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27/03/2006
-
18h11
da Folha Online
Considerado um dos pilares do governo Lula, o médico Antonio Palocci Filho, 45, ganhou credibilidade junto ao mercado financeiro e aos empresários antes mesmo da eleição, em 2002.
Guardião da política fiscal ortodoxa, ganhou fama de 'linha-dura' e colecionou desafetos dentro e fora do governo. Sua imagem só foi arranhada no ano passado, à época do depoimento de seu antigo secretário Rogério Buratti na CPI dos Bingos, que o acusou de distribuir propina quando era prefeito de Ribeirão Preto.
O golpe mais duro, porém, foi visto nas últimas duas semanas, quando o caseiro Francenildo Costa afirmou que Palocci freqüentava uma casa de lobby, patrocinada por colegas e que reunia garotas de programas, que acabou chamada de República de Ribeirão.
Palocci, que nega as acusações, acabou sem condições políticas de permanecer no cargo após ser envolvido também na quebra do sigilo bancário do caseiro. Ao revelar que Francenildo havia recebido depósitos em dinheiro de R$ 25 mil em sua conta na Caixa Econômica Federal, a reação governista, atribuída ao banco e ao assessor de imprensa do ex-ministro, Marcelo Netto, transformou-se em um tiro no pé e precipitou sua queda.
A carreira política de Palocci começou quando ainda era estudante de medicina, em São Paulo. Militou na Libelu (Liberdade e Luta) --movimento de tendência trotskista-- e depois da fundação do PT, em 1980, passou a integrar a corrente 'O Trabalho', também de orientação trotskista.
Há 17 anos na vida pública, Palocci deu uma guinada ao centro e trocou a plataforma revolucionária por um setor menos radical do PT. Hoje o ex-prefeito de Ribeirão Preto era um dos interlocutores do partido com empresários e setores mais avessos a uma administração petista.
Palocci, que nunca perdeu uma eleição, terminou apenas um mandato: o primeiro como prefeito de Ribeirão Preto (SP), município a 319 km de São Paulo, de 1993 a 1996. O segundo mandato na prefeitura de Ribeirão Preto, para o qual foi eleito em outubro de 2000, foi interrompido para que ele pudesse fazer parte da equipe do governo Lula.
O ministro demissionário começou a carreira política ao se eleger vereador de Ribeirão, em 1988. Dois anos depois de assumir, em 1991, foi eleito deputado estadual. Deixou o mandato Legislativo em 93 ao se eleger prefeito de Ribeirão. No biênio 97/98 presidiu o PT paulista.
Em 98 foi eleito deputado federal e em 2000 foi reeleito para a prefeitura de Ribeirão. Palocci liderou durante todo o tempo a disputa eleitoral antes mesmo de seus adversários terem sido confirmados.
Na prefeitura de Ribeirão, Palocci já demonstrava o tom 'light'. Teve o publicitário Duda Mendonça como orientador de sua campanha.
O ex-prefeito, que já fazia parte da equipe de elaboração do Programa de Governo de Lula, assumiu a coordenação dos trabalhos após a morte do prefeito Celso Daniel, de Santo André, em 20 de janeiro de 2002.
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Considerado um dos pilares do governo Lula, o médico Antonio Palocci Filho, 45, ganhou credibilidade junto ao mercado financeiro e aos empresários antes mesmo da eleição, em 2002.
Guardião da política fiscal ortodoxa, ganhou fama de 'linha-dura' e colecionou desafetos dentro e fora do governo. Sua imagem só foi arranhada no ano passado, à época do depoimento de seu antigo secretário Rogério Buratti na CPI dos Bingos, que o acusou de distribuir propina quando era prefeito de Ribeirão Preto.
O golpe mais duro, porém, foi visto nas últimas duas semanas, quando o caseiro Francenildo Costa afirmou que Palocci freqüentava uma casa de lobby, patrocinada por colegas e que reunia garotas de programas, que acabou chamada de República de Ribeirão.
Palocci, que nega as acusações, acabou sem condições políticas de permanecer no cargo após ser envolvido também na quebra do sigilo bancário do caseiro. Ao revelar que Francenildo havia recebido depósitos em dinheiro de R$ 25 mil em sua conta na Caixa Econômica Federal, a reação governista, atribuída ao banco e ao assessor de imprensa do ex-ministro, Marcelo Netto, transformou-se em um tiro no pé e precipitou sua queda.
A carreira política de Palocci começou quando ainda era estudante de medicina, em São Paulo. Militou na Libelu (Liberdade e Luta) --movimento de tendência trotskista-- e depois da fundação do PT, em 1980, passou a integrar a corrente 'O Trabalho', também de orientação trotskista.
Há 17 anos na vida pública, Palocci deu uma guinada ao centro e trocou a plataforma revolucionária por um setor menos radical do PT. Hoje o ex-prefeito de Ribeirão Preto era um dos interlocutores do partido com empresários e setores mais avessos a uma administração petista.
Palocci, que nunca perdeu uma eleição, terminou apenas um mandato: o primeiro como prefeito de Ribeirão Preto (SP), município a 319 km de São Paulo, de 1993 a 1996. O segundo mandato na prefeitura de Ribeirão Preto, para o qual foi eleito em outubro de 2000, foi interrompido para que ele pudesse fazer parte da equipe do governo Lula.
O ministro demissionário começou a carreira política ao se eleger vereador de Ribeirão, em 1988. Dois anos depois de assumir, em 1991, foi eleito deputado estadual. Deixou o mandato Legislativo em 93 ao se eleger prefeito de Ribeirão. No biênio 97/98 presidiu o PT paulista.
Em 98 foi eleito deputado federal e em 2000 foi reeleito para a prefeitura de Ribeirão. Palocci liderou durante todo o tempo a disputa eleitoral antes mesmo de seus adversários terem sido confirmados.
Na prefeitura de Ribeirão, Palocci já demonstrava o tom 'light'. Teve o publicitário Duda Mendonça como orientador de sua campanha.
O ex-prefeito, que já fazia parte da equipe de elaboração do Programa de Governo de Lula, assumiu a coordenação dos trabalhos após a morte do prefeito Celso Daniel, de Santo André, em 20 de janeiro de 2002.
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