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14/03/2006
-
16h03
GILBERTO DIMENSTEIN
Colunista da Folha Online
A escolha de Geraldo Alckmin como candidato do PSDB é uma vitória da lógica. Extraordinário seria se tivesse ganhado José Serra.
Serra só teria condições morais de deixar a prefeitura e romper sua solene promessa se tivesse um bom argumento --e não encontrou esse bom argumento. Não teve o clamor popular; ao contrário, como mostravam as pesquisas, seus eleitores queriam que ele terminasse o mandato. O mais importante, porém, é que não teve o clamor partidário. Essa possibilidade foi detonada por Geraldo Alckmin que, conhecendo as regras do jogo, garantiu que iria até o fim na disputa.
O prefeito teria então de se submeter ao risco, devastador, de perder no Diretório Nacional do PSDB. Ou, vitorioso, sair dali com um partido rachado. Além disso, teria de enfrentar um Lula que, apesar de todos os desgastes, está se fortalecendo.
Estava em jogo um "tudo ou nada". Se Serra saísse candidato e perdesse, sairia massacrado por ter deixado a prefeitura nas mãos do PFL. Seria acusado de irresponsável e leviano. Para topar esse risco, só poderia aceitar se fosse um apelo unânime do partido, assim como foi o apelo para sair candidato a prefeito.
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A escolha de Geraldo Alckmin como candidato do PSDB é uma vitória da lógica. Extraordinário seria se tivesse ganhado José Serra.
Serra só teria condições morais de deixar a prefeitura e romper sua solene promessa se tivesse um bom argumento --e não encontrou esse bom argumento. Não teve o clamor popular; ao contrário, como mostravam as pesquisas, seus eleitores queriam que ele terminasse o mandato. O mais importante, porém, é que não teve o clamor partidário. Essa possibilidade foi detonada por Geraldo Alckmin que, conhecendo as regras do jogo, garantiu que iria até o fim na disputa.
O prefeito teria então de se submeter ao risco, devastador, de perder no Diretório Nacional do PSDB. Ou, vitorioso, sair dali com um partido rachado. Além disso, teria de enfrentar um Lula que, apesar de todos os desgastes, está se fortalecendo.
Estava em jogo um "tudo ou nada". Se Serra saísse candidato e perdesse, sairia massacrado por ter deixado a prefeitura nas mãos do PFL. Seria acusado de irresponsável e leviano. Para topar esse risco, só poderia aceitar se fosse um apelo unânime do partido, assim como foi o apelo para sair candidato a prefeito.
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