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08/03/2006
-
16h01
ROSE ANE SILVEIRA
da Folha Online, em Brasília
Com 228 deputados em plenário, a Câmara começou a votar o primeiro dos dois processos de cassação de mandato de parlamentares envolvidos no suposto esquema do "mensalão" marcados para esta quarta-feira. O primeiro processo a ser votado é o do deputado Roberto Brant (PFL-MG).
Brant foi citado no relatório conjunto das CPIs dos Correios e do Mensalão como beneficiário das contas do empresário Marcos Valério Fernandes de Souza.
Ele recebeu R$ 102.812,76 na campanha de 2004 das contas da SMPB. O dinheiro foi sacado pelo então coordenador político da campanha do deputado à Prefeitura de Belo Horizonte, Nestor Francisco de Oliveira.
Os recursos, de acordo com Brant, seriam originários do caixa da Usiminas. Em sua defesa, o deputado afirmou que, por ser dinheiro privado, gasto na campanha de 2004, o caso se diferenciava das acusações que pesam contra os parlamentares da base governista, que teriam usado recursos públicos.
A expectativa é que Brant seja absolvido. O segundo a entrar em votação é o processo contra o deputado Professor Luizinho (PT-SP). Neste caso, os parlamentares estão divididos. Alguns apostam na condenação de Luizinho. Outros, acreditam que a votação será adiada.
Luizinho foi acusado de ser beneficiário de R$ 20 mil do esquema montado por Marcos Valério Fernandes de Souza.
O dinheiro foi sacado por um assessor do seu gabinete. O petista diz que não sabia da operação e que os recursos abasteceram campanhas de vereadores do PT no ABC paulista, sua base eleitoral.
O deputado Cezar Schirmer (PMDB-RS), que integra o Conselho de Ética, reconhece a tendência do plenário em absolver Roberto Brant e se diz preocupado com a possibilidade de resultados diferentes para os dois processos.
"Seria o pior dos mundos absolver um e condenar o outro. Nós sabemos que cada caso é um caso, mas a opinião pública não vê assim. A fonte do dinheiro (valerioduto) é a mesma. Os dois têm casos iguais. O melhor seria que os dois fossem absolvidos juntos ou condenados", afirmou o deputado gaúcho.
A expectativa da liderança do PFL é de que o pedido de cassação do mandato de Brant seja rejeitado por uma vantagem de votos bem superior à necessária. No caso do deputado professor Luizinho nem mesmo a liderança do seu partido quer arriscar um prognóstico.
Segundo o presidente da Câmara, Aldo Rebelo (PC do B-SP), a votação do processo contra Luizinho deve começar por volta das 19h, mas os líderes partidários acham muito difícil a Casa julgar dois processos no mesmo dia.
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Começa sessão para votar processo de cassação de Brant
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da Folha Online, em Brasília
Com 228 deputados em plenário, a Câmara começou a votar o primeiro dos dois processos de cassação de mandato de parlamentares envolvidos no suposto esquema do "mensalão" marcados para esta quarta-feira. O primeiro processo a ser votado é o do deputado Roberto Brant (PFL-MG).
Brant foi citado no relatório conjunto das CPIs dos Correios e do Mensalão como beneficiário das contas do empresário Marcos Valério Fernandes de Souza.
Ele recebeu R$ 102.812,76 na campanha de 2004 das contas da SMPB. O dinheiro foi sacado pelo então coordenador político da campanha do deputado à Prefeitura de Belo Horizonte, Nestor Francisco de Oliveira.
Os recursos, de acordo com Brant, seriam originários do caixa da Usiminas. Em sua defesa, o deputado afirmou que, por ser dinheiro privado, gasto na campanha de 2004, o caso se diferenciava das acusações que pesam contra os parlamentares da base governista, que teriam usado recursos públicos.
A expectativa é que Brant seja absolvido. O segundo a entrar em votação é o processo contra o deputado Professor Luizinho (PT-SP). Neste caso, os parlamentares estão divididos. Alguns apostam na condenação de Luizinho. Outros, acreditam que a votação será adiada.
Luizinho foi acusado de ser beneficiário de R$ 20 mil do esquema montado por Marcos Valério Fernandes de Souza.
O dinheiro foi sacado por um assessor do seu gabinete. O petista diz que não sabia da operação e que os recursos abasteceram campanhas de vereadores do PT no ABC paulista, sua base eleitoral.
O deputado Cezar Schirmer (PMDB-RS), que integra o Conselho de Ética, reconhece a tendência do plenário em absolver Roberto Brant e se diz preocupado com a possibilidade de resultados diferentes para os dois processos.
"Seria o pior dos mundos absolver um e condenar o outro. Nós sabemos que cada caso é um caso, mas a opinião pública não vê assim. A fonte do dinheiro (valerioduto) é a mesma. Os dois têm casos iguais. O melhor seria que os dois fossem absolvidos juntos ou condenados", afirmou o deputado gaúcho.
A expectativa da liderança do PFL é de que o pedido de cassação do mandato de Brant seja rejeitado por uma vantagem de votos bem superior à necessária. No caso do deputado professor Luizinho nem mesmo a liderança do seu partido quer arriscar um prognóstico.
Segundo o presidente da Câmara, Aldo Rebelo (PC do B-SP), a votação do processo contra Luizinho deve começar por volta das 19h, mas os líderes partidários acham muito difícil a Casa julgar dois processos no mesmo dia.
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