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28/03/2006
-
16h24
ANA PAULA RIBEIRO
da Folha Online, em Brasília
O ex-ministro Antonio Palocci (Fazenda) afirmou hoje que sai do governo tranqüilo e certo de que não praticou nenhum ato contra a lei, a Constituição e a democracia.
"Jamais patrocinei nesses três anos de governo malfeitorias com os bens públicos e jamais atentei contra a Constituição ou a democracia brasileira."
O ex-ministro pediu demissão ontem após ser envolvido pelo ex-presidente da Caixa Econômica Federal Jorge Mattoso na quebra ilegal do sigilo bancário do caseiro Francenildo Costa.
De acordo com Palocci, durante o período em que esteve no Ministério da Fazenda, ele cumpriu com seu dever com o Brasil e respeitou "as pessoas, as leis e o progresso das instituições".
Palocci disse, no entanto, que no Brasil há uma tradição de uma "oposição feroz" e que por isso as instituições "estão cravadas de rancor".
"Talvez eu tenha falhado nessa crença de convivência pacífica [com a oposição], mas minha fé no Brasil e nas pessoas continua inabalável", disse no discurso de transmissão de cargo para Guido Mantega no Palácio do Planalto.
Palocci lembrou as melhorias da economia brasileira desde o início de 2003 e afirmou que o Brasil hoje está "muito melhor". Ele também destacou o controle da inflação, que favorece as famílias de renda mais baixa, e que o Brasil conseguiu deixar de ser devedor do FMI (Fundo Monetário Internacional).
"Não quero ressaltar meus feitos. Quero apenas dizer que hoje temos um Brasil muito melhor do que o que tínhamos há três anos."
Ele também agradeceu à equipe econômica e ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "Certamente cometi erros, mas nem de longe me arrependo. Ao presidente Lula não me arrependo nem um minuto por ter dedicado 20 anos de minha vida a seu projeto político", disse.
Palocci afirmou ainda que Mantega será um ministro melhor que ele. "Não torcerei para o ministro Mantega fazer o mesmo que eu. Eu tenho certeza que ele fará mais e melhor."
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da Folha Online, em Brasília
O ex-ministro Antonio Palocci (Fazenda) afirmou hoje que sai do governo tranqüilo e certo de que não praticou nenhum ato contra a lei, a Constituição e a democracia.
"Jamais patrocinei nesses três anos de governo malfeitorias com os bens públicos e jamais atentei contra a Constituição ou a democracia brasileira."
O ex-ministro pediu demissão ontem após ser envolvido pelo ex-presidente da Caixa Econômica Federal Jorge Mattoso na quebra ilegal do sigilo bancário do caseiro Francenildo Costa.
De acordo com Palocci, durante o período em que esteve no Ministério da Fazenda, ele cumpriu com seu dever com o Brasil e respeitou "as pessoas, as leis e o progresso das instituições".
Palocci disse, no entanto, que no Brasil há uma tradição de uma "oposição feroz" e que por isso as instituições "estão cravadas de rancor".
"Talvez eu tenha falhado nessa crença de convivência pacífica [com a oposição], mas minha fé no Brasil e nas pessoas continua inabalável", disse no discurso de transmissão de cargo para Guido Mantega no Palácio do Planalto.
Palocci lembrou as melhorias da economia brasileira desde o início de 2003 e afirmou que o Brasil hoje está "muito melhor". Ele também destacou o controle da inflação, que favorece as famílias de renda mais baixa, e que o Brasil conseguiu deixar de ser devedor do FMI (Fundo Monetário Internacional).
"Não quero ressaltar meus feitos. Quero apenas dizer que hoje temos um Brasil muito melhor do que o que tínhamos há três anos."
Ele também agradeceu à equipe econômica e ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "Certamente cometi erros, mas nem de longe me arrependo. Ao presidente Lula não me arrependo nem um minuto por ter dedicado 20 anos de minha vida a seu projeto político", disse.
Palocci afirmou ainda que Mantega será um ministro melhor que ele. "Não torcerei para o ministro Mantega fazer o mesmo que eu. Eu tenho certeza que ele fará mais e melhor."
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