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15/04/2006
-
09h14
da Folha de S.Paulo, em Brasília
A CPI dos Correios entregou uma lista à Polícia Federal e ao Ministério Público na semana passada com assessores parlamentares que estiveram na agência do Banco Rural em Brasília onde o mensalão era distribuído, de acordo com informação divulgada ontem pela agência de notícias Reuters.
A relação é a mesma publicada pela Folha no final do mês passado, na qual havia cerca de 50 funcionários do Congresso que até então não haviam sido identificados com o esquema do valerioduto. As idas dos assessores parlamentares coincidem com vários saques realizados nas contas da SMPB, agência de publicidade que o empresário Marcos Valério de Souza usou para repassar dinheiro do mensalão para os deputados da base aliada ao governo.
O presidente da CPI, senador Delcídio Amaral (PT-MS), negou que a lista tenha sido repassada à PF e ao MPF. Disse que isso só ocorrerá na semana que vem.
"Nenhuma listagem saiu da CPI. Portanto nenhuma relação com nomes de assessores parlamentares tem como procedência a CPI", afirmou o petista.
Recuo
O relator da comissão, deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR), primeiro confirmou que a lista havia sido entregue ao Ministério Público Federal. No entanto, depois de conversar com Delcídio, afirmou que não tinha certeza se o documento havia sido realmente repassado à Procuradoria.
Na relação, há funcionários dos deputados Eunício Oliveira (PMDB-CE), José Militão (PTB-MG), Moacir Micheletto (PMDB-PR) e Benedito de Lira (PP-AL), entre outros parlamentares.
Todos eles alegam que nada têm a ver com o mensalão e que seus funcionários foram ao Rural para resolver questões pessoais, como o pagamento de contas.
Militão e Benedito de Lira enviaram à reportagem comprovantes de pagamento de faturas emitidas pelo Banco Rural nas datas em que seus assessores estiveram na agência.
Cleide de Freitas Lima, assessora de Micheletto, afirmou ter ido ao Rural para descontar cheques referentes à venda de bijuterias.
Saques
Cruzamentos entre os registros de entrada no banco e dos saques realizados pela funcionária da SMPB Simone Vasconcelos na agência revelam que Claudia Luiza de Morais, então assessora de Eunício, esteve 22 vezes no Rural, uma delas no dia 17 de dezembro de 2003. Eunício era na época líder do PMDB na Câmara.
De acordo com Eunício, ex-ministro das Comunicações do governo Lula, sua assessora ia ao Rural para movimentar a conta que seu ex-marido tinha no banco, o que ela confirma.
Segundo dados obtidos pela CPI, Simone foi responsável por saques naquele dia que tinham como beneficiários o deputado cassado Carlos Rodrigues (R$ 150 mil), do PL, o ex-tesoureiro do PL Jacinto Lamas (R$ 100 mil) e Roberto Costa Pinho (R$ 100 mil), na época assessor do ministro da Cultura, Gilberto Gil.
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A CPI dos Correios entregou uma lista à Polícia Federal e ao Ministério Público na semana passada com assessores parlamentares que estiveram na agência do Banco Rural em Brasília onde o mensalão era distribuído, de acordo com informação divulgada ontem pela agência de notícias Reuters.
A relação é a mesma publicada pela Folha no final do mês passado, na qual havia cerca de 50 funcionários do Congresso que até então não haviam sido identificados com o esquema do valerioduto. As idas dos assessores parlamentares coincidem com vários saques realizados nas contas da SMPB, agência de publicidade que o empresário Marcos Valério de Souza usou para repassar dinheiro do mensalão para os deputados da base aliada ao governo.
O presidente da CPI, senador Delcídio Amaral (PT-MS), negou que a lista tenha sido repassada à PF e ao MPF. Disse que isso só ocorrerá na semana que vem.
"Nenhuma listagem saiu da CPI. Portanto nenhuma relação com nomes de assessores parlamentares tem como procedência a CPI", afirmou o petista.
Recuo
O relator da comissão, deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR), primeiro confirmou que a lista havia sido entregue ao Ministério Público Federal. No entanto, depois de conversar com Delcídio, afirmou que não tinha certeza se o documento havia sido realmente repassado à Procuradoria.
Na relação, há funcionários dos deputados Eunício Oliveira (PMDB-CE), José Militão (PTB-MG), Moacir Micheletto (PMDB-PR) e Benedito de Lira (PP-AL), entre outros parlamentares.
Todos eles alegam que nada têm a ver com o mensalão e que seus funcionários foram ao Rural para resolver questões pessoais, como o pagamento de contas.
Militão e Benedito de Lira enviaram à reportagem comprovantes de pagamento de faturas emitidas pelo Banco Rural nas datas em que seus assessores estiveram na agência.
Cleide de Freitas Lima, assessora de Micheletto, afirmou ter ido ao Rural para descontar cheques referentes à venda de bijuterias.
Saques
Cruzamentos entre os registros de entrada no banco e dos saques realizados pela funcionária da SMPB Simone Vasconcelos na agência revelam que Claudia Luiza de Morais, então assessora de Eunício, esteve 22 vezes no Rural, uma delas no dia 17 de dezembro de 2003. Eunício era na época líder do PMDB na Câmara.
De acordo com Eunício, ex-ministro das Comunicações do governo Lula, sua assessora ia ao Rural para movimentar a conta que seu ex-marido tinha no banco, o que ela confirma.
Segundo dados obtidos pela CPI, Simone foi responsável por saques naquele dia que tinham como beneficiários o deputado cassado Carlos Rodrigues (R$ 150 mil), do PL, o ex-tesoureiro do PL Jacinto Lamas (R$ 100 mil) e Roberto Costa Pinho (R$ 100 mil), na época assessor do ministro da Cultura, Gilberto Gil.
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