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09/03/2006
-
11h43
ROSE ANE SILVEIRA
da Folha Online, em Brasília
As acusações sobre a existência de um acordão tiraram um pouco do brilho das comemorações feitas pelos deputados Roberto Brant (PFL-MG) e Professor Luizinho (PT-SP), que escaparam ontem da cassação no plenário da Câmara. Após o resultado das votações, os dois deixaram de se defender das acusações de envolvimento no suposto "mensalão" e passaram a se rebater as acusações de terem comandado um "acordão" entre o PT e PFL.
Brant e Luizinho rejeitaram a tese do "acordão" e afirmaram que o plenário "fez apenas Justiça". "Não existe acordão. Quem conhece a política e a história dos dois partidos, jamais vai acreditar em um acordo feito entre PFL e PT", disse Brant.
Já Luizinho disse apenas que não "existe nada disto".
Os dois deputados comemoraram o resultado das votações com suas famílias e amigos até a madrugada de hoje.
Para o Conselho de Ética o resultado foi um baque. Na reunião administrativa desta quinta-feira o tema em debate foi o resultado das votações, a derrota do Conselho e a emenda à constituição proposta pelo deputado Antonio Carlos Mendes Thame (PSDB-SP). A proposta acaba com o voto secreto no plenário da Câmara nos processos de cassação de mandato de parlamentares.
"Temos que mudar isto. O voto secreto é muito confortável. Eu queria que o voto fosse aberto e que cada deputado assumisse perante a opinião pública a responsabilidade sobre o seu voto", afirmou o deputado Cezar Schirmer (PMDB-RS), que integra o Conselho de Ética e é o relator do processo contra o deputado João Paulo Cunha (PT-SP).
"Tudo isso é muito ruim. O Conselho faz um trabalho minucioso, os seus integrantes ficam frente à frente com os seus colegas acusados, muitas vezes amigos pessoais, fazem o que têm que fazer. Daí vem o plenário, ignora o trabalho do Conselho e graças ao voto secreto e ao acordo de ajuda mútua entre os partidos joga todo este esforço fora", disse o deputado Julio Delgado (PSB-MG).
O deputado Orlando Fantazzini (PSOL-RJ) avaliou nesta quinta-feira que o resultado das votações de ontem representam um autojulgamento dos deputados. "Com certeza muitos sabem que pelo que fizeram, poderiam estar enfrentando a mesma situação que Luizinho e Brant e por isso absolveram os dois. Foi uma auto-absolvição", avaliou o deputado paulista.
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Após comemoração, Brant e Luizinho negam "acordão" entre PT e PFL
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da Folha Online, em Brasília
As acusações sobre a existência de um acordão tiraram um pouco do brilho das comemorações feitas pelos deputados Roberto Brant (PFL-MG) e Professor Luizinho (PT-SP), que escaparam ontem da cassação no plenário da Câmara. Após o resultado das votações, os dois deixaram de se defender das acusações de envolvimento no suposto "mensalão" e passaram a se rebater as acusações de terem comandado um "acordão" entre o PT e PFL.
Brant e Luizinho rejeitaram a tese do "acordão" e afirmaram que o plenário "fez apenas Justiça". "Não existe acordão. Quem conhece a política e a história dos dois partidos, jamais vai acreditar em um acordo feito entre PFL e PT", disse Brant.
Já Luizinho disse apenas que não "existe nada disto".
Os dois deputados comemoraram o resultado das votações com suas famílias e amigos até a madrugada de hoje.
Para o Conselho de Ética o resultado foi um baque. Na reunião administrativa desta quinta-feira o tema em debate foi o resultado das votações, a derrota do Conselho e a emenda à constituição proposta pelo deputado Antonio Carlos Mendes Thame (PSDB-SP). A proposta acaba com o voto secreto no plenário da Câmara nos processos de cassação de mandato de parlamentares.
"Temos que mudar isto. O voto secreto é muito confortável. Eu queria que o voto fosse aberto e que cada deputado assumisse perante a opinião pública a responsabilidade sobre o seu voto", afirmou o deputado Cezar Schirmer (PMDB-RS), que integra o Conselho de Ética e é o relator do processo contra o deputado João Paulo Cunha (PT-SP).
"Tudo isso é muito ruim. O Conselho faz um trabalho minucioso, os seus integrantes ficam frente à frente com os seus colegas acusados, muitas vezes amigos pessoais, fazem o que têm que fazer. Daí vem o plenário, ignora o trabalho do Conselho e graças ao voto secreto e ao acordo de ajuda mútua entre os partidos joga todo este esforço fora", disse o deputado Julio Delgado (PSB-MG).
O deputado Orlando Fantazzini (PSOL-RJ) avaliou nesta quinta-feira que o resultado das votações de ontem representam um autojulgamento dos deputados. "Com certeza muitos sabem que pelo que fizeram, poderiam estar enfrentando a mesma situação que Luizinho e Brant e por isso absolveram os dois. Foi uma auto-absolvição", avaliou o deputado paulista.
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