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23/02/2006
-
09h58
MARTA SALOMON
da Folha de S.Paulo
A apenas um mês do relatório final da CPI dos Correios, o senador Delcídio Amaral (PT-MS) disse ontem que a comissão não encerrará as investigações sem um novo depoimento do publicitário Duda Mendonça. A apresentação do relatório final foi marcada oficialmente ontem para o dia 21 de março.
"O depoimento do Duda será o 'gran finale'", afirmou o senador. Ele descartou, no entanto, a possibilidade de a CPI convocar o ministro Márcio Thomaz Bastos (Justiça) e o lobista Nilton Monteiro, responsável pela denúncia de um suposto caixa dois em Furnas organizado pelo ex-diretor de Engenharia Dimas Toledo. O caso Furnas não será aprofundado pela CPI, adiantou Delcídio. O comando da CPI não definiu como vai mencionar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no relatório.
A versão preliminar do documento tem cerca de mil páginas, mas espera ainda por resultados parciais das investigações da Polícia Federal e do Ministério Público. A comissão também trabalha numa nova lista de políticos que teriam se beneficiado do caixa dois operado pelo publicitário Marcos Valério Fernandes de Souza ou de repasses de corretoras que operavam para fundos de pensão de empresas estatais.
Funcionários
O cruzamento de dados da lista de funcionários do Congresso com o resultado das quebras de sigilo bancário e telefônico das empresas de Marcos Valério é guardado como o principal trunfo para o encerramento dos trabalhos. A CPI investiga a hipótese de o publicitário ter repassado a políticos mais do que os R$ 55,8 milhões declarados pelo publicitário. "Com certeza, teremos novidades", insistiu Delcídio.
Com o Carnaval ampliado no Congresso, a CPI terá uma única sessão administrativa antes da apresentação do relatório final do deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR). Anteontem, o relator queixou-se que as investigações não poderiam avançar sem a aprovação de requerimentos de quebra de sigilo e convocação de depoentes. "Vou ser obstruído em várias frentes", comentou minutos antes de ver fracassada a última tentativa de votação de requerimentos antes do Carnaval.
Na sessão, deixaram de ser votados novos pedidos de quebra de sigilos telefônico, bancário e fiscal de Duda Mendonça. A CPI ainda espera receber informações das movimentações de Duda no exterior antes de ouvi-lo de novo.
Especial
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CPI não termina sem ouvir Duda, diz Delcídio
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A apenas um mês do relatório final da CPI dos Correios, o senador Delcídio Amaral (PT-MS) disse ontem que a comissão não encerrará as investigações sem um novo depoimento do publicitário Duda Mendonça. A apresentação do relatório final foi marcada oficialmente ontem para o dia 21 de março.
"O depoimento do Duda será o 'gran finale'", afirmou o senador. Ele descartou, no entanto, a possibilidade de a CPI convocar o ministro Márcio Thomaz Bastos (Justiça) e o lobista Nilton Monteiro, responsável pela denúncia de um suposto caixa dois em Furnas organizado pelo ex-diretor de Engenharia Dimas Toledo. O caso Furnas não será aprofundado pela CPI, adiantou Delcídio. O comando da CPI não definiu como vai mencionar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no relatório.
A versão preliminar do documento tem cerca de mil páginas, mas espera ainda por resultados parciais das investigações da Polícia Federal e do Ministério Público. A comissão também trabalha numa nova lista de políticos que teriam se beneficiado do caixa dois operado pelo publicitário Marcos Valério Fernandes de Souza ou de repasses de corretoras que operavam para fundos de pensão de empresas estatais.
Funcionários
O cruzamento de dados da lista de funcionários do Congresso com o resultado das quebras de sigilo bancário e telefônico das empresas de Marcos Valério é guardado como o principal trunfo para o encerramento dos trabalhos. A CPI investiga a hipótese de o publicitário ter repassado a políticos mais do que os R$ 55,8 milhões declarados pelo publicitário. "Com certeza, teremos novidades", insistiu Delcídio.
Com o Carnaval ampliado no Congresso, a CPI terá uma única sessão administrativa antes da apresentação do relatório final do deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR). Anteontem, o relator queixou-se que as investigações não poderiam avançar sem a aprovação de requerimentos de quebra de sigilo e convocação de depoentes. "Vou ser obstruído em várias frentes", comentou minutos antes de ver fracassada a última tentativa de votação de requerimentos antes do Carnaval.
Na sessão, deixaram de ser votados novos pedidos de quebra de sigilos telefônico, bancário e fiscal de Duda Mendonça. A CPI ainda espera receber informações das movimentações de Duda no exterior antes de ouvi-lo de novo.
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