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28/03/2006 - 20h29

PT e PSDB brigam por caso Nossa Caixa na Assembléia de SP

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EPAMINONDAS NETO
da Folha Online

A denúncia sobre suposta irregularidades na distribuição de recursos de publicidade do banco estadual Nossa Caixa gerou uma disputa entre deputados petistas e tucanos na Assembléia Legislativa de São Paulo hoje. Os petistas tentaram abrir uma CPI para apurar possíveis irregularidades na Nossa Caixa. Mas os tucanos conseguiram evitar a abertura da comissão.

Reportagem publicada anteontem pela Folha mostrou que o dinheiro de publicidade da Nossa Caixa foi usado em jornais, revistas e programas mantidos ou indicados por Wagner Salustiano (PSDB), "Bispo Gê" (PTB), Afanázio Jazadji (PFL), Vaz de Lima (PSDB) e Edson Ferrarini (PTB).

O governador Geraldo Alckmin (SP) informou que houve um erro formal na contratação das agências de publicidade responsáveis pela repartição das verbas, mas que um funcionário já foi punido.

O conflito começou na reunião do colégio de líderes da Assembléia Legislativa por volta das 11h. Nessa reunião, o colegiado aprovou a proposta para que o TCE (Tribunal de Contas do Estado) enviasse o resultado das investigações sobre a Nossa Caixa para a Comissão de Finanças e Orçamento antes de avaliar a possibilidade de pedir a abertura de uma CPI sobre o caso. O PT foi voto vencido.

Os petistas voltaram ao assunto na reunião da Comissão de Finanças e Orçamento da Casa poucas horas mais tarde. Na reunião, o deputado Renato Simões apresentou dois requerimentos: o primeiro pede a convocação de uma lista de pessoas envolvidas no caso, entre elas o atual e o anterior presidente da Nossa Caixa, além de funcionários e ex-funcionários do banco, para prestar esclarecimentos para a comissão. O segundo requerimento pede uma auditoria especial do TCE no banco.

O deputado tucano Vanderlei Macris pediu vistas do primeiro requerimento e não houve quórum para a votação do segundo. A Comissão deve se reunir em caráter extraordinário na sexta-feira para apreciar os dois requerimentos.

"Eu fui informado que o governo já tomou providências para investigar o caso, que o próprio governo já apurou. Como eu tinha essa visão, pedi vistas para averiguar o assunto e buscar mais dados. Amanhã, eu vou falar com o líder do governo e pedir essas informações para tomar posição. Agora, o que não pode acontecer é fazer disso um palanque político", disse o deputado Vanderlei Macris.

Na sexta-feira, os petistas afirmam que devem batalhar pela aprovação dos requerimentos na Comissão de Finanças, que têm nove membros. "Na sexta, nós vamos tentar um acordo sobre os requerimentos. O PMDB e o PFL (que tem três membros na comissão) podem votar a favor", disse o deputado Simões, do PT, que tem dois membros.

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