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06/04/2006 - 14h47

Lula cita Febem e alfineta gestão Alckmin

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FAUSTO SALVADORI FILHO
da Folha Online

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva alfinetou duas vezes o seu principal adversário na eleição presidencial, o ex-governador Geraldo Alckmin, durante o discurso de lançamento do edital de licitação para o Aeroporto Industrial de Campinas (SP), nesta quinta-feira.

O ataque ao tucano aconteceu no mesmo dia em que uma pesquisa do Ibope colocou Alckmin como vencedor num eventual segundo turno contra Lula no Estado de São Paulo. Segundo a pesquisa, Alckmin aparece com 46% das intenções de voto contra 28% de Lula.

No início do discurso, Lula comentou a emoção que sentiu ao ver uma grande quantidade de jovens em duas inaugurações recentes de fábricas. Neste ponto, o presidente aproveitou para desferir o primeiro ataque indireto a Alckmin. "E quando a gente vê um menino daqueles preparado para o mercado de trabalho (...), a gente fica imaginando que haverá um dia neste país em que nós teremos menos Febem e mais indústria, menos Febem e mais escola", disse o presidente.

A Febem, palco constante de rebeliões e motins de adolescentes, foi um dos principais pontos negativos da administração Alckmin no governo do Estado de São Paulo. Nas últimas rebeliões, ocorridas nesta semana no complexo Tatuapé, 62 pessoas ficaram feridas.

Lula fez uma segunda referência à Febem no discurso. "O dia em que cada governante deste país admitir, na sua consciência e na sua alma, que cada tijolo que a gente colocar para gerar uma escola e para gerar um emprego, a gente não precisará colocar um tijolo para criar uma Febem ou uma prisão (...)", afirmou.

Lula também tirou o mérito do governo paulista pelo crescimento econômico do Estado. "Vocês vão perceber que todos os Estados começaram a crescer mais exatamente porque o Brasil começou a crescer mais, e em alguns Estados industrializados como São Paulo, proporcionalmente, se o Brasil cai, ele cai, se o Brasil cresce, ele cresce", disse.

O presidente também atacou os críticos do governo, chamando-os de "pessimistas de plantão". "Aqueles que se levantam de manhã, sem querer enxergar a realidade e dão palpites e mais palpites que viram manchetes e mais manchetes de coisas que, na verdade, não estão acontecendo. São coisas que eles gostariam que acontecesse porque no Brasil tem gente que não se contenta em ver alguém fazer mais do que eles. Tem gente que não se contenta que as coisas dêem certo", disse Lula.

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