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19/03/2006 - 09h02

Aprovação ao Congresso volta a cair, diz Datafolha

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RODRIGO RÖTZSCH
da Folha de S.Paulo

A recuperação da imagem do Congresso detectada na penúltima pesquisa Datafolha não resistiu às absolvições dos deputados Roberto Brant (PFL-MG), Professor Luizinho (PT-SP) e Pedro Henry (PP-MT).

Em fevereiro, antes de o plenário da Câmara absolver os três deputados suspeitos de envolvimento no "mensalão", o Datafolha apontou uma melhora na avaliação dos parlamentares. Na pesquisa feita nos dia 16 e 17 de março, ela voltou a piorar.

Agora, 41% dos entrevistados dizem que os senadores e deputados atualmente no Congresso têm um desempenho ruim ou péssimo. São oito pontos percentuais a mais do que em fevereiro, mas ainda menos do que os 48% de agosto, quando a desaprovação ao Congresso atingiu os níveis mais altos no governo de Luiz Inácio Lula da Silva.

Diminuiu o número daqueles que consideram o desempenho dos parlamentares regular. Esses são agora 37% dos entrevistados, contra 43% no mês passado.

O índice dos que julgam que a atuação dos congressistas é boa ou ótima oscilou negativamente, no limite da margem de erro de 2 pontos percentuais. Eram 16% em fevereiro, e agora são 14% dos entrevistados.

Renda e escolaridade

Os índices de desaprovação ao Congresso sobem junto com o grau de instrução e o poder aquisitivo dos entrevistados. No grupo que só estudou até o ensino fundamental, 35% consideram ruim ou péssima a atuação do Congresso. Esse número sobe para 54% na faixa que chegou ao ensino superior.

A camada mais pobre da população, com renda familiar mensal de até cinco salários mínimos, dá a pior avaliação para os parlamentares em 38% dos casos. Entre aqueles cuja renda familiar mensal supera os dez salários mínimos, é de 51% o índice dos que desaprovam o Congresso.

Em São Paulo, a avaliação do Congresso é ainda pior do que no resto do país: no Estado, 47% dos entrevistados consideram o desempenho dos parlamentares ruim ou péssimo; 34%, regular; e 12%, ótimo ou bom.

A desaprovação ao Legislativo federal é praticamente uniforme entre os simpatizantes de partidos do governo e da oposição. Os entrevistados que apontam o PT como partido de preferência avaliam o Congresso da seguinte maneira: 37% péssimo ou ruim, 44% regular e 16% bom ou ótimo. Entre os que preferem o PFL, 38% consideram o desempenho dos parlamentares ruim ou péssimo, 39% regular e 16% bom ou ótimo.

Os dois partidos são suspeitos de um "acordão" nas absolvições de Brant e Luizinho. Ambos tiveram a sugestão de cassação feita pelo Conselho de Ética da Câmara rejeitada pelo plenário da Casa. O pefelista Mussa Demes (PI) chegou a ir à tribuna defender a absolvição de Luizinho. Brant disse que estava "rezando" pelo petista.

Até as eleições, os deputados terão chances suficientes para recuperar sua imagem junto aos eleitores: aguardam julgamento sete processos de cassação contra parlamentares por envolvimento no escândalo do "mensalão".

Na próxima quarta, a Câmara vota os casos de Wanderval Santos (PL-SP) e João Magno (PT-MG). Em ambos, o Conselho de Ética da Casa recomendou a cassação dos mandatos.

Especial
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