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18/04/2006 - 10h52

Cesar Maia divulga supostas contas bancárias de Okamotto

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da Folha Online

O prefeito do Rio de Janeiro, Cesar Maia (PFL), divulgou hoje os dados da movimentação financeira de Paulo Okamotto, presidente do Sebrae e amigo pessoal do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A CPI dos Bingos já tentou --sem sucesso-- autorização do STF (Supremo Tribunal Federal) para quebrar o sigilo bancário de Okamotto, que pagou uma dívida de R$ 29,4 mil que o presidente tinha com o PT.

No e-mail disparado hoje pelo ex-blog de Maia, o prefeito diz que um "um repórter distraído deixou seu gravador ligado e quando abriu era o laranja Okamotto falando para um camarada os números das contas que teria usado para dar 'presentes' à família do Lula".

Em seguida, o e-mail lista três supostas contas bancárias pertencentes a Okamotto no Banespa, Besc e Banco do Brasil. O e-mail informa ainda o número das contas e supostas agências em que elas são mantidas.

"A gravação está praticamente nítida com apenas alguns ruídos", diz Maia no e-mail do ex-blog. "Avante brava Polícia Federal e austero Ministério Público: a abrir o sigilo!"

Okamotto disse que quitou a dívida de Lula em dinheiro por orientação do então tesoureiro do partido Delúbio Soares. Ele disse ter feito saques em contas em Brasília, São Paulo e São Bernardo do Campo e, em seguida, enviado o dinheiro à direção do PT para pagar a dívida, registrada na prestação de contas TSE (Tribunal Superior Eleitoral) em 2003.

A dívida passou a ser investigada pela CPI por conta de indícios de uso irregular do Fundo Partidário para pagar despesas de Lula.

Descobriu-se ainda que Okamotto quitou em 2002 uma dívida de R$ 26 mil da filha de Lula, Lurian Cordeiro Lula da Silva. Além disso, Okamotto doou R$ 24,84 mil para a campanha de Vicente Paulo da Silva, o Vicentinho, à Prefeitura de São Bernardo, em 2004.

Presente

Ontem, em tom irônico, Okamotto disse que, se deu algum presente a um dos filhos do presidente Lula, como publicado na revista "Época", "pode ter sido um bicho de pelúcia, pode ter sido um carrinho de bebê, coisas desse tipo".

Okamotto repetiu por diversas vezes que não tem mais nada para falar sobre seu sigilo bancário e calou-se ao ser questionado se o dinheiro usado para pagar as despesas de campanha em nome de Lula seriam um "empréstimo" ou um "presente".

Segundo ele, a origem do dinheiro usado para o pagamento de tais despesas foi seu próprio trabalho. "Eu sou um brasileiro que hoje ganha razoavelmente bem. Meu salário permite assumir uma responsabilidade como essa, não é uma coisa fácil, mas, quem ganha aí por volta de R$ 30 mil por mês, se fizer um bom esforço de seis meses, pode assumir pagar uma dívida como a que eu paguei."

Okamotto disse que até poderá abrir mão de seu sigilo bancário espontaneamente um dia, mas não agora, por se sentir "usado". "Hoje eu estou sendo usado numa guerra política. Minha imagem já foi usada em propaganda eleitoral, então nós estamos num processo político", disse.

Com Agência Folha

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