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08/03/2006
-
20h07
ROSE ANE SILVEIRA
da Folha Online, em Brasília
Com a presença de 463 deputados, a Câmara começou a votar o segundo dos dois processos de cassação de mandato de parlamentares envolvidos no suposto esquema do "mensalão" marcados para esta quarta-feira. É o processo contra o deputado Professor Luizinho (PT-SP).
O primeiro processo votado foi o do deputado Roberto Brant (PFL-MG), que teve o pedido de cassação rejeitado por 283 deputados. Outros 156 votaram pela cassação, 18 se abstiveram e um foi em branco.
Luizinho foi acusado de ser beneficiário de R$ 20 mil do esquema montado por Marcos Valério Fernandes de Souza.
O dinheiro foi sacado por um assessor do seu gabinete. O petista diz que não sabia da operação e que os recursos abasteceram campanhas de vereadores do PT no ABC paulista, sua base eleitoral.
O Conselho de Ética da Câmara aprovou no dia 26 de janeiro o relatório de Pedro Canedo (PP-GO) que recomendava a cassação de Professor Luizinho.
Em seu parecer, Canedo disse que "houve, sem dúvida, intermediação do parlamentar no saque efetivado pelo seu ex-assessor". "Nenhum funcionário tem autonomia para obter recursos sem a intermediação do agente político. Toda a história é inverossímil: saque vultoso em espécie, pagamento em espécie com recibo que só apareceu muito tempo depois e a demora do representado em exonerar o ex-assessor."
"O voto contradiz o relatório. Isso é inusitado. É de uma arbitrariedade, é de uma violência. O Conselho deve demonstrar que cada caso é um caso. Ele não pode querer dar a pena de morte para quem bate uma carteira e para quem assassina ou para quem, ao estar passando na rua, é confundido", afirmou Luizinho quando o relatório foi apresentado.
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Começa sessão para votar processo de cassação de Luizinho
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da Folha Online, em Brasília
Com a presença de 463 deputados, a Câmara começou a votar o segundo dos dois processos de cassação de mandato de parlamentares envolvidos no suposto esquema do "mensalão" marcados para esta quarta-feira. É o processo contra o deputado Professor Luizinho (PT-SP).
O primeiro processo votado foi o do deputado Roberto Brant (PFL-MG), que teve o pedido de cassação rejeitado por 283 deputados. Outros 156 votaram pela cassação, 18 se abstiveram e um foi em branco.
Luizinho foi acusado de ser beneficiário de R$ 20 mil do esquema montado por Marcos Valério Fernandes de Souza.
O dinheiro foi sacado por um assessor do seu gabinete. O petista diz que não sabia da operação e que os recursos abasteceram campanhas de vereadores do PT no ABC paulista, sua base eleitoral.
O Conselho de Ética da Câmara aprovou no dia 26 de janeiro o relatório de Pedro Canedo (PP-GO) que recomendava a cassação de Professor Luizinho.
Em seu parecer, Canedo disse que "houve, sem dúvida, intermediação do parlamentar no saque efetivado pelo seu ex-assessor". "Nenhum funcionário tem autonomia para obter recursos sem a intermediação do agente político. Toda a história é inverossímil: saque vultoso em espécie, pagamento em espécie com recibo que só apareceu muito tempo depois e a demora do representado em exonerar o ex-assessor."
"O voto contradiz o relatório. Isso é inusitado. É de uma arbitrariedade, é de uma violência. O Conselho deve demonstrar que cada caso é um caso. Ele não pode querer dar a pena de morte para quem bate uma carteira e para quem assassina ou para quem, ao estar passando na rua, é confundido", afirmou Luizinho quando o relatório foi apresentado.
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