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31/03/2006 - 20h53

Mercadante acusa Serra de descumprir promessa de não terminar mandato

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FAUSTO SALVADORI FILHO
da Folha Online

O senador e pré-candidato ao governo do Estado de São Paulo Aloizio Mercadante atacou nesta quinta-feira a candidatura do ex-prefeito José Serra ao governo do Estado de São Paulo, que chamou de "estelionato eleitoral".

"O prefeito José Serra disse em todas as oportunidades e de todas as formas que não seria sairia da prefeitura para ser candidato. Ele desrespeitou completamente os eleitores e foi contra o valor mais importante que o homem público pode ter, que é sua palavra", afirmou Mercadante.

Ele usou trechos de uma matéria da Folha, de 15 de setembro de 2004, em que Serra assinou o compromisso de permanecer à frente da Prefeitura de São Paulo durante todo o mandato. "Serra mentiu. Num mandato parlamentar, a mentira é cassação de mandato. E mentira por escrito é crime de falsidade ideológica, previsto no Código Penal."

"Não sei se a candidatura de Serra ficará conhecida como dia do golpe, já que aconteceu no dia do golpe de 64, ou como o Dia da Mentira, que é quando começa o governo [Gilberto] Kassab", completou ele se referindo ao novo prefeito de São Paulo.

Ele também atacou o novo prefeito Gilberto Kassab, que substituiu Serra. "A cidade está condenada a ter um prefeito que não elegeu e jamais elegeria. Kassab foi o homem forte do governo Celso Pitta, o governo mais corrupto da história de São Paulo", disse.

"Com Serra, a gente nun-Kassab", repetiu Mercadante em tom irônico.

Apesar das críticas, Mercadante também corre o risco de abandonar seu mandato de senador de oito anos pela pela metade. "Qualquer político que tem um cargo legislativo tem o direito de disputar um cargo no Executivo, que é o centro do poder decisório."

Questionado sobre o comportamento do colega de partido Antonio Palocci --que registrou em cartório que cumpriria todo o mandato como prefeito de Ribeirão Preto, mas abandonou o cargo para ser ministro da Fazenda-- Mercadante desconversou. "Cada um responde por seus atos. [No começo do governo Lula] eu recusei um convite do presidente para ser ministro da Fazenda porque havia prometido aos meus eleitores que começaria o meu mandato como senador da República."

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