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23/03/2006
-
00h24
ROSE ANE SILVEIRA
da Folha Online, em Brasília
Num único dia, o plenário da Câmara dos Deputados livrou da cassação de mandato dois deputados envolvidos no suposto esquema do "mensalão". O primeiro foi o deputado Wanderval Santos (PL-SP), que teve o relatório de cassação rejeitado por 179 votos contrários, 242 favoráveis, 3 em branco e 20 abstenções.
Em seguida, a Câmara rejeitou o parecer que pedia a cassação do mandato do deputado João Magno (PT-MG), por 207 votos contrários, 201 favoráveis, 5 em branco, 3 nulos e 10 abstenções. Ele é acusado de ter recebido R$ 426 mil das contas de Valério.
Já Wanderval é acusado de ser destinatário de R$ 150 mil do "valerioduto". O dinheiro foi sacado por um funcionário do seu gabinete das contas do empresário Marcos Valério no Banco Rural.
Nos dois casos, os relatores dos processos no Conselho de Ética, Chico Alencar (PSOL-RJ) --Wanderval Santos-- e Jairo Carneiro (PFL-BA) --João Magno--, recomendaram a cassação dos deputados.
Na primeira votação da noite, do processo contra Santos, o quorum foi de 444 parlamentares. Na segunda, contra Magno, baixou para 426. Foi o quorum mais baixo para a votação de uma cassação de parlamentar até hoje.
Defesa
Em sua defesa, Wanderval afirmou que os recursos foram sacados a mando de Carlos Rodrigues (PL-RJ), que renunciou ao mandato de deputado federal.
Já Magno alegou que recebeu os recursos em boa-fé, por orientação da direção nacional do PT. Segundo ele, o dinheiro foi utilizado para saldar dívidas de sua campanha a deputado federal, em 2002, e a prefeito do município de Ipatinga (MG), em 2004. Porém, a prestação de contas ao TRE de Minas Gerais só foi feita em outubro de 2005, depois do escândalo do "mensalão".
Especial
Leia o que já foi publicado sobre Wanderval Santos
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Leia a cobertura completa sobre a crise em Brasília
Câmara livra Wanderval Santos e João Magno da cassação
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da Folha Online, em Brasília
Num único dia, o plenário da Câmara dos Deputados livrou da cassação de mandato dois deputados envolvidos no suposto esquema do "mensalão". O primeiro foi o deputado Wanderval Santos (PL-SP), que teve o relatório de cassação rejeitado por 179 votos contrários, 242 favoráveis, 3 em branco e 20 abstenções.
Em seguida, a Câmara rejeitou o parecer que pedia a cassação do mandato do deputado João Magno (PT-MG), por 207 votos contrários, 201 favoráveis, 5 em branco, 3 nulos e 10 abstenções. Ele é acusado de ter recebido R$ 426 mil das contas de Valério.
Já Wanderval é acusado de ser destinatário de R$ 150 mil do "valerioduto". O dinheiro foi sacado por um funcionário do seu gabinete das contas do empresário Marcos Valério no Banco Rural.
Nos dois casos, os relatores dos processos no Conselho de Ética, Chico Alencar (PSOL-RJ) --Wanderval Santos-- e Jairo Carneiro (PFL-BA) --João Magno--, recomendaram a cassação dos deputados.
Na primeira votação da noite, do processo contra Santos, o quorum foi de 444 parlamentares. Na segunda, contra Magno, baixou para 426. Foi o quorum mais baixo para a votação de uma cassação de parlamentar até hoje.
Defesa
Em sua defesa, Wanderval afirmou que os recursos foram sacados a mando de Carlos Rodrigues (PL-RJ), que renunciou ao mandato de deputado federal.
Já Magno alegou que recebeu os recursos em boa-fé, por orientação da direção nacional do PT. Segundo ele, o dinheiro foi utilizado para saldar dívidas de sua campanha a deputado federal, em 2002, e a prefeito do município de Ipatinga (MG), em 2004. Porém, a prestação de contas ao TRE de Minas Gerais só foi feita em outubro de 2005, depois do escândalo do "mensalão".
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