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15/03/2006 - 08h18

Duda Mendonça volta à CPI em depoimento fechado

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FELIPE RECONDO
da Folha Online, em Brasília

A portas fechadas, a CPI dos Correios ouve hoje o depoimento do publicitário Duda Mendonça. Este deve ser provavelmente o último depoimento dos nove meses de investigação da comissão parlamentar.

Duda Mendonça deporá na condição de investigado e vai à comissão parlamentar amparado por um habeas corpus do STF (Supremo Tribunal Federal). Por conta disso, poderá se negar a responder as perguntas dos integrantes da CPI.

Conta a favor do publicitário o fato de que apenas quatro integrantes da comissão tiveram acesso às suas contas: o presidente Delcídio Amaral (PT-MS), o relator Osmar Serraglio (PMDB-PR), e os deputados Eduardo Paes (PSDB-RJ) e Maurício Hands (PT-PE).

Os demais integrantes da comissão terão apenas as denúncias veiculadas em matérias jornalísticas como subsídio para questionar Duda Mendonça. Portanto, pouco devem acrescentar ao depoimento.

Os quatro parlamentares que analisaram as contas precisam garantir que os dados serão mantidos em sigilo pelos demais integrantes da CPI até a divulgação do relatório final da CPI, marcada para o dia 21 deste mês.

Essa foi a condição imposta à comissão pelo governo dos Estados Unidos para que os dados fossem liberados à comissão parlamentar. A intenção é evitar a repetição da CPI do Banestado, comissão que teve acesso a dados sigilosos e que acabou sem relatório.

Mentiras

O relator da comissão quer esclarecer divergências entre o depoimento prestado por Duda no ano passado e as informações repassadas à comissão.

A primeira delas refere-se ao valor depositado na conta de Duda no exterior, chamada de Dusseldorf. O publicitário admitiu ter recebido R$ 10,5 milhões por serviços prestados ao PT. A comissão encontrou US$ 300 mil adicionais sem origem definida.

A comissão pretende descobrir também que outras fontes abasteciam as contas de Duda. Há suspeitas de que o publicitário possa ter recebido no exterior por serviços prestados anteriormente.

Por fim, os investigadores detectaram uma falha na versão apresentada por Duda Mendonça. O publicitário disse que abriu a conta a pedido do empresário Marcos Valério Fernandes de Souza.

Porém, os quatro parlamentares que viram os dados das contas dizem que a conta foi aberta um mês antes do que foi declarado por Duda à CPI, o que reforçaria a tese defendida por Valério de que o publicitário abriu a conta por decisão própria.

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