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17/03/2006 - 18h29

CPI quer derrubar liminar do STF que suspendeu depoimento de caseiro

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FELIPE RECONDO
da Folha Online, em Brasília

O presidente da CPI dos Bingos, Efraim Morais (PFL-PB), afirmou que recorrerá da decisão liminar do STF (Supremo Tribunal Federal) que impediu ontem a continuidade do depoimento do caseiro Francenildo Santos Costa nessa quinta-feira. O recurso de Efraim deve ser ajuizado na terça-feira.

A liminar do STF foi solicitada pelo senador Tião Viana (PT-AC), que alegou que o depoimento do caseiro poderia expor detalhes da vida pessoal do ministro Antonio Palocci (Fazenda), o que ultrapassava o limite das investigações da comissão. A liminar foi concedida pelo ministro Cezar Peluso.

Por conta dessa ação, Morais pedirá ao líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), e ao senador Pedro Simon (PMDB-RS), que desistam de coletar assinaturas para ampliar o foco de investigação da CPI dos Bingos.

Virgílio e Simon, por sua vez, disseram que a ampliação do foco da CPI evitaria contestações judiciais sobre as apurações dos assassinatos de prefeitos do PT, da remessa de dólares de Cuba ao PT, das denúncias de corrupção na prefeitura de Ribeirão Preto e do envolvimento de Palocci com negociatas de seus ex-assessores.

Efraim disse que as investigações respeitam o foco e o fato determinado exposto no requerimento de criação da CPI. "Esse requerimento não deve ser posto agora. Eu tenho certeza de que estamos dentro do foco."

Se reconsiderada a liminar e as investigações forem liberadas, Morais afirmou que proporá a votação de um novo requerimento para que o caseiro, que está sob proteção policial, volte à CPI para prosseguir seu depoimento.

Para ampliar o escopo de investigação da CPI, Simon e Virgílio precisariam de 27 assinaturas de senadores, número que facilmente será atingido.

Depoimento

Antes do depoimento ser suspenso, Francenildo confirmou todas as denúncias feitas até agora contra Palocci. Segundo ele, Palocci, freqüentava a casa alugada no Lago Sul de Brasília por seus ex-assessores de Ribeirão Preto, Vladimir Poleto e Ralf Barquete.

Palocci seria chamado de "chefe" pelos ex-assessores, chegava na sozinho e de carro. Ele também disse que viu na casa o empresário de jogos Artur José Teixeira Valente Oliveira Caio, apontado por Buratti por dar R$ 1 milhão para a campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2002.

Francenildo confirmou ter conversado com o ministro por interfone e disse que confirmava "até morrer" que viu Palocci na casa.

O depoimento do caseiro desmente a declaração dada pelo ministro à CPI. Palocci disse que nunca freqüentou essa casa.

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