como a senadora Ideli Salvatti (SC), eleita líder do PT também nesta quarta-feira, no entanto, acreditam que o lobista deve ser ouvido pela CPI. "Já que começamos, agora temos que concluir. E Nilton Monteiro já chegou a nos mandar um ofício, dizendo que quer depor", afirmou.
O senador Arthur Virgílio (PSDB-AM), por sua vez, recomenda cautela, seguindo a linha de raciocínio de Delcídio e Serraglio. Durante o depoimento de Dimas, Virgílio apresentou uma relação de acusações que pesam sobre Monteiro, a maioria delas relacionada à falsificação de documentos.
"Só voto na vinda do lobista se a PF disser que a lista é verdadeira. Se isso não acontecer, o ministro Márcio Thomaz Bastos [da Justiça] deve vir antes", afirmou.
O PSDB vem empunhando a bandeira da convocação do ministro da Justiça sob a justificativa de que é necessário que ele dê uma declaração oficial sobre a veracidade ou não do documento.
Essas questões deverão ser analisadas na próxima terça-feira, a partir das 15h, quando a CPI realizará reunião administrativa para votação de requerimentos importantes para a continuidade dos trabalhos. Segundo Delcídio, dos cerca de 1.700 requerimentos apresentados até agora, em torno de 15% estão pendentes de apreciação.
Com Agência Senado
Especial
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CPI vai esperar uma posição da PF sobre autenticidade da lista de Furnas
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O presidente da CPI dos Correios, senador Delcídio Amaral (PT-MS), informou na noite desta quarta-feira que a comissão irá aguardar o pronunciamento da Polícia Federal sobre a autenticidade da lista de Furnas --contendo nomes de políticos que teriam recebido recursos de caixa dois administrados pela estatal-- antes de prosseguir com as investigações sobre o assunto.
"Não podemos ficar tateando no escuro. Temos um prazo para concluir os trabalhos e nosso relatório não pode brigar com os fatos. Ele só poderá apresentar o que efetivamente estiver comprovado", afirmou o presidente da CPI.
O relator da comissão, deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR), que voltou a afirmar que Furnas não é assunto para a CPI dos Correios, foi ainda mais categórico. "Enquanto não tivermos algo mais avançado por parte da Polícia Federal, não vejo por que continuar."
Uma cópia da lista, que relaciona nomes de 156 políticos de 12 partidos da base do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) que teriam recebido recursos de caixa dois administrados por Furnas na campanha de 2002, foi entregue à PF pelo lobista mineiro Nilton Monteiro. A lista é assinada por Dimas Toledo, diretor da estatal no período de 1996 a 2005, que depôs ontem na comissão e negou qualquer participação na elaboração do documento.
Alguns parlamentares, como a senadora Ideli Salvatti (SC), eleita líder do PT também nesta quarta-feira, no entanto, acreditam que o lobista deve ser ouvido pela CPI. "Já que começamos, agora temos que concluir. E Nilton Monteiro já chegou a nos mandar um ofício, dizendo que quer depor", afirmou.
O senador Arthur Virgílio (PSDB-AM), por sua vez, recomenda cautela, seguindo a linha de raciocínio de Delcídio e Serraglio. Durante o depoimento de Dimas, Virgílio apresentou uma relação de acusações que pesam sobre Monteiro, a maioria delas relacionada à falsificação de documentos.
"Só voto na vinda do lobista se a PF disser que a lista é verdadeira. Se isso não acontecer, o ministro Márcio Thomaz Bastos [da Justiça] deve vir antes", afirmou.
O PSDB vem empunhando a bandeira da convocação do ministro da Justiça sob a justificativa de que é necessário que ele dê uma declaração oficial sobre a veracidade ou não do documento.
Essas questões deverão ser analisadas na próxima terça-feira, a partir das 15h, quando a CPI realizará reunião administrativa para votação de requerimentos importantes para a continuidade dos trabalhos. Segundo Delcídio, dos cerca de 1.700 requerimentos apresentados até agora, em torno de 15% estão pendentes de apreciação.
Com Agência Senado
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