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20/03/2006
-
14h51
EPAMINONDAS NETO
da Folha Online
O governador Geraldo Alckmin (SP), candidato do PSDB à Presidência da República, cobrou "punição exemplar" para os responsáveis pelo vazamento do sigilo bancário do caseiro Francenildo da Costa. O sigilo do caseiro vazou para a imprensa na sexta passada, um dia depois de seu depoimento na CPI dos Bingos ser suspenso por uma liminar do STF (Supremo Tribunal Federal) e dele passar a receber proteção da Polícia Federal.
"Foi um ato de um autoritarismo, de uma violência, que precisa ser apurada com absoluto rigor e ter punição exemplar", disse Alckmin hoje em São Paulo.
O governador paulista comparou a violação do sigilo do caseiro com o autoritarismo da ditadura militar. "É extremamente grave [a violação do sigilo]. Eu não acredito que após a ditadura militar, tenhamos tido algo tão grave [no país]. É um risco para a nossa democracia."
Perguntado sobre a manutenção do ministro Antonio Palocci (Fazenda) no seu cargo, Alckmin voltou a dizer que esse assunto cabia ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "Cargo de ministro é cargo de confiança do presidente. Cabe ao presidente dizer se tem ou não confiança."
Hoje de manhã, o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, afirmou que a quebra do sigilo bancário do caseiro é grave e será apurada. "Essa quebra de sigilo é séria, precisa ser apurada e vai ser apurada. O governo é o maior interessado nesta apuração."
Segundo o ministro, os responsáveis pela quebra de sigilo serão punidos. "Ninguém está fora da legalidade nem acima da lei. O caso tem que ser investigado. Tenho certeza que os responsáveis serão punidos."
Logo após o vazamento de seu sigilo, o caseiro deu uma entrevista para explicar a origem dos depósitos --que somam cerca de R$ 25 mil-- e para dizer que suspeitava que seus dados foram vazados pela Polícia Federal, pois havia entregue seu cartão bancário para policiais.
Sobre a origem do dinheiro, o caseiro afirmou que era resultado de um acordo fechado com seu pai biológico, que teria dado uma ajuda financeira em vez de atender seu pedido de reconhecimento de paternidade.
"O vazamento de informação é uma praga terrível que deve ser combatida. Por enquanto, não posso afirmar que houve falhas", disse Bastos.
Depoimento
Antes do depoimento ser suspenso, Francenildo confirmou todas as denúncias feitas contra Palocci. Segundo ele, Palocci, freqüentava a casa alugada no Lago Sul de Brasília por seus ex-assessores de Ribeirão Preto, Vladimir Poleto e Ralf Barquete.
Palocci seria chamado de "chefe" pelos ex-assessores, chegava na sozinho e de carro. Ele também disse que viu na casa o empresário de jogos Artur José Teixeira Valente Oliveira Caio, apontado por Buratti por dar R$ 1 milhão para a campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2002.
Francenildo confirmou ter conversado com o ministro por interfone e disse que confirmava "até morrer" que viu Palocci na casa. O depoimento do caseiro desmente a declaração dada pelo ministro à CPI. Palocci disse que nunca freqüentou essa casa.
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Alckmin cobra punição exemplar para vazamento de sigilo de caseiro
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O governador Geraldo Alckmin (SP), candidato do PSDB à Presidência da República, cobrou "punição exemplar" para os responsáveis pelo vazamento do sigilo bancário do caseiro Francenildo da Costa. O sigilo do caseiro vazou para a imprensa na sexta passada, um dia depois de seu depoimento na CPI dos Bingos ser suspenso por uma liminar do STF (Supremo Tribunal Federal) e dele passar a receber proteção da Polícia Federal.
"Foi um ato de um autoritarismo, de uma violência, que precisa ser apurada com absoluto rigor e ter punição exemplar", disse Alckmin hoje em São Paulo.
O governador paulista comparou a violação do sigilo do caseiro com o autoritarismo da ditadura militar. "É extremamente grave [a violação do sigilo]. Eu não acredito que após a ditadura militar, tenhamos tido algo tão grave [no país]. É um risco para a nossa democracia."
Perguntado sobre a manutenção do ministro Antonio Palocci (Fazenda) no seu cargo, Alckmin voltou a dizer que esse assunto cabia ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "Cargo de ministro é cargo de confiança do presidente. Cabe ao presidente dizer se tem ou não confiança."
Hoje de manhã, o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, afirmou que a quebra do sigilo bancário do caseiro é grave e será apurada. "Essa quebra de sigilo é séria, precisa ser apurada e vai ser apurada. O governo é o maior interessado nesta apuração."
Segundo o ministro, os responsáveis pela quebra de sigilo serão punidos. "Ninguém está fora da legalidade nem acima da lei. O caso tem que ser investigado. Tenho certeza que os responsáveis serão punidos."
Logo após o vazamento de seu sigilo, o caseiro deu uma entrevista para explicar a origem dos depósitos --que somam cerca de R$ 25 mil-- e para dizer que suspeitava que seus dados foram vazados pela Polícia Federal, pois havia entregue seu cartão bancário para policiais.
Sobre a origem do dinheiro, o caseiro afirmou que era resultado de um acordo fechado com seu pai biológico, que teria dado uma ajuda financeira em vez de atender seu pedido de reconhecimento de paternidade.
"O vazamento de informação é uma praga terrível que deve ser combatida. Por enquanto, não posso afirmar que houve falhas", disse Bastos.
Depoimento
Antes do depoimento ser suspenso, Francenildo confirmou todas as denúncias feitas contra Palocci. Segundo ele, Palocci, freqüentava a casa alugada no Lago Sul de Brasília por seus ex-assessores de Ribeirão Preto, Vladimir Poleto e Ralf Barquete.
Palocci seria chamado de "chefe" pelos ex-assessores, chegava na sozinho e de carro. Ele também disse que viu na casa o empresário de jogos Artur José Teixeira Valente Oliveira Caio, apontado por Buratti por dar R$ 1 milhão para a campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2002.
Francenildo confirmou ter conversado com o ministro por interfone e disse que confirmava "até morrer" que viu Palocci na casa. O depoimento do caseiro desmente a declaração dada pelo ministro à CPI. Palocci disse que nunca freqüentou essa casa.
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