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27/03/2006
-
14h07
EPAMINONDAS NETO
da Folha Online
O governador Geraldo Alckmin (SP) voltou a negar a ocorrência de ingerência política na Nossa Caixa e o suposto direcionamento de recursos de publicidade do banco em favorecimento de aliados na Assembléia Legislativa. Alckmin afirmou que governo paulista já tomou as "providências necessárias" envolvendo o caso.
"Nos estamos falando de 500 veículos de comunicação e pinçaram cinco casos. Não é o caso de se falar em ingerência política", disse Alckmin após se reunir com o presidente do PSDB, o senador Tasso Jereissati (CE), no Palácio dos Bandeirantes.
Reportagem publicada ontem pela Folha mostra que o dinheiro de publicidade da Nossa Caixa foi usado em jornais, revistas e programas mantidos ou indicados por Wagner Salustiano (PSDB), "Bispo Gê" (PTB), Afanázio Jazadji (PFL), Vaz de Lima (PSDB) e Edson Ferrarini (PTB). Correspondências eletrônicas obtidas pela reportagem indicam que as ordens partiram do assessor especial de Comunicação de Alckmin, Roger Ferreira.
Segundo Alckmin, a reportagem foi baseada numa investigação do próprio banco. Para o governador, a demissão de um funcionário, o ex-gerente de marketing Jaime de Castro Júnior, já indica que o banco tomou providências.
O governador desqualificou o conteúdo dos e-mails citados na matéria, que foram transmitidos à Nossa Caixa pelo publicitário Saint'Clair de Vasconcelos, presidente da Contexto, agência de propaganda que detinha, na época, a conta da Casa Civil e, hoje, atende a Nossa Caixa.
"Empresa terceirizada não fala em nome do governo", disse Alckmin. "O e-mail não é do governo. Estão pegando e-mails de gente que não é do governo."
Nos e-mails, Vasconcelos cita políticos e pede ao representante do governo estadual que faça a aplicação de recursos do banco em determinados veículos de comunicação.
Alckmin também negou que tenha discutido com o deputado estadual Afanázio Jazadji (PFL) o direcionamento de recursos. "Ele não negociou comigo. O Afanázio é da oposição. Faz oposição 24 horas. O governo agora vai beneficiar oposição?", questionou.
O governador admitiu que houve erro na prorrogação dos contratos das agências de propaganda Full Jazz Comunicação e Colucci Propaganda, que continuaram prestando serviços sem amparo legal, pois a Nossa Caixa não havia renovado os contratos.
"Erraram? Erraram, mas é um erro puramente formal. O próprio contrato já prevê a possibilidade de prorrogação. Houve um erro da Nossa Caixa, a Nossa Caixa abriu sindicância e comunicou primeiro ao Tribunal de Justiça", disse Alckmin.
Jereissati negou que o caso possa ser usado pela oposição durante a campanha eleitoral. "O governador já deu as explicações necessárias e para mim o assunto está encerrado", disse.
Ele acrescentou: "Quando a gente se mostra e deixa que todos falem, isso não será um prato cheio para a oposição".
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da Folha Online
O governador Geraldo Alckmin (SP) voltou a negar a ocorrência de ingerência política na Nossa Caixa e o suposto direcionamento de recursos de publicidade do banco em favorecimento de aliados na Assembléia Legislativa. Alckmin afirmou que governo paulista já tomou as "providências necessárias" envolvendo o caso.
"Nos estamos falando de 500 veículos de comunicação e pinçaram cinco casos. Não é o caso de se falar em ingerência política", disse Alckmin após se reunir com o presidente do PSDB, o senador Tasso Jereissati (CE), no Palácio dos Bandeirantes.
Reportagem publicada ontem pela Folha mostra que o dinheiro de publicidade da Nossa Caixa foi usado em jornais, revistas e programas mantidos ou indicados por Wagner Salustiano (PSDB), "Bispo Gê" (PTB), Afanázio Jazadji (PFL), Vaz de Lima (PSDB) e Edson Ferrarini (PTB). Correspondências eletrônicas obtidas pela reportagem indicam que as ordens partiram do assessor especial de Comunicação de Alckmin, Roger Ferreira.
Segundo Alckmin, a reportagem foi baseada numa investigação do próprio banco. Para o governador, a demissão de um funcionário, o ex-gerente de marketing Jaime de Castro Júnior, já indica que o banco tomou providências.
O governador desqualificou o conteúdo dos e-mails citados na matéria, que foram transmitidos à Nossa Caixa pelo publicitário Saint'Clair de Vasconcelos, presidente da Contexto, agência de propaganda que detinha, na época, a conta da Casa Civil e, hoje, atende a Nossa Caixa.
"Empresa terceirizada não fala em nome do governo", disse Alckmin. "O e-mail não é do governo. Estão pegando e-mails de gente que não é do governo."
Nos e-mails, Vasconcelos cita políticos e pede ao representante do governo estadual que faça a aplicação de recursos do banco em determinados veículos de comunicação.
Alckmin também negou que tenha discutido com o deputado estadual Afanázio Jazadji (PFL) o direcionamento de recursos. "Ele não negociou comigo. O Afanázio é da oposição. Faz oposição 24 horas. O governo agora vai beneficiar oposição?", questionou.
O governador admitiu que houve erro na prorrogação dos contratos das agências de propaganda Full Jazz Comunicação e Colucci Propaganda, que continuaram prestando serviços sem amparo legal, pois a Nossa Caixa não havia renovado os contratos.
"Erraram? Erraram, mas é um erro puramente formal. O próprio contrato já prevê a possibilidade de prorrogação. Houve um erro da Nossa Caixa, a Nossa Caixa abriu sindicância e comunicou primeiro ao Tribunal de Justiça", disse Alckmin.
Jereissati negou que o caso possa ser usado pela oposição durante a campanha eleitoral. "O governador já deu as explicações necessárias e para mim o assunto está encerrado", disse.
Ele acrescentou: "Quando a gente se mostra e deixa que todos falem, isso não será um prato cheio para a oposição".
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