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21/03/2006 - 08h56

Bertholdo pede cela isolada após receber ameaça anônima

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JOSÉ MASCHIO
da Agência Folha, em Londrina

O ex-assessor do PMDB Roberto Bertholdo quer ficar em uma cela isolada no Cope (Centro de Operações Policiais Especiais) de Curitiba. Ele recebeu uma ameaça anônima em fevereiro e diz que teme ser morto "por saber demais" sobre supostos esquemas de "mensalão" ligados a deputados do PMDB e do PP.

O secretário de Segurança Pública do Paraná, Luiz Fernando Delazari, disse ontem que as preocupações de Bertholdo "são infundadas".

Preso à disposição da Justiça Federal desde 4 de novembro, Bertholdo, que foi conselheiro de Itaipu indicado pelo PMDB governista, é acusado de tráfico de influência, lavagem de dinheiro, interceptação telefônica clandestina e venda de sentenças judiciais.

Ele disse que sofreu ameaça de morte em fevereiro, e entregou à Folha cópia da carta em que é ameaçado.

Na carta, recebida em 21 de fevereiro por sua mulher, Adriana, o remetente alerta Bertholdo para "para parar de acusar gente boa, senão no COT (sigla da Casa de Custódia) não tem proteção e pra sair de lá só pro inferno". No mesmo dia, Bertholdo havia sido transferido do Cope para a Casa de Custódia. Após entregar cópia da carta com ameaça, Bertholdo foi devolvido ao Cope em 24 de fevereiro.

Até a última quarta-feira, ele dividia cela com o doleiro Antônio Claramunt Oliveira, o Toninho da Barcelona, que foi devolvido pela Justiça Federal para o Estado de São Paulo. O temor de Bertholdo é que "um criminoso de alta periculosidade" ocuparia o lugar de Toninho da Barcelona a partir desta semana.

"Querem me calar, e minha preocupação é quem irão colocar junto comigo", disse à Folha.

Ontem, o secretário de Segurança Pública do Paraná disse que Bertholdo não corre risco de morte no Cope. "Ele está em absoluta segurança. Um acadêmico de Direito, que fez acordo com a Justiça do Paraná para delação premiada, será transferido para sua cela. Não é nenhum criminoso que possa colocar a vida desse senhor [Bertholdo] em perigo", disse , Luiz Antônio Delazari.

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