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31/03/2006 - 18h36

Lula diz que não sonha com reeleição e que poder não subiu à cabeça

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PATRÍCIA ZIMMERMANN
da Folha Online, em Brasília

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva tentou afastar hoje a imagem de isolamento e disse que o poder ainda não subiu à sua cabeça. Ele não escondeu, no entanto, a dificuldade em abrir mão de oito ministros que deixaram o governo para disputar as eleições de outubro deste ano.

Depois de receber a manifestação de apoio à sua reeleição do presidente da Contag (Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura), Manoel dos Santos, Lula disse que não teria o "direito de reivindicar ser candidato" e que não sonha com a reeleição, mas quer poder comparar seu governo com a gestão anterior.

"O sonho que eu tenho, o meu grande desejo não é o de ser candidato a presidente. O meu grande desejo é o de poder, ao terminar o meu mandato, comparar o que nós fizemos para o povo pobre desse país com tudo o que foi feito antes", afirmou Lula.

Antes do discurso do presidente, Santos havia dito que o conselho da Contag aprovou a decisão de participar da campanha pela reeleição de Lula.

Ao se despedir dos ministros Jaques Wagner (Relações Institucionais) e Miguel Rossetto (Desenvolvimento Agrário), Lula se disse feliz em perceber que depois de pouco mais de três anos na presidência ainda seria uma "referência" para os companheiros trabalhadores da agricultura, e desejou "sorte" aos candidatos.

"Não pensem que é fácil a despedida de um companheiro. É sempre muito difícil, é sempre muito complicado", desabafou.

Já o apoio dos trabalhadores ele considerou extraordinário. "Demonstra que o poder não subiu à minha cabeça, e muito menos o poder fez com que houvesse o distanciamento dos companheiros que, no fundo no fundo, é para onde vou voltar quando sair daqui", afirmou

Wagner deixa o governo para disputar o governo na Bahia, e Rossetto tenta o Senado pelo Rio Grande do Sul.

Reforma

Ao reconhecer a dificuldade em trocar nove ministros (oito deixam o governo e um troca de pasta) nesse momento, Lula destacou que optou por nomear os secretários-executivos para a maioria das pastas vagas para evitar perda de continuidade.

"Não estamos na época do plantio, nós estamos na época da colheita. Nós plantamos há três anos, adubamos essa terra, agora estamos em época de da colheita", afirmou o presidente, ao explicar que os secretários que já atuam nos ministérios assumirão as pastas para que não seja necessário montar nova equipe, que talvez não tivesse tempo para tomar pé do que está acontecendo.

Esse raciocínio não vale, segundo ele, para a área política, porque para essa função se tem uma visibilidade grande, e o ministro deve atuar no "cotidiano da relação com o Congresso Nacional".

Especial
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