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18/04/2006 - 12h41

CPI ameaça recorrer à PF para ouvir compadre de Lula

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ANDREZA MATAIS
da Folha Online, em Brasília

A CPI dos Bingos poderá apelar para a Polícia Federal para tentar garantir o depoimento do advogado Roberto Teixeira, compadre do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O depoimento de Teixeira para a CPI estava marcado para esta terça-feira, mas ele cancelou alegando falta de tempo hábil para se deslocar de São Paulo a Brasília e problemas de saúde.

Foi a segunda vez que Teixeira usou o argumento médico para não comparecer à CPI. O presidente da CPI, senador Efraim Morais (PFL-PB), disse que se for preciso vai usar a "força" da PF para garantir o depoimento.

"Nós estamos chegando ao final da CPI sem o uso da força, mas lamentavelmente não há outro caminho a não ser este. Cabe à Polícia Federal trazê-lo para depor", disse Efraim.

Segundo o senador, antes de apelar para a Polícia Federal, Teixeira terá mais uma chance para se apresentar espontaneamente. O regimento interno prevê que depois de três convocações é possível recorrer à Polícia Federal para ouvir o depoente.

O presidente da CPI descartou encaminhar uma junta médica para avaliar o estado de saúde do advogado. "Acho que ele está trabalhando normalmente e tem condições de vir depor", disse.

Teixeira é investigado pela CPI por causa das denúncias do economista e ex-militante petista Paulo de Tarso Venceslau. Em depoimento à comissão, Venceslau afirmou que Teixeira foi ligado a empresa Cpem, que seria usada pelo PT para fazer caixa dois na década de 90.

Paulo Okamotto

O presidente da CPI disse que está disposto a negociar com governo e oposição o requerimento que pede a quebra dos sigilos bancário, fiscal e telefônico do presidente do Sebrae, Paulo Okamotto.

A intenção é fazer um acordo que permita o encerramento dos trabalhos da comissão até o final de maio ou, no máximo, até a primeira semana de junho.

Efraim avalia que após este período a comissão pode ser esvaziada devido ao calendário de jogos da Copa do Mundo, festas juninas e convenções partidárias. O prazo oficial de encerramento da CPI é dia 24 de junho. "Dia de São João, de fogueira", brincou Morais.

Além do requerimento de Okamotto, também serão negociados os que pedem a convocação do ex-presidente da Caixa Econômica Federal Jorge Mattoso e do ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos.

"O ideal seria que ele [Thomaz Bastos] fosse ouvido em sessão conjunta, mas a Câmara se antecipou. Vamos ver se o depoimento dele na Câmara esgota a questão ou se será necessário ouvi-lo no Senado e também na CPI", justificou.

Na próxima semana, a CPI terá uma reunião administrativa para votar os últimos requerimentos.

Comendador Arcanjo

O presidente da CPI informou a comissão tomará o depoimento do comendador Arcanjo, acusado de controlar o jogo de bicho em Mato Grosso que entre os dias 13 e 20 de maio.

Arcanjo está preso e o depoimento é negociado com a Polícia Federal. A intenção é que Arcanjo seja trazido para Brasília para prestar esclarecimentos sobre o jogo ilegal.

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