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30/03/2006
-
13h25
FELIPE RECONDO
da Folha Online, em Brasília
O presidente do Sebrae, Paulo Okamotto, tentou despistar ontem a CPI dos Bingos na tentativa de evitar uma acareação com o ex-militante petista Paulo de Tarso Venceslau. A acareção, que deveria ter ocorrido nesta semana --mas foi suspensa por uma liminar do STF (Supremo Tribunal Federal)--, foi remarcada para terça-feira da próxima semana.
O escrivão da Polícia Federal José Bráulio Rodrigues --que trabalha com a comissão parlamentar-- foi ao prédio do Sebrae em Brasília para entregar a intimação a Okamotto para comparecer à CPI.
Rodrigues relatou à CPI que depois de muita resistência a secretária da chefia de gabinete da presidência do Sebrae, Janaina Lopes, alegou que Okamotto estava em viagem e voltaria na próxima semana.
Janaina recebeu o papel, mas o escrivão, que estava na saída do prédio, percebeu um erro e voltou para o gabinete para corrigi-lo.
"Chegando ao gabinete, me surpreendi com a passagem, no ambiente em que me encontrava, do senhor Paulo Okamotto, que se dirigia ao seu gabinete pessoal", afirmou o escrivão em documento repassado à CPI.
O presidente da comissão, Efraim Morais (PFL-PB), vai comunicar o caso à Polícia Federal, ao ministro Márcio Thomaz Bastos (Justiça) e ao STF (Supremo Tribunal Federal), que já concedeu duas liminares em favor de Okamotto contra a CPI.
"Vamos oficiar ao presidente do Supremo Tribunal Federal para mostrar qual é a vontade desse cidadão", afirmou Efraim.
Ele encaminhou ontem ao STF um pedido de reconsideração da liminar que impediu a acareação nesta semana entre Okamotto e Paulo de Tarso.
O ex-militante do PT acusa Okamotto de ser um tesoureiro informal do partido. A CPI quer ainda investigar se o presidente do Sebrae realmente pagou uma dívida do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O caso
O presidente do Sebrae, que também é amigo de Lula, disse ter pago em 2004 uma dívida de R$ 29,4 mil que o presidente tinha com o PT. O dinheiro foi registrado na prestação de contas do partido de 2003. Okamotto afirmou à CPI que quitou a dívida de Lula em dinheiro por orientação do então tesoureiro do partido Delúbio Soares.
Ele disse ter feito saques em contas em Brasília, São Paulo e São Bernardo do Campo e, em seguida, enviado o dinheiro à direção do PT para pagar a dívida, registrada na prestação de contas TSE (Tribunal Superior Eleitoral) em 2003.
A dívida passou a ser investigada pela CPI por conta de indícios de uso irregular do Fundo Partidário para pagar despesas de Lula.
Descobriu-se ainda que Okamotto quitou em 2002 uma dívida de R$ 26 mil da filha de Lula, Lurian Cordeiro Lula da Silva. Além disso, Okamotto doou R$ 24,84 mil para a campanha de Vicente Paulo da Silva, o Vicentinho, à Prefeitura de São Bernardo, em 2004.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre a CPI dos Bingos
Leia a cobertura completa sobre a crise em Brasília
Escrivão da PF diz à CPI que Okamotto tentou escapar de intimação
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da Folha Online, em Brasília
O presidente do Sebrae, Paulo Okamotto, tentou despistar ontem a CPI dos Bingos na tentativa de evitar uma acareação com o ex-militante petista Paulo de Tarso Venceslau. A acareção, que deveria ter ocorrido nesta semana --mas foi suspensa por uma liminar do STF (Supremo Tribunal Federal)--, foi remarcada para terça-feira da próxima semana.
O escrivão da Polícia Federal José Bráulio Rodrigues --que trabalha com a comissão parlamentar-- foi ao prédio do Sebrae em Brasília para entregar a intimação a Okamotto para comparecer à CPI.
Rodrigues relatou à CPI que depois de muita resistência a secretária da chefia de gabinete da presidência do Sebrae, Janaina Lopes, alegou que Okamotto estava em viagem e voltaria na próxima semana.
Janaina recebeu o papel, mas o escrivão, que estava na saída do prédio, percebeu um erro e voltou para o gabinete para corrigi-lo.
"Chegando ao gabinete, me surpreendi com a passagem, no ambiente em que me encontrava, do senhor Paulo Okamotto, que se dirigia ao seu gabinete pessoal", afirmou o escrivão em documento repassado à CPI.
O presidente da comissão, Efraim Morais (PFL-PB), vai comunicar o caso à Polícia Federal, ao ministro Márcio Thomaz Bastos (Justiça) e ao STF (Supremo Tribunal Federal), que já concedeu duas liminares em favor de Okamotto contra a CPI.
"Vamos oficiar ao presidente do Supremo Tribunal Federal para mostrar qual é a vontade desse cidadão", afirmou Efraim.
Ele encaminhou ontem ao STF um pedido de reconsideração da liminar que impediu a acareação nesta semana entre Okamotto e Paulo de Tarso.
O ex-militante do PT acusa Okamotto de ser um tesoureiro informal do partido. A CPI quer ainda investigar se o presidente do Sebrae realmente pagou uma dívida do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O caso
O presidente do Sebrae, que também é amigo de Lula, disse ter pago em 2004 uma dívida de R$ 29,4 mil que o presidente tinha com o PT. O dinheiro foi registrado na prestação de contas do partido de 2003. Okamotto afirmou à CPI que quitou a dívida de Lula em dinheiro por orientação do então tesoureiro do partido Delúbio Soares.
Ele disse ter feito saques em contas em Brasília, São Paulo e São Bernardo do Campo e, em seguida, enviado o dinheiro à direção do PT para pagar a dívida, registrada na prestação de contas TSE (Tribunal Superior Eleitoral) em 2003.
A dívida passou a ser investigada pela CPI por conta de indícios de uso irregular do Fundo Partidário para pagar despesas de Lula.
Descobriu-se ainda que Okamotto quitou em 2002 uma dívida de R$ 26 mil da filha de Lula, Lurian Cordeiro Lula da Silva. Além disso, Okamotto doou R$ 24,84 mil para a campanha de Vicente Paulo da Silva, o Vicentinho, à Prefeitura de São Bernardo, em 2004.
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