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14/03/2006
-
08h23
JOSÉ MASCHIO
da Agência Folha, em Curitiba
O deputado federal José Mentor (PT-SP) criticou a volta de "notícias requentadas e já desmentidas" na imprensa na semana em que o Conselho de Ética da Câmara Federal vota seu futuro como parlamentar.
"É uma coincidência triste que isso ocorra quando meu nome é levado ao Conselho de Ética", disse.
Nesta quinta-feira, o Conselho de Ética vota parecer do deputado Edmar Moreira (PFL-MG) sobre processo de cassação de José Mentor.
Ele ironizou. "Antes era o Toninho da Barcelona que falava que eu movimentava conta no exterior para o PT, agora me colocam até um assessor, esse senhor Bertholdo", afirmou.
Segundo Mentor, o advogado Roberto Bertholdo só acompanhou sessões da CPI do Banestado em Curitiba e em São José do Rio Preto. "Ele assessorava o PTB e o PMDB, pelo que tenho informação, mas nunca assessorou a CPI. O fato de ele citar meu nome em gravações não significa nada. Eu mesmo sou testemunha de acusação em um processo na Justiça Federal contra ele", afirmou.
Mentor disse ser fácil explicar as razões para que o dono do banco Integracion, Luiz Antônio Scarpin, não aparecesse no relatório final da CPI do Banestado.
"Nenhum banqueiro, doleiro ou qualquer outra pessoas que já sofresse algum tipo de indiciamento, denúncia ou condenação pelos crimes investigados pela CPI entrou no relatório final. Se eles já sofriam ações, não era lógico relacioná-los para depois enviar esses nomes ao Ministério Público Federal, que já tinha ações contra eles."
Mentor disse ainda que outra "notícia velha e requentada" é tentar relacioná-lo com um suposto acordo político do PT com o ex-governador Paulo Maluf para não incluir Maluf no relatório final da CPI do Banestado. "Em março de 2004, eu fui o primeiro a solicitar informações das contas de Maluf na Suíça. Maluf não entrou no relatório porque o governo suíço proibiu a remessa dos documentos com as informações. Se não recebi os documentos, como poderia citá-lo?", disse.
Mentor disse que em depoimento à CPI do Bingos, o doleiro Antônio Claramunt Oliveira, o Toninho da Barcelona, esclareceu "a todo o país", que não existia verdade na informação de que ele, Mentor, movimentava contas petistas no exterior.
"O fato de o senhor Roberto Bertholdo ter sido citado na CPI do Banestado aconteceu porque ele aparece em gravações da mesa de câmbio do Banco Araucária. Se existisse alguma verdade em essas histórias, ele estaria fora do relatório final. O fato de o ter relacionado mostra que trabalhei com lisura", disse Mentor.
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Mentor critica coincidência entre "notícias requentadas"
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da Agência Folha, em Curitiba
O deputado federal José Mentor (PT-SP) criticou a volta de "notícias requentadas e já desmentidas" na imprensa na semana em que o Conselho de Ética da Câmara Federal vota seu futuro como parlamentar.
"É uma coincidência triste que isso ocorra quando meu nome é levado ao Conselho de Ética", disse.
Nesta quinta-feira, o Conselho de Ética vota parecer do deputado Edmar Moreira (PFL-MG) sobre processo de cassação de José Mentor.
Ele ironizou. "Antes era o Toninho da Barcelona que falava que eu movimentava conta no exterior para o PT, agora me colocam até um assessor, esse senhor Bertholdo", afirmou.
Segundo Mentor, o advogado Roberto Bertholdo só acompanhou sessões da CPI do Banestado em Curitiba e em São José do Rio Preto. "Ele assessorava o PTB e o PMDB, pelo que tenho informação, mas nunca assessorou a CPI. O fato de ele citar meu nome em gravações não significa nada. Eu mesmo sou testemunha de acusação em um processo na Justiça Federal contra ele", afirmou.
Mentor disse ser fácil explicar as razões para que o dono do banco Integracion, Luiz Antônio Scarpin, não aparecesse no relatório final da CPI do Banestado.
"Nenhum banqueiro, doleiro ou qualquer outra pessoas que já sofresse algum tipo de indiciamento, denúncia ou condenação pelos crimes investigados pela CPI entrou no relatório final. Se eles já sofriam ações, não era lógico relacioná-los para depois enviar esses nomes ao Ministério Público Federal, que já tinha ações contra eles."
Mentor disse ainda que outra "notícia velha e requentada" é tentar relacioná-lo com um suposto acordo político do PT com o ex-governador Paulo Maluf para não incluir Maluf no relatório final da CPI do Banestado. "Em março de 2004, eu fui o primeiro a solicitar informações das contas de Maluf na Suíça. Maluf não entrou no relatório porque o governo suíço proibiu a remessa dos documentos com as informações. Se não recebi os documentos, como poderia citá-lo?", disse.
Mentor disse que em depoimento à CPI do Bingos, o doleiro Antônio Claramunt Oliveira, o Toninho da Barcelona, esclareceu "a todo o país", que não existia verdade na informação de que ele, Mentor, movimentava contas petistas no exterior.
"O fato de o senhor Roberto Bertholdo ter sido citado na CPI do Banestado aconteceu porque ele aparece em gravações da mesa de câmbio do Banco Araucária. Se existisse alguma verdade em essas histórias, ele estaria fora do relatório final. O fato de o ter relacionado mostra que trabalhei com lisura", disse Mentor.
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