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04/04/2006 - 09h38

Para Izar, regimento interno embasa afastamento de Ângela Guadagnin

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da Folha de S.Paulo, em Brasília

O deputado Ricardo Izar (PTB-SP) disse que vai afastar mais uma vez a deputada Ângela Guadagnin (PT-SP) do Conselho de Ética. Izar, que preside o conselho, abrirá a reunião de hoje comunicando o afastamento da deputada.

"O regimento interno é claríssimo, se o deputado está sofrendo uma representação, deve se afastar do conselho ou ser afastado", afirmou Izar.

Na semana passada, o PPS entrou com representação pedindo censura verbal e escrita pelo comportamento da deputada. Guadagnin dançou no plenário da Câmara para comemorar a absolvição do deputado João Magno (PT), acusado de envolvimento no "mensalão", em coreografia que ficou conhecida como a "dança da pizza".

Segundo o Código de Ética e Decoro Parlamentar, as punições que o PPS pediu contra a deputada cabem à Mesa ou à presidência da Casa e não ao Conselho de Ética.

Para a Mesa, Guadagnin só deveria ser afastada se o PPS pedisse perda ou suspensão do mandato da deputada, casos que seriam julgados pelo conselho.

A assessoria jurídica de Izar discorda dessa interpretação. "Já recebi uma comunicação da Mesa por escrito dizendo que ela não pode ser afastada", confirmou Izar.

"Mas, para nós do conselho, o regimento é claríssimo, e a deputada deve, sim, ser afastada. Ela que recorra à Mesa." A permanência de Guadagnin no conselho deverá ser resolvida pela Comissão de Constituição e Justiça.

A deputada defendeu todos os deputados acusados de envolvimento com o "mensalão". Foi dela o pedido de vistas que atrasou a votação final do relatório do ex-presidente da Câmara, deputado João Paulo Cunha (PT-SP), prevista para amanhã.

Ainda hoje o conselho deve aprovar o parecer que pede a cassação do deputado Josias Gomes (PT-BA), do deputado Antônio Carlos Mendes Thame (PSDB-SP). A previsão é que o relatório seja aprovado por nove ou dez votos. Os votos contrários à cassação de Gomes seriam dos representantes do PP e PT no Conselho de Ética.

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