Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
12/04/2006 - 08h14

Defesa de Valério vai tentar desmontar denúncia; Rural diz ser "inconsistente"

Publicidade

PAULO PEIXOTO
da Agência Folha, em Belo Horizonte

O advogado Marcelo Leonardo disse ontem que vai "procurar demonstrar" na defesa que fará perante o STF (Supremo Tribunal Federal) que o empresário Marcos Valério Fernandes de Souza e seus sócios não cometeram os crimes apontados pela Procuradoria Geral da República. Já o Banco Rural afirmou que a denúncia é "infundada e inconsistente".

Leonardo, juntamente com o também criminalista Paulo Sérgio Abreu e Silva, cuida da defesa de Valério e dos sócios dele que também foram denunciados: Ramon Hollerbach Cardoso e Cristiano Paz, da SMPB Comunicação, e Rogério Tolentino.

Os dois criminalistas defendem também as ex-funcionárias da agência SMPB Simone Vasconcelos (diretora financeira) e Geiza Dias (gerente financeira).

O advogado disse não ter "condições de emitir nenhum juízo sobre as denúncias" porque se trata de "uma peça muito grande, muito detalhada".

"Como a denúncia tem 136 laudas, envolve 40 pessoas, evidentemente a gente não pode emitir uma opinião nesse momento. Nós vamos aguardar ser citados para fazer a defesa escrita perante o STF, onde vamos procurar demonstrar que eles não praticaram os crimes que estão narrados na denúncia", afirmou.

Valério foi denunciado por formação de quadrilha, falsidade ideológica, peculato e corrupção ativa. Sua assessoria informou que ele não vai se pronunciar e solicitou que o advogado Marcelo Leonardo fosse procurado.

"Desconhecimento"

Em nota, o Banco Rural disse que a denúncia oferecida pela Procuradoria demonstra "total desconhecimento da atividade bancária". Além da presidente do banco, Kátia Rabello, foram denunciados o vice-presidente José Roberto Salgado e os diretores Vinícius Samarane e Ayanna Tenório. Segundo o MPF, eles foram denunciados por formação de quadrilha e lavagem de dinheiro.

"O Banco Rural não concorda com a conclusão apontada pelo relatório divulgado pelo Ministério Público. A denúncia apresentada é infundada, inconsistente e demonstra total desconhecimento da atividade bancária", diz a nota do Rural.

De acordo com ela, o banco sempre foi "transparente" durante todas as investigações, não se negou a prestar esclarecimentos e a fornecer documentos.

"Assim, o Banco Rural continuará a adotar a mesma postura de transparência praticada até agora, seja na sua defesa ou na necessidade de prestar esclarecimentos para a sociedade ou qualquer órgão público. O Banco Rural confia que o Poder Judiciário irá reconhecer a inocência de seus dirigentes."

Janene

O deputado licenciado José Janene (PP-PR) disse ontem que o fato de seu nome estar entre os denunciados pela Procuradoria Geral da República "não é nenhuma novidade".

"Eu fui ouvido no inquérito da PGR e é natural que agora eu esteja entre os denunciados. Mas não irão provar nada, pois não existiram irregularidades de minha parte. Não participei de mensalão ou de caixa dois, estou tranqüilo e só preocupado com minha saúde", disse.

Janene está licenciado da Câmara para tratamento de uma cardiopatia grave.

Com JOSÉ MASCHIO, da Agência Folha, em Londrina

Especial
  • Leia o que já foi publicado sobre a CPI dos Correios
  • Leia a cobertura completa sobre a crise em Brasília
  •  

    Publicidade

    Publicidade

    Publicidade


    Voltar ao topo da página